Knockdown #1

17.2: Tempos difíceis

Só porque você acredita em algo, não faz disso verdade. -Emma Swan.

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Megan Rostova.

Eu nunca me senti assim antes.

Nunca pensei que Jason esmagaria meus sentimentos outra vez. E nunca pensei que isso me deixaria tão magoada quanto da primeira vez.

Dessa vez, doeu bem mais.

Me senti tão estúpida na manhã em que acordei sem ele ao meu lado, logo depois de cuidar de mim. Qual o problema daquele babaca, afinal? Em um momento, ele parecia se importar tanto comigo, sentir algo por mim, e em outro, ele simplesmente parte meu coração sem dó.

Porra, isso me enlouqueceu por dias.

Porque ele simplesmente não me deu um fora quando teve a chance, ao invés de ficar brincando com os meus sentimentos? Deus, ele me enlouquece.

E por mais que doa admitir, eu me sinto bem melhor quando ele está perto de mim. Essas três semanas que passei sem vê-lo, sem ter notícias dele, me afetaram. Eu fingi estar bem, não me importar, mas lá no fundo eu sentia.

Como eu sentia.

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Acordo assustada, e dou um sobressalto quando vejo Jason me encarando, sentado na ponta da cama, perto de mim. Seu cabelo está bagunçado e sexy, e eu sinto vontade de bagunça-los ainda mais. Quero que ele vá embora porque ficar perto dele me machuca, mas também quero que fique porque ficar longe dele me machuca ainda mais.

Como ele pode me fazer tão bem, e me causar tanta dor?

-Eu disse que não queria te ver por aqui quando acordasse. -Disparo, minha voz carregada de raiva.

-E eu disse que não ia a lugar nenhum, amor. -Ele sorri docemente, e eu quase acho fofo.

Reviro os olhos, e saio da cama, com ele em meu encalço. Sinto o cheiro de café antes mesmo de chegar ao topo da escada, e meu estômago reclama de fome.

-Eu fiz café pra nós. -Ele sussurra no meu ouvido, e minhas pernas ficam bambas.

-Eu tenho que me arrumar pra ir á Academia. Toma café sozinho, e vai embora. -Respondo secamente, volto pro meu quarto, e me tranco lá.

-Não tem problema, amor! Eu te espero! -Ouço ele gritar lá de baixo, e sinto vontade de morrer.

Que Deus me ajude.

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Quando desço as escadas, devidamente arrumada, Jason ainda está lá, me esperando.

-Você está linda. -Ele me olha admirado.

-Vai se foder. -Fecho a cara, e me aproximo do balcão.

Encho uma caneca de café, e me escoro no balcão. O café dele é mais gostoso que o meu.

Jason me encara silenciosamente. Sinto minhas bochechas queimarem, e evito encará-lo de volta. Já estou mais que constrangida pelas coisas que falei ontem, não preciso de mais motivos pra ele tirar sarro de mim.

Mas, eu também quero chateá-lo.

-O que você tá esperando pra ir embora? -Deixo a caneca vazia no balcão e cruzo os braços, finalmente o encarando.

-Quero conversar com você.

-Não temos nada pra conversar.

-Temos sim.