Capítulo 25.

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*** Capítulo com conteúdo adulto

(Maria)

Fiquei extremamente chateada com a aparição inesperada de J.j e seu grupinho. Apesar de gostar muito da companhia de Keyla, até a presença dela me incomoda no momento. Poxa!, eu tinha planos de ficar à só com o Yan para aproveitarmos a noite como o casal que somos, mas nada saiu como eu esperava. Nossa saída desandou desde que ele abriu a boca para falar do embuste do novo chefe, chegar no assunto sobre as benditas cirurgias de redesignação sexual, e terminar com Elena o assediando descaradamente na minha frente. Não suportei mais e pedi licença para vir ao banheiro jogar uma água no rosto na tentativa de acalmar os meus ânimos e conter o enjoo. Estou sendo obrigada a me alimentar, então procuro fazê-la em pequenas quantidades para não comprometer meu peso. Felizmente, Yan não tem me pressionado para realizar novos exames, pois está satisfeito em me ver comendo.

Suspiro pesarosa. Eu estava mesmo cogitando na hipótese de dar mais um passo na nossa relação. Considerando os mínimos atritos, nosso namoro está indo bem. Há cada dia que passa, ganhamos mais intimidade, e eu estou pensando em me entregar para ele em todos os sentidos. Porém, as circunstâncias me fizeram desistir do plano de fazer sexo anal pela primeira vez nesta noite. É uma fantasia que eu quero realizar e, Yan tem me dado a confiança e a segurança necessárias para que aconteça com ele. Hoje não temos mais clima para isto. Tudo se perdeu e meus planos foram por água abaixo. Talvez, seja o destino me dizendo que ainda é cedo para tal.

Retoco minha maquiagem e saio do banheiro que, está uma imundície por sinal. Antes de chegar na mesa, de onde estou percebo que meu namorado não está sentado, como o deixei, nem Elena. Apresso os passos, materializando mil e umas paranoias.

- Onde está o Yan? - indago seca, de pé, segurando a cadeira com uma energia descomunal e olhando para os lados em busca dele. Michael e Keyla, conversam entretidos, e sequer me notam. É J.j que levanta a cabeça em minha direção e aponta o salão com o queixo. Suas pupilas dilatadas demonstram que está exageradamente bêbado. Olho para o ponto que ele me indicou e me deparo com Yan e Elena juntos, dançando coladinhos, rindo descontraídos. Sinto meu sangue ferver. Dou um soco na cadeira e ela cai, assustando o trio. Furiosa, me enfio no meio das pessoas para alcançá-los o mais depressa possível, dou um empurrão em Yan, e puxo Elena violentamente pelo braço.

- O que pensa que está fazendo sua vadia? - berro, sacudindo-a com as unhas cravadas na sua pele, não me importando de feri-la.

- Você enlouqueceu garota? - ela reage, almejando desvencilhar-se da minha ira. Entretanto, lhe frustro com sucesso, pois estou tão irritada e segurando-o extremamente forte que poderia arrancá-lo.

- Maluca é você de dar em cima do meu namorado na minha cara! Aliás, maluca não, dissimulada!

- Maria se acalme! Só estávamos dançando! - Yan pede, aproximando-se para apartar-nos.

- Cala a boca! Eu vi como estavam dançando! Arrojados! - vocifero aos cuspes, com o tom de voz regado de ironia.

Em volta de nós, as pessoas nos encaram esperando por um combate físico. Eu nem sei como estou conseguindo me controlar tanto. Minha vontade é de arrebentar o belo rostinho de Elena, a ponto de desfigurá-lo, para que ela nunca mais saia em nem uma capa de revista. Mas, começo a achar que não vale à pena gastar meu vigor com essa vagabunda. Ela não vai fazer eu perder a única coisa que possuo: minha dignidade. Já basta o vexame que dei das outras vezes. A diferença é que, agora eu tenho motivos de sobra, no entanto, não o bastante para sujar as minhas mãos. Há um ditado que diz: " Quanto mais se mexe na merda, mais ela fede." E, neste caso, caiu como uma luva.

Almas Dançando ( TRANS/BI/POLI)Onde histórias criam vida. Descubra agora