➵ 29 | A primeira vez

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Mais pétalas de rosas elaboram uma trilha para o interior da casa. Não posso evitar o sorriso bobo no rosto, é inevitável.

O interior está quente e aconchegante, só não chega perto do calor que percorre minhas veias. Tenho a sensação de que milhões de fogos de artifícios estão explodindo de uma vez no meu estômago. É maravilhoso. Blackthorn me pega em seus braços, faz questão de subir comigo pelas escadas até o segundo andar. Chuto meus sapatos para longe nesse meio tempo e me seguro em seus ombros. Depois de fechar a porta do quarto com o pé, me baixa com cuidado. Há uma última trilha de pétalas que segue em direção a cama forrada com um lençol vermelho vibrante. Sob o tecido estão pedaços de rosas brancas dispostas de forma projetada para formar as palavras 'Amo Você'. Isso mexe no meu emocional e me faz avançar em Ryven, murmurando o quão tudo está perfeito em meio aos seus lábios. Ele arfa e apoia a testa na minha.

— Eu achei que você queria que fosse... Não sei, delicado e romântico.

Esse cuidado que ele tem me faz sorrir.

— Ryven, não é minha primeira vez. Tudo foi perfeitamente romântico até agora, mas... — tomo a atitude, empurrando-o com força suficiente para obrigá-lo a recuar. Suas costas batem na parede.

Ele parece ter captado a mensagem que deixei subentendida — pelo menos é o que o sorriso sacana indica. Facilmente inverte nossas posições, prensando-me ao tempo que baixa o rosto para chupar meu pescoço. Ele puxa minhas duas pernas de uma vez, as entrelaça ao redor da cintura e aperta.

— Eu te amo, Ryven Blackthorn. — Gemo.

— Eu também te amo, Beverly Anderson. — Responde amorosamente.

Seus dedos sobem por minhas coxas, tocam a barra do meu vestido e o puxam para cima. Ajudo-o a me desvencilhar da peça. Ryven observa a lingerie sem alças e morde o lábio. As pupilas brilham em chamas de desejo ardente. Eu deixo-o saborear-me com os olhos por um tempo, não muito. Logo estou puxando o blazer pelos braços e jogando-o no chão. Desabotoo a camiseta, arranco alguns botões, e a jogamos fora. Essa é minha vez de umedecer os lábios. Ombros largos, peitoral firme, gominhos definidos, entradas laterais... Caramba, ele é muito gato. Ryven me pega novamente com brutalidade — na intensidade certa — e nos leva para o colchão. Minhas costas nuas encontram lençóis sedosos. Ele se afasta apenas para tirar os sapatos e meias. Quando volta a se curvar, avisto o volume delicioso na calça salientando o dote. Ryven segue uma trilha de beijos, passa pelo meu tornozelo, panturrilha, a batata da perna, o interior da minha coxa... Até ganho um beijo na calcinha, e Blackthorn se demora ali. Ele sobe ao meu umbigo, esfrega a língua, vai pela barriga e vão entre os seios, a clavícula, o pescoço... meu queixo... e finalmente a boca. Agarro os lábios com os meus na maior intensidade que consigo. Sua ereção roça na minha umidade.

— Te deixei assim foi? — provoco, mordendo-o no lóbulo.

Ryven devolve:

— Estou duro por você desde muito antes de nos reencontrarmos, amor. — E eu raspo minhas unhas em suas costas como resposta.

Exploro os bíceps firmes, o tórax largo e gomos. Um brilho afogueado aparece no rosto de Allen quando finalmente desabotoo o botão da calça e desço o zíper. Me viro bruscamente, fazendo sinal para que eu fique por cima e ele por baixo. Usando da deixa, monto na barriga dura e o beijo. Também beijo o maxilar anguloso, o pescoço grosso e cheiroso, a clavícula lisa e quente, o peitoral largo e baixo até chegar na braguilha aberta que revela uma pequena fresta da cueca branca. Ryven arqueia o quadril para que eu possa puxar seu jeans pelas coxas grossas, joelhos e pé. A deixo de lado e paro para observar o homem na minha frente. Lindo, sarado e um pedação de mal caminho. Perco o fôlego com a ereção nada modesta. A preocupação rapidamente dá lugar a malícia. Ryven coloca os braços atrás da cabeça e se diverte comigo o vendo pulsar — e por falar nisso, a boxer branca está tirando a minha sanidade. Subo na cama engatinhando e esfrego nossas intimidades. Ryven geme e se senta imediatamente. A mão tateia em busca do fecho do sutiã e o quebra para que tenha a visão dos meus seios numa questão de dez segundos.

