05. Quedas

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××××××

Fogo, destruição, pessoas correndo e casas explodindo. Esse é nosso cenário agora...

De uma cidade grande, bem iluminada, para uma cidade fantasma!

Estava tentando salvar pessoas quando uma menininha veio para perto de mim com o braço sangrando.

一 Moça, você viu minha mamãe? - perguntou com uma voz chorosa.

一 Não meu anjo... - abaixei na altura dela 一 Mas vamos encontrá-la ok? - ia me levantar quando a menina atacou meu rosto com uma mordida.

××××××


Acordei em um pulo, assustada com o meu sonho e com o sinal de aviso.

一 Dante?! - olhei para o lado e meu companheiro não estava.

Levantei apressada já colocando a farda e pegando minhas armas. Antes de sair Dante chegou com uma expressão de pavor.

一 Cooper! Você 'tá bem... Vamos, estamos sobre ataque.

Saímos da barraca e ajudamos a controlar as coisas.

Quando acabou, vimos o estrago: Perdemos quinze soldados e um superior.

Sargento Kilier estava olhando para a destruição, preocupado.

一 O que aconteceu chefe?

一 França... ataque surpresa... Conseguimos deter todo, mais um grupo deles derrubado. Porém, dessa vez... nossas perdas foram maiores. Tenentes, na minha sala... agora! Os outros... cuidem dos nossos e queimem os outros. - Ele saiu apressado dali, podia se dizer que estava desorientado até.

Tudo estava bem calmo nesses cinco primeiros meses do ano. Estávamos nos preparando para o próximo combate, que seria no próximo mês e, agora isso acontece Não quero nem imaginar como seram as coisas daqui para frente. Cheguei na sala e percebi que o Kilier estava tenso.

一 Precisamos conversar sobre o plano da Rússia. - disse dando fim ao silêncio 一 Sentem-se, vou explicar tudo. Vocês sabem por causa de que estamos lutando? - fizemos sinal negando com a cabeça 一 Estamos lutando por que a Rússia criou um projeto para acabar com a civilização. Esse consiste em um vírus que transforma as pessoas em monstros. Ele age com uma febre muito alta, que mata a pessoa e, depois de um tempo ela volta. Mas, não mais como uma pessoa normal. Essas coisas só são mortas de vez com um golpe no cérebro.

一 O que isso tem haver com a guerra? - perguntei confusa.

一 Quando a Rússia decidiu "jogar" esse vírus no ar... ela pediu apoio do governo estadunidense, que negou por achar um absurdo. Mas como já tinha a França, Alemanha e Espanha ao seu lado... achou que assim a gente iria conceder a aprovação... - todos ficaram quietos.

Pessoas doentes que "morrem" mas continuam vivas? E eu achando que isso era história para criança dormir.

一 Mas... voltando ao nosso ataque de hoje... O que vamos fazer agora? Vamos nos render ou vamos continuar e acabar com a Rússia? - perguntei novamente ao Kilier.

一 Vamos lutar! - O mais velho disse com firmeza 一 Não vamos nos render jamais. O comandante da Rússia que tem que cair primeiro. Vamos mudar os planos, iremos atacar amanhã, pegar eles de surpresa... igual fizeram com a gente. Vamos, vou dar uma reunião geral e passar o plano para todos. Uma última coisa, sobre esse projeto... ninguém deve saber! Pois não quero confusões aqui, entendido? - afirmamos.

Como prometido, o nosso superior deu sua palavra final, iremos atacar amanhã. Não explicou sobre o tal plano, ele deve ter seus motivos.

(...)

Nós já havíamos evacuado todo o local e, estávamos esperando só o momento certo.

一 Sargento, movimentação à vista - avisei pelo rádio.

Tenente Cooper, a missão está sobre seu comando... Ao seu sinal. - respondeu logo no mesmo instante.

"Ok. Então vamos lá..." - pensei.

一 Atenção... preparar armas... LEVANTAR FOGO! - Assim que dei o sinal, a equipe começou a atacar os russos.

Eles eram fortes, com grande poder de fogo, mas não estavam esperando um ataque. Acabamos com a maioria e só faltava um grupo, mas antes de mirarmos neles eu deti a ação.

ESPEREM - fiz um sinal com a mão 一 VOCÊ É O COMANTANDE PAUL MCCARTNEY DA RÚSSIA? - Me referi ao homem que está atrás do bloqueio de homens.

一 Sim, eu vim para conversar com o Sargento Kilier... você pode me levar até ele? - ele disse dando um passo a frente mesmo com proteção de seus guardas.

PARADO! - apontei a arma e ele sinalizou para os guardas abaixar as suas 一 Lins! - ele veio ao meu lado também apontando a arma para o sujeito 一 Fica de olho neles, não deixe que se mexem, vou avisar o Kilier. - Ele afirmou e eu fui avisar a base pelo rádio. 一 Tenente Cooper para a base.

Kilier aqui. O que houve senhorita Cooper?

一 Chefe... o comandante da Rússia está pedindo para falar com o senhor. O que devo fazer? - houve um momento de silêncio 一 Senhor...?

一 Traga ele até mim escoltado e algemado. Ele tem algum homem com ele?

一 Três, que estam o protegendo com escudos.

Ok. Tire as armas deles. Câmbio.

Desliguei e voltei ao local. Fiz o que foi pedido, eles não reclamaram e foram tranquilos.

Chegamos na base e o chefe queria conversar com os tenentes junto com o tal comandante.

一 Will Kilier, que honra falar com você! - Paul ficou de frente para o Kilier na mesa e ao seu lado estava eu e Lins.

一 Paul McCartney, queria dizer o mesmo. O que você quer comigo? - Will estava sem paciência alguma.

一 Bom... vim só avisar que, com ou não a aprovação dos Estados Unidos... meu projeto já está sendo executado, - O Sargento levantou super nervoso mas, Paul continuou 一 Em questão de meses ele vai chegar até vocês. E você sabe muito bem que não há o que fazer. - Ele encarou meu superior em forma de desafio.

一 Cooper... Lins... levem ele para o portão, junto de seus guardas. - olhou para o comandante com os olhos cheios de raiva.

一 Mas senhor... - tentei protestar, mas foi em vão

AGORA!

一 Sim senhor.

Fizemos o que foi pedido e voltamos até a sala de reunião. Will Kilier estava nervoso, era nítido isso nele. Mas mandar uma pessoa que nos atingiu desse jeito de volta para casa, isso era demais.

一 Chefe... eu tenho que perguntar... - Lins se pronunciou 一 Por que fizemos isso?

一 Simples. Ele fez o que queria! As pessoas que ele matou... não foi em vão... Ele colocou o vírus nelas. É como um efeito dominó, se uma se infectar... as outras também vão. Agora o que podemos fazer é esperar chegar até a gente. Vamos ficar aqui, planejando formas de salvar nossa gente e sobreviver. - um silêncio reinou no ambiente 一 Vão. Preciso pensar sozinho.

É isso... acabou uma guerra... Mas estamos prestes à entrar em um... apocalipse?!

Isso não faz sentido. Mas quem sou eu para julgar, Kilier sabe o que faz.

Vamos ter que esperar.

Revisado. ✔

𝗮𝗺𝗼𝗿 𝗲𝗺 𝗺𝗲𝗶𝗼 𝗮 𝗴𝘂𝗲𝗿𝗿𝗮 ↯ d. dixonOnde histórias criam vida. Descubra agora