Capítulo 16.

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*** Capítulo com conteúdo erótico

(Maria)

Desperto. Me remexo na cama, espreguiçando-me, unido a um longo bocejo.

É incrível como minha irmã consegue tirar as poucas das energias que tenho. Algumas horas perto dela, e eu saio completamente fatigada. Ao contrário do Yan. Ele tem uma vibe tão gostosa, que me recupero em frações de segundos. Falando nele... Madrugou ou não dormiu na cama. Levando em consideração eu ter apagado sem lhe dar boa noite, a segunda alternativa é mais provável.

Me levanto e saio arrastando as solas dos pés pelo assoalho, procurando-o pelo pequeno apartamento.

Não está no banheiro. Mais alguns passos até a sala conjugada com a cozinha, o vejo deitado, sem jeito, no sofá.

Suspiro comovida com seu sono angelical.

Acho que fui um tanto quanto má com o coitadinho. Afinal, meu namorado é um cético irremediável. E por mais que eu queira, não posso obrigá-lo a crer em qualquer coisa que seja.

Me aproximo, sento na beirada, aliso seu rosto áspero por conta dos pelos recém despontados, e beijo sua testa.

Alguns instantes e ele finalmente acorda, sustentando um sorrisinho maroto.

— Quero acordar assim todas as manhãs — geme, ainda com os olhos fechados, visivelmente deliciado com meu toque.

— Está mentindo... — roço nossos narizes — Fugiu da cama.

— Tive insônia. Não quis te acordar...

— Ficou pensando no que o Frank falou, não é?!— provoco, e surpreendentemente ele assente. — E em que conclusão chegou?

— Não tenho nenhuma opinião formada sobre este assunto. Acho um tanto quanto fantasioso.

— Mas mexeu com você... — constato.

Ele fica em silêncio, pensativo.

— Isto não quer dizer nada — rebate por fim.

— Pois eu me interessei e quero saber mais — aviso, dando super credibilidade ao que Frank contou ao seu respeito. Yan, acreditando ou não, faz muito sentido.

— Se é o que quer... — meu namorado dá com os ombros — Só me promete que não vai ficar paranoica?!

Gargalho, divertindo-me com sua expressão recheada de receio.

— Eu prometo.

— Já decidiu o que vai fazer? — questiona se referindo ao meu problema com minha irmã, ao passo que afaga meu cabelo.

— Pensei muito e... — respiro fundo, totalmente decidida — vou conversar com Rosa hoje. Ela não pode continuar se metendo na minha vida, não sou mais criança.

Yan se apruma, sentando-se, e segura meu rosto com as duas mãos, uma de cada lado.

— Você sabe que pode contar sempre comigo — balanço a cabeça positivamente — mas, você tem certeza? Disso... de se afastar da sua família por minha causa? Não quero que você se arrependa futuramente, por isso, é uma decisão que tem que ser bem pensada. — aconselha, sério.

— Não tem nada a ver com você, não que eu não sacrificaria nada para darmos certo, porém a minha relação com a Rosa já não ia bem antes de nós começarmos a nos envolver. É algo que eu preciso fazer por mim mesma, entende?

— Sim, entendo. — ganho um beijo no topo da minha cabeça, junto de um abraço caloroso.

— Além do mais, duvido muito que eu me arrependeria de fazer qualquer coisa em nome do nosso amor. — confesso beijando-lhe o pescoço que está com um leve cheiro de tabaco misturado com desodorante masculino. Sei que ele fuma de vez em quando, por isso não dou a mínima para este detalhe. Não me sinto incomodada com o cheiro, porque trabalhando na noite, acabei me acostumando.

Almas Dançando ( TRANS/BI/POLI)Onde histórias criam vida. Descubra agora