— Porra. — Ele morde o lábio com força ao ver meus lindos meninos.

Uma das mãos chega ao meu seio. Deixo um gemido sair quando ele faz pressão no mamilo e solto outro quando aproxima a boca do esquerdo e o abocanha, sugando a glândula na boca aveludada e quente. Após o ato que me embebeda em prazer, Ryven inverte nossas posições e retorno para debaixo dele. Os dedos rodam meu umbigo, se abaixam, param na lateral da calcinha molhada... Observo a cena, ansiosa para vê-lo tirá-la de mim. Ryven a segura com as duas mãos e rasga as tiras sem muita cerimônia. Eu deveria estar brava por ter uma peça tão linda destruída, mas o tesão me cega. Ele para em pé assim que estou completamente nua. Me olha minuciosamente, os olhos cheios de puro desejo cru e uma excitação carnal, algo que me faz sentir mais gostosa e desejada que a Angelina Jolie.

— Puta merda, você é perfeita. Caralho, você é perfeita, e é toda minha. — Ryven mergulha na cama, para sobre meu corpo, nivela nossos rostos e segura meu lábio inferior com o dedão; encaixa nossas partes, atira um jato de respiração quente no meu queixo e faz um pedido: — Pouco me fodo para os caras que você deu a oportunidade de estarem com você numa cama antes de mim. Mas pelo amor de Deus Beverly, diga que é minha.

Minha Santa, não posso aguentar a voz dele tão rouca e sexy pertinho. Afundo a bunda no colchão ao sentir-me mais molhada. Estou latejando. Ryven aperta minha boca até que eu faça que sim:

— Sim, eu sou sua. — E sei que serei por muito tempo.

O membro pulsa tão forte em mim que imagino que o tecido da cueca não vá segurá-lo. Eu gemo, já Ryven desce para me fazer um sexo oral diviníssimo. Tenho orgasmos múltiplos alguns minutos mais tarde, são tão bons que tenho vontade de retribuir cada um. Blackthorn se livra da cueca. A melhor visão da minha vida inteira é vê-lo nu em toda perfeição corpórea masculina — porque ele é perfeito pra mim. Voltamos ao papai e mamãe, nus, arfantes e ansiosos pra cacete. Os olhos dele brilham.

— Você confia em mim?

Assinto. Ryven apoia uma mão dos dois lados da minha cabeça e não desfaz o contato visual ao brincar com a genital na parte exterior da minha. Me contorço um pouco, esperando que ele coloque. Ryven se introduz aos poucos, abrindo espaço dentro de mim, se acostumando com a sensação e deixando que eu me reacostume. Quando o vi pela primeira vez, decidi que era grande o bastante não querer perguntar quanto mede — tive medo da resposta. Ryven só vai até o ponto que percebe não me machucar e movimenta quando tem a certeza de que estou pronta. Ele recua com o quadril brevemente e volta a ir para frente. Repete o ato de entrar e sair de mim com lentidão, não aumenta até que eu peça — o alto controle me surpreende. A essa altura meu corpo está acostumado e familiarizado a luxúria. Ryven empurra minhas pernas para cima, acelera os movimentos aos poucos. Gemo a cada investida que reverbera na carne, me delicio com suas estocadas. Para completar, o polegar cumprimenta meu clitóris e o massageia no ritmo que o ensinei a fazer. Após muitos minutos de gemidos e muito suor, chegamos a um clímax escandaloso, ardente e explosivo. Meu corpo começa a relaxar. Ryven sai de mim e me dá o melhor beijo de todos. Ainda estamos ofegantes quando digo:

— Obrigada por tudo... — respirando mais o mais fundo que posso. — Foi uma das melhores noites da minha vida.

Ryven segura a lateral do meu rosto e me olha fixamente.

— Eu faria tudo de novo se fosse por você.

— Eu também faria tudo por você.

E durante o restante da madrugada nós fazemos um pelo outro, nos amando até o amanhecer. 

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