24: os dois lados agora

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"você foi me matando lentamente
até que finalmente foi demais. Eu estou sem uísque pra absorver o estrago que você fez". — Suicide, James Arthur.


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MEGAN ROSTOVA.

— Você tem 10 segundos pra sumir do meu campo de visão antes que eu chame a polícia. — Falei duramente, embora eu estivesse exausta por dentro.

Exausta de tudo.

Jason deu um meio sorriso presunçoso e nem se moveu. Isso só contribui pra que a minha fúria aumentasse.

— Você parece derrotada. Porque não entramos? — Ele perguntou serenamente.

Tive que usar cada gota do meu auto controle pra não pular em cima dele e estrangulá-lo até a morte.

— Eu só quero um pouco de paz.

— Veja, meu pai está muito encantado por você. E ele está acostumado a ter tudo o que quer. — Jason deu um passo em minha direção. Dei dois pra trás, alarmada. — No momento, Thomas quer que você seja a minha your lady.

— Mas nem fudendo. — Declarei. — Eu quero que você saia completamente da minha vida. Me esquece.

— Não vai ser tão fácil assim. — Ele sorriu de um jeito maldoso.

Esse Jason frio e hostil é um completo estranho pra mim. Me machuca olhar pra ele e não encontrar absolutamente nada em seu olhar. Ele está completamente morto por dentro. É apenas um assassino agindo por instinto.

Minhas mãos estão trêmulas quando eu pego o celular no bolso da minha calça e tento desbloqueá-lo. Dou um sobressalto quando ele é arrancado violentamente da minha mão. Jason segura o aparelho e semicerra os olhos.

— Acha mesmo que chamar a polícia oi até mesmo a porra do FBI vai me assustar? — Ele soltou uma risada irônica. — Eu sou um Martinelli. Ninguém toca nos Martinelli.

— O QUE VOCÊ QUER DE MIM? — Gritei, explodindo com toda a confiança  implacável que ele exalava. — ME DEIXA EM PAZ! EU NÃO QUERO SER PARTE DISSO. EU SÓ QUERO QUE VOCÊ VÁ EMBORA E ESQUEÇA QUE UM DIA ME CONHECEU.

Meus olhos se arregalam quando ele agarra meu braço com força e me puxa pra si. Seus olhos queimam sobre mim, e entro em pânico quando ele abre a porta do meu apartamento, e me arrasta pra dentro. Quero gritar por ajuda, mas simplesmente não consigo dizer nada.

Ele continua segurando meu braço quando chega perto o suficiente pra me intimidar.

— Eu vou ser bem claro com você, amor: Esqueça a sua vida perfeitinha. Nada nunca mais será como antes. Thomas Martinelli quer que você seja a minha your lady, então você vai ser. Entendeu?

Procurei em seus olhos por algum tipo de remorso ou hesitação por estar fazendo isso comigo. Nada. Ele era um completo bárbaro sem sentimentos. O homem por quem me apaixonei simplesmente não existe.

— O que aconteceu com você? — Balbuciei incrédula. — Como pode ser tão fácil assim me magoar depois de tudo o que você me disse? Era tudo mentira?

Ele ri.

— Acha mesmo que eu quero te tornar a minha your lady porque você é só mais uma?

— O que tivemos foi verdadeiro?

Ele parece surpreso com a pergunta, mas disfarça sorrindo.

— Ainda é.

— Eu não quero ser sua your lady. Eu só quero nunca mais ter que ouvir seu nome de novo. Nunca mais ter notícias suas. — Respiro com dificuldade.

— É mentira. — Ele sorri convencido. —  Você continua apaixonada por mim. Não é uma coisa que se pode deixar de sentir da noite pro dia.

Queria poder dizer que ele está errado, mas eu nunca fugi da verdade. E a verdade é que sim, eu ainda o quero com todas as minhas forças. Mesmo depois de tudo, mesmo depois da verdade ter me quebrado em milhões de pedaços. O que é horrível. É errado. É tóxico.

— Que a porra toda vá pro inferno! — Empurro ele com toda a minha força.

O suficiente pra que ele me solte, e perca seu domínio sobre mim.

— Eu não vou me submeter a essa merda. Eu não vou chorar como uma garotinha assustada só porque você levantou a voz pra mim, e fazer o que você manda. — Soquei o peito dele, descontando minha frustração. — Que vocês todos queimem no inferno, porque eu não vou mudar quem eu sou só porque sinto alguma coisa por você. Um coração partido dói bem menos do que uma vida de arrependimento e remorso. — Soquei ele outra vez.  — Vai se foder você e seu cartelzinho de merda. Você nem é tudo isso!

Por um segundo, nenhum de nós teve reação alguma.

— Você não sabe a hora de calar a porra dessa boca, mulher. — Ele falou entre os dentes trincados.

Meu sangue ferveu de ódio.

— Seu filho da...

Jason me interrompeu com um grunhido quando sua mão agarrou meu cabelo e sem aviso prévio, colou sua boca na minha. Minha arfada de surpresa foi engolida por seu beijo raivoso.

Minha reação instantânea devia ser chutar as bolas dele, enforcá-lo sem dó, qualquer coisa que pudesse fazer ele me soltar. Tentei empurrá-lo com a  minha mão boa, mas ele parecia feito de pedra, pois nem sentiu. Sem esforço algum, Jason me empurrou pra trás e me prendeu contra a porta usando seu próprio corpo como apoio enquanto enfiava a língua na minha boca. Foi como se o meu lado sombrio e selvagem tivesse despertado. Eu precisava dele, e o odiava por isso. Pus as mãos em sua nuca e o beijei com toda a minha raiva e ódio e frustração reprimidos. Não havia gentileza, não havia romance. Éramos como dois animais selvagens, lutando pelo controle da situação. Minha cabeça estava girando, e eu era incapaz de pensar em algo coerente.

Não estávamos perto o suficiente.

Não conseguíamos parar.

Estávamos famintos um pelo outro.

Alarmes soaram na minha cabeça quando ele começou a morder meu pescoço, e logo depois o lóbulo da minha orelha. Arfei com o contato de sua língua contra a minha pele sensível.

Eu não devia deixar ele fazer isso.

— Você gosta disso, não gosta? — Jason mordeu meu lábio. — Você gosta de perder o controle comigo.

Sua mão desceu até a barra da minha blusa, e tocou minha pele por baixo dela, me fazendo perder o fôlego.

Meu cérebro estava gritando que eu precisava empurrá-lo, e eu me odiei por ser tão fraca e deixar meus sentimentos me controlarem. 

— Isso foi tão fácil. — Jason sorriu vitorioso quando se afastou, quebrando todo o nosso contato.

Fiquei estática por longos segundos, me dando conta de que deixei ele pôr as mãos em mim outra vez.

— É por isso que você vai ser minha your lady, amor. Não importa o quanto negue, você nunca vai conseguir me rejeitar. — O sorriso de escárnio dele me quebrou.

— Você é um monstro. — Sussurrei em choque.

Minha garganta começou a se fechar, e eu sabia que logo estaria chorando de novo como uma maldita garotinha assustada.

— Você não devia esperar nada diferente de mim.

Ele sorriu triunfante antes de sair do meu apartamento como um maldito vencedor, me deixando completamente quebrada, destruída, e com um coração partido que não sabia mais quanta dor poderia aguentar.

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só queria dizer que eu tô completamente apaixonada por essa capa nova e eu quero colar ela na minha testa ejwjkwkwkwkwkwk

Knockdown #1 Onde histórias criam vida. Descubra agora