31.1: me decepcione aos poucos

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" o problema, quando se recebe pouco amor, é não saber como é. então é fácil ser enganado. de ver coisas que não existem. mas acho que mentimos para nós mesmos o tempo todo ".

the end of the f***ing world.

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JASON MARTINELLI.

O problema é que eu não tenho mais controle sobre as minhas próprias emoções. Nunca achei que amaria alguém tão incondicionalmente, por isso, é difícil lidar com esse sentimento. Ainda mais quando se tem a sensação de que tudo pode desabar a qualquer instante.

— Você está me olhando de uma forma muito, muito estranha. — Megan surge no meu campo de visão, sorrindo curiosa.

— É que você está tão linda.

Ela usa um vestido azul claro de alcinhas, curto e colado, com detalhes delicados e florais. Algo na cor parece iluminar ela por inteiro. Seu cabelo está metade preso pra cima, com as madeixas claras caindo por seus ombros. Tenho vontade de me levantar e beijá-la até tirar todo o batom vermelho de sua boca.

Megan sorri, e abaixa o olhar, claramente ficando vermelha.

— Vem cá. Sua gravata tá um desastre.

Ela me faz levantar e começa a fazer um perfeito nó na minha gravata. Fico fascinado com a expressão concentrada dela.

— Nós ainda podemos desistir e fugir pro meu barco. — Sorrio sugestivo.

Ela semicerra os olhos e termina de ajeitar minha gravata.

— Eu perdi muito tempo escolhendo esse vestido e me arrumando. Podemos fugir pro seu barco depois da festa, quando a minha maquiagem já estiver borrada e eu já estiver esgotada.

— Tem certeza que quer mesmo ir? Não vai ser o lugar mais divertido pra ficarmos.

— Vai dar tudo certo. — Ela enlaça as mãos em meu pescoço. — Promete que vai se comportar?

— Só se você prometer que não vai socar a cara de ninguém que te chamar de minha your lady.

Mas eu já estava com os punhos preparados. — Megan faz beicinho.

— Se você não fizer isso, eu prometo que te deixo me amarrar na cama e fazer o que quiser comigo.

Ela ri e me beija rápido.

— Fechado.

— É sério, Megan. — Digo apreensivo. — Se o Thomas te irritar ou fizer qualquer coisa, nós vamos embora no mesmo instante.

— Okay. — Ela sorri, me tranquilizando. — Eu espero que não chegue a esse ponto.

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A festa aconteceria na nossa mansão nos Hamptons, então eu e Megan fomos de carro em uma viagem de 1 hora.

Logo que entramos na rua nobre, já era notável a movimentação de diversos carros estacionando e membros de cartéis aliados adentrando a enorme mansão. Estacionamos em uma das vagas privadas e então desliguei o carro.

Vendo minha relutância em tirar o cinto de segurança, Megan pôs sua mão em cima da minha e sorriu fraco.

— Vamos lá. Eu estou faminta.

Knockdown #1 Onde histórias criam vida. Descubra agora