➵ 27 | Dias ensolarados

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Ryven ligou para uma concessionária de carros antecipadamente e reservou um veículo. Depois de desembarcarmos do voo e tirarmos muitas fotos no aeroporto, embarcamos no jeep esporte que já aguarda junto de um representante.

A cidade é de uma beleza única, paradisíaca e surreal. Fecho os olhos e deixo a brisa bater nos meus cabelos conforme vagamos e vagamos para uma semana especial.

Nossa primira parrada é em um supermercado no centro. Compramos comida — bastante —, produtos de limpeza, higiene e um punhado mais — tanto que o valor final é de quase trezentos dólares. Com o GPS auxiliando, Ryven leva-nos até a casa em que ficaremos em St. Pete Beach — próximo de Orlando. O lugar é de frente a uma praia de areia branca. A 'casa' tem muros altos cor-de-creme e portões marrom-terra maiores que meu quarto. Ao passarmos por ali nos deparamos com um gramado frontal verdinho recém-aparado, um caminho de pedras até a área lateral da piscina, um para a garagem e outro para a residência de dois andares. O interior é simplesmente lindo, tem móveis modernos e rústicos de tons claros. Concordamos em dar uma faxina no local, assim nossa tarde é preenchida por muito trabalho duro.

Pego meu celular pela primeira vez desde que chegamos e vejo que são oito da noite.

— Acho que podemos descansar agora. — Sugiro ao rapaz cansado e sonolento que claramente não está acostumado com tanto serviço doméstico.

— É uma boa ideia.

Subimos as escadas até o segundo andar de dois quartos e uma suíte, banheiro, sala de jogos barra lazer e uma varanda linda com vista para o mar. Enquanto Ryven se encarrega de arrumar a cama, tomo um banho e, ao retornar ao quarto, só tenho tempo de mandar mensagem para Ol e minha mãe antes de pegar no sono.

Acordo com um delicioso aroma de bacon e ovos invadindo minhas narinas. Abro os olhos e Ryven está na minha frente com uma bandeja que contém ovos mexidos e bacon, torradas, suco de laranja e algumas frutas.

— Bom dia, flor do dia.

Esfrego minhas pálpebras com os indicadores.

— O que eu fiz pra merecer tudo isso?

— Trabalhou muito ontem... ou talvez seja o fato de você ser a melhor namorada do mundo. — Ele molda uma careta pensativa. — Não, foi só a faxina mesmo.

O acerto um soco no braço e pego a bandeja.

— Isso está tão bom! Quer um pouco?

— Achei que não ia perguntar.

— Mas é pouco, viu? Não vá acabar com toda a minha comida.

Ryven ri.

— Pode deixar, senhorita Anderson. Pode deixar.

— Onde você quer ir?

— Tomar sorvete, por favor. — Abano-me.

Já é a tarde de nosso segundo dia em St. Pete Beach e o calor torna propício um doce gelado. Ryven estaciona em frente a uma sorveteria no centro. Enquanto me delicio com quatro bolas de sabores diferentes em um pote, Blackthorn toma apenas um picolé de limão. Estamos falando do clima daqui quando uma mulher se levanta de uma mesa nos fundos e vem até nós. Eu a olho de cima a baixo. Tem um corpo curvelíneo, cabelos longos e cacheados em tom de chocolate e olhos verde-mar. É mais que bonita.

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