16: Eu me importo com você

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Às vezes, não há uma próxima vez. Às vezes, não há segundas oportunidades, ás vezes é agora ou nunca.

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Megan Rostova.

-Você parece péssima. -Natalie faz uma careta do outro lado da tela.

-Eu me sinto péssima. -Fechei os olhos momentaneamente, suspirando.

A sensação era de que um caminhão estava passando por cima de mim, me esmagando sem dó, repetidas vezes. Minha garganta doía, minha cabeça doía, meu corpo inteiro doía. A dificuldade em respirar só estava deixando tudo ainda pior. Minha bombinha não saiu do meu lado desde o momento em que acordei.

-Como você ficou assim? -Minha irmã me encara preocupada.

-Eu tomei um banho de chuva ontem, e passei horas com a roupa molhada. Acho que foi isso. -Dei de ombros.

-Você não tem jeito, Megan. -Natalie revira os olhos, em desaprovação.

-Eu não sabia que ia acabar ficando resfriada, okay? -Rebato. -Ai, minha garganta dói. -Reclamei sentindo minha boca seca, e a dor insuportável me incomodando.

-O que você está esperando pra ir ao hospital? -Ela me fuzila com o olhar. -Você vai piorar se só ficar aí reclamando.

-Eu já tomei alguns analgésicos, não preciso ir ao hospital. Só quero dormir até cansar. -Dei uma leve risada, que resultou em um latejar horrível em minha cabeça.

Soltei um grunido sofrido, sabendo que meu sofrimento estava longe de acabar. Minha cabeça estava girando enlouquecidamente, meu corpo estava pegando fogo, mesmo o ar condicionado estando ligado no mínimo.

-Eu tenho que desligar. -Resmunguei quando ouvi a campainha tocar.

-Megan... -Natalie me encarou desconfiada.

-Nat, alguém chegou, e eu preciso ir ver quem é. -Argumentei. -Eu prometo que te ligo amanhã.

-Se você piorar, não hesite em me ligar, okay? Eu estou preocupada com você.

-Eu te amo, maninha. -Sorri ternamente, me lembrando do quão bom é ter a minha irmã.

-Eu também te amo. -Ela retribuiu o sorriso, e desligou.

-JÁ VAI! -Berrei, me arrastando pelas paredes, sentindo o mundo girar ao meu redor.

Quando enfim consegui chegar á porta, me dei conta de que não estava esperando ninguém. Abri sem hesitar, e minha visão escureceu ainda mais quando reconheci o moreno com o sorriso que faz as malditas borboletas baterem suas asas em meu estômago. E dessa vez, não foi diferente.

-Olá, Babaca. -Tentei sorrir, mas estava fraca demais pra isso.

O sorriso no rosto de Jason morreu no momento em que ele viu meu estado.

-Megan, você está bem? -Perguntou ele, entrando em meu apartamento sem ser convidado, me segurando pelos ombros.

-Eu pareço bem, por acaso? -Perguntei irritada.

-O que você tem? -Ele estava sério, visivelmente preocupado.

-Acho que estou resfriada. -Respondi, minha voz fraca e trôpega.

Ele me ajudou a chegar até o sofá, onde me joguei, com os olhos fechados. Ele se sentou também, colocando minhas pernas em cima das suas.

-Porque você não me ligou? Eu poderia ter vindo antes.

-Eu tô bem, Jason. Não preciso de babá. -Respondi ainda de olhos fechados.

Senti quando ele chegou mais perto de mim, e tocou delicadamente meu rosto, fazendo com que eu me afastasse imediatamente do toque de suas mãos geladas em minha pele fervente.

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