Capítulo 8.

539 61 26
                                    

*** Vídeo com conteúdo didático

*** Capítulo com conteúdo erótico

Não sei em qual momento eu perdi a inibição, só sei que ter Maria nos meus braços, assim, tão entregue à mim, excitada, e apaixonada, me faz sentir o homem mais realizado do Universo. Eu gostaria de me sentir sempre seguro dessa forma, sem receios de ser censurado pelo fato de eu ainda não ter realizado nenhuma cirurgia. “ Ainda ter os intrusos e a vagina masculinizada não faz de você menos homem que os que nasceram biologicamente, e os trans já redesignados. A sociedade está sempre pronta para te julgar, e te ferir, se você não for confiante o bastante, vai sempre viver a mercê do que os outros pensam, e seu humor oscilará constantemente. Quando você compreender isto, tudo ficará mais leve, mais fácil de lidar. Pense nos homens que, por algum motivo ou outro, perderam o pênis... Eles se tornaram mulher por causa disto?! ” — Esse foi mais um dos discursos épicos da Doutora Phillips, e seus intuitos sempre atingem o objetivo; fazem-me questionar a respeito do que foi dito, ou comovem-me. Na verdade, sempre seguem essa linha de raciocínio. O que mais me admira nela é que, ela não é do tipo de profissional que quer te impor uma ideia goela abaixo, mas sim, àquela que te incentiva a fazer as próprias descobertas e a evoluir por si só.

Permito que as mãos de Maria resvalem por minhas costas, desta vez debaixo da minha camisa. O contato de sua mão delicada com minha pele me causa sensações além físicas. Algo aquece dentro de mim, e borbulha por todo meu ser, me fazendo vibrar.

Ela suspende minha camisa, e eu lhe ajudo a executar seu desejo de retirá-la por completo. Paro para analisar sua reação ao ver um binder pela primeira vez. De seus olhos, emanam uma estranheza que logo se dissipa com mais um de meus beijos.

Ela entranha os dedos no meu cabelo, e me beija o pescoço, completamente entregue.

— Já entendi... Você não gosta que te toquem aí... — sussurra quando chega no lóbulo da minha orelha, referindo-se aos intrusos. — Só quero sentir sua pele na minha, prometo não fazer nada que você não queira...

Hesito por um instante, assimilando suas palavras com carinho.

— Certo, — penso mais um pouco, para ter certeza do que vou propor a seguir. — Você quer me sentir... Então faça isso de olhos fechados.

— Mas, Yan- — a interrompo com um selinho.

— Diz que sim... — peço, agora tocando seus lábios com a ponto do indicador.

— Está bem... Vou encarar isso como uma fantasia sexual... — sorri maliciosa, mordendo meu dedo — começando agora — avisa, fechando os olhos e engolindo meu indicador para sugá-lo.

Fico deleitado instantaneamente. Ela não tem noção do quão isso é bom. Ver meus dedos úmidos com sua saliva, entrando e saindo da sua boca carnuda, me causa um prazer irracional.

Quando dou conta de mim, estou gemendo com a investida. E quanto mais eu reajo positivamente, mais ela capricha nos movimentos.

— Isso te excita? — indaga exultada, e depois engole o do meio, para então chupá-lo.

Murmuro um sim.

— À mim também... — responde, dando beijinhos na minha mão. — Sabe o que eu imagino?

— Não — consigo dizer, a voz já abalada pelo tesão.

Maria larga minha mão, e volta a lamber meu pescoço.

— Seu pau na minha boca... — diz roçando os lábios na minha orelha.

Solto um grunhido involuntário.

Almas Dançando ( TRANS/BI/POLI)Onde histórias criam vida. Descubra agora