Knockdown #1

39: o pior dia pra amar alguém

" o pior dia pra amar alguém, é quando você o perde ".

— elena gilbert.

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JASON MARTINELLI.

No momento em que decidi deixar a cidade, eu sabia que não poderia voltar tão cedo. Thomas estava preso e eu estava seguro. Mas, depois do que aconteceu nos últimos dias, minha única certeza é que estamos em grande perigo, constantemente.

Megan não está bem emocionalmente. Ontem à noite, quando ela disse que queria ir comigo, eu achei que era apenas um momento mal pensado dela. Mas, cá estamos nós, terminando de colocar nossas malas no meu carro. Ela parece bem consciente do que está fazendo, pois em nenhum momento hesitou.

Nós não vamos tirar férias ou viajar por um tempo. Não.

Nós estamos fugindo.

Definitivamente. Abandonando toda a nossa vida e todos os que conhecemos pra recomeçar em um lugar seguro. Onde a morte e a dor não vai nos perseguir.

Olho pra Megan guardando sua última mala. Ela não sorri há um bom tempo, e eu não tiro sua razão. Liam era meu amigo também. Apesar de tudo, ele sempre foi leal e não me deu de bandeja pro FBI quando teve chance. Ele merecia muito mais.

— Precisamos ir. — Megan diz, me tirando do meu transe. — Temos que estar fora da cidade antes do sol nascer.

— Megan. — Eu seguro seu braço gentilmente. — Você tem consciência do que estamos, certo?

— Eu não posso arriscar te perder, Jason. — Ela diz séria. — E eu não quero mais ficar aqui. Washington se tornou um lugar tóxico pra mim.

— Tudo bem. — Suspiro. — Tem certeza que não quer se despedir de ninguém?

— Não. — Ela diz já entrando no carro.

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A cidade de Weston hills é conhecida por sua hospitalidade com os visitantes. Após 3 dias na estrada, Megan e eu finalmente atravessamos a placa da entrada da cidade.

Seguimos pelas ruas, vendo pessoas passeando, trabalhando ao ar livre, muitas lojas próximas.

— É uma cidade muito bonita. — Megan comenta de repente. — Podemos até abrir uma loja, sabia?

Ela veio a viagem toda pesquisando locais disponíveis pra venda, pontos de comércio e tudo o que se possa imaginar. Fico feliz em ver ela se animando com alguma coisa.

— Você sabe vender alguma coisa? — Eu pergunto de provocação.

— Eu sei mais do que pegar em uma arma e bater em homens babacas, tá legal? — Ela replica, abrindo um mínimo sorriso.

— É o que nós vamos ver.

Estaciono o carro em frente à nossa casa.

— Pronta pra começar uma nova vida? — Me viro pra ela, vendo um sorriso radiante se abrir em seus lábios.

— Com certeza.

Nossa casa não era pequena. Na verdade, quando começamos a providenciar a mobília, eu me perguntei mentalmente se não exagerei na hora de escolher ela. Ela possuía um estilo rústico, com acabamento em madeira crua, três quartos, sala de jantar, uma cozinha enorme, além de uma varanda com uma vista incrível pra cidade.