34.1: corações de papel

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" porque nós dois sabemos
eu sou a definição de destruição, se você olhar para a minha alma
o pior vem quando sinto que estou em posição vulnerável
cometi muitos erros que eu gostaria de saber como apagar
quando tenho medo, posso ficar distante e te afasto
Mas não importa o caso, eu vou fazer o que for preciso
Mesmo se nós dois abrirmos o jogo hoje à noite
e você disser que me odeia
estarei aqui esperando ".

- time, nf.

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MEGAN ROSTOVA.

Novembro era sempre um mês difícil pra mim. Todo o peso da dor da perda dos meus pais voltava com mais intensidade, mesmo eu fazendo de tudo pra não ficar abalada. E esse ano, eu não estava sozinha. Jason estava comigo. Ele aliviava a minha dor e angústia apenas com um sorriso.

E mesmo querendo seguir em frente definitivamente, eu não conseguiria fazer isso sem antes comprovar que a morte dos meus pais não foi um acidente. E quando vejo a mensagem de Liam avisando que conseguiu os arquivos sobre o caso, uma euforia se alastra dentro de mim.

- Tão cedo e você já tá fofocando? - Ouço a voz grave de Jason atrás de mim.

Dou uma risadinha e jogo o celular de volta no criado mudo, me virando pra encará-lo. Ele parece tão distante. Seu sorriso é genuíno, mas o seu olhar está vazio. Alguma coisa está acontecendo e meu estômago se contorce só de pensar na possibilidade de que seja algo ruim.

- Você está precisando desabafar, não está? - Pergunto baixo.

Ele desvia o olhar imediatamente, e meu cenho se franze.

- O que está acontecendo, Jason?

- Tem uma coisa que você precisa saber. - Ele diz ainda sem me encarar. - É difícil falar disso e eu não sei bem por onde começar.

Engulo em seco e tento controlar minha mente paranoica.

- Vamos fazer o seguinte. - Digo depois de um tempo. - Eu preciso ir trabalhar, tenho umas coisas pra resolver. Que tal você me contar hoje à noite? Eu faço o jantar.

Ele força um sorriso e pega minha mão.

- Tudo bem. Como você quiser.

- Tem algo que eu preciso te contar também. - Não consigo conter a animação em minha voz. - Mas, ainda não posso. Eu preciso confirmar antes.

- Você está me deixando curioso. - Ele me puxa pros seus braços e seu cheiro me acalma.

- Hoje à noite eu te conto tudo, tigrão.

Ele ri e aperta minha costela.

- Que droga, Jason. Você sabe o quanto eu odeio quando faz isso. - Resmungo, tentando sair de seus braços, mas ele me segura firme.

- E eu amo te ver assim estressadinha logo de manhã. - Sua voz grave me dá a sensação de que a qualquer momento meu corpo entrará em combustão.

- Você não precisa ir pro Complexo?

- Só mais tarde. Você tem tempo ainda? - Um sorriso malicioso se ergue no canto de sua boca. - Posso te acompanhar no banho, e talvez uma chupada no banheiro.

Eu reviro os olhos, mas não posso controlar meu corpo traíra que se anima com a ideia.

- Sorte sua que eu estou de bom humor hoje.

Knockdown #1 Onde histórias criam vida. Descubra agora