37.1: queda

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" Somos as criaturas mais poderosas do mundo, e estamos danificados demais pra sermos consertados. Nós vivemos sem esperança, mas nunca morremos. Somos a definição de amaldiçoados, sempre e para sempre ".

rebekah mikaelson.

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JASON MARTINELLI.

Tropeço pra trás quando o punho de Thomas acerta em cheio minha mandíbula. Não dói muito, mas o ardor incomoda.

— Isso é por você ter fechado o nosso Complexo. — Ele diz entredentes.

Me recomponho e o encaro firme.

— Achei que você fosse passar o resto da sua vida atrás das grades.

— Por isso você juntou suas tralhas e resolveu fugir? — Ele desdenha.

— É, é exatamente por isso, Thomas. Agora, me explica porque mandou um dos seus capangas me arrastar até aqui. Eu pretendo sair da cidade ainda hoje.

— Você acha mesmo que vai sair da cidade? Seu lugar é aqui, Jason.

— Você não pode me prender aqui. Eu cansei de receber suas ordens. Procura outro pra me substituir. — Digo irônico e me viro em direção à saída.

Antes que eu pudesse dar dois passos, senti a mão pesada de Thomas me agarrar pelo pescoço e me jogar contra a parede. Seus dedos apertaram com força, me sufocando. Seu olhar se tornou sombrio.

— Me mata de uma vez e acaba com isso. — Sussurro com a voz falha.

Ele mantém seu olhar por mais alguns segundos, até que afrouxa o aperto no meu pescoço e me solta. Respiro com força, tentando recuperar o fôlego, tossindo algumas vezes.

— Eu não vou te matar, seu idiota. — Thomas fala com convicção quando o encaro. — Você é meu sangue. Minha família. Eu te trouxe aqui porque precisamos nos unir.

Seguro a risada.

— Hã?

Ele me encara com uma vulnerabilidade que eu desconheço. Uma vulnerabilidade que apenas uma pessoa no mundo é capaz de provocar nele.

— O que aconteceu com a Megan? — Pergunto já sentindo o pânico se instalar dentro de mim.

— Ela foi sequestrada. A Tríade pegou ela. — Ele fala de uma vez.

— E você tá aqui parado sem fazer nada por que? — Me desespero pela calma dele. — Eles vão matar ela!

— Eu não faço ideia de onde eles estejam mantendo ela. — Ele devolve o tom de desespero.

— Como você sabe? Eu vi ela há poucas horas, e ela estava bem. Ela estava segura. — Digo baixo, sentindo a culpa me esmagar.

Eu devia ter ficado ao lado dela.

— Eu tenho informantes. Ela foi levada no meio da madrugada.

Passo a mão nos meus cabelos, e ando de um lado pro outro, tentando controlar o pânico que aumenta a cada segundo.

— Reuni os nosso poucos homens que restaram. Maddox vai com a gente. — Ele diz baixo.

— É muito pouco. Lucien deve ter um exército esperando por nós. — Solto um grunido de frustração.

— Bem, é tudo o que temos. — Ele me olha icônico.

— Eu sei quem pode nos ajudar. — Digo, já pegando o celular do bolso.

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