Naquele dia acordei cedo com a luz do sol adentrando pela janela do meu quarto. Como todos já haviam saído de casa, resolvi me arrumar e fazer uma visita a Natália.
Toquei a campainha e quem veio abri o portão foi Alisson.
- Eae, Nê - me abraçou.
- Oi! - retribui o abraço - como a Nat está?
- Tá bem - disse Alisson e eu o olhei esperando uma explicação - ela já me contou.
- Ah! - dei um sorriso e o abracei novamente - parabéns, papai.
- Obrigado - sorriu - ela acabou de acordar. Entra - entrei e Alisson me seguiu.
- Vou lá então - falei e ele se sentou no sofá para ficar assistindo televisão. A porta estava entreaberta. Dei uma batida e entrei - oi, Nanat.
- Ainê! - ela sorriu ao me ver - você nem apareceu por aqui ontem.
- Não tive tempo - nos abraçamos - como estão as coisas?
- Minha mãe gostou da notícia. Ela disse a mesma coisa que você, que eu sou uma mulher independente e blá blá blá. Ficou feliz por, finalmente, ter seu primeiro neto ou neta - contou - e o Alisson ficou super feliz - ela sorriu - ele até chorou de emoção.
- Tá vendo? - sorri - você se preocupou a toa.
- É - ela deu de ombros - quer comer alguma coisa? - apontou para a mesinha de café da manhã que estava do lado da sua cama.
- Não, obrigada - agradeci - passei só pra ver como você está.
- Antes que eu me esqueça, vou fazer uma festa pra contar pra todo mundo sobre o bebê. A notícia do Alisson, todo mundo já sabe - Natália disse - vai ser sexta-feira, aqui em casa. Às 20 horas.
- Quer que eu te ajude a preparar as coisas? - ofereci.
- Não precisa, amiga - sorriu - mas obrigada.
Nos despedimos e fui para minha casa. Como faltava apenas uma hora para o almoço, liguei para minha mãe, perguntando se ela vinha para preparar a comida.
Como eu esperava, ela disse que iria almoçar na casa de uma amiga. Sendo assim, tomei um banho, aproveitando para lavar o cabelo.
Vesti uma calça jeans branca e uma blusa fina de frio da cor preta e, no pé, calcei minha bota que ia até um pouco abaixo do joelho, também preta.
Depois de almoçar em um restaurante e ir ao consultório pegar uns papéis que precisavam ser assinados, decidi passar na casa de Philippe para ver se ele gostaria de ir ao cinema comigo.
- Ainê, que surpresa em te ver! - a mãe do meu amigo sorriu ao me ver na porta de sua casa.
- Boa tarde, dona Dina - sorri também - vim ver o Philippe.
- Ah, querida, ele saiu com um amigo para almoçar - ela fez sinal para que eu entrasse e fechou a porta logo em seguida - mas já deve estar voltando. Você se importa de esperar um pouco?
- Não quero incomodar.
- Não será incômodo nenhum! - ela pegou na minha mão e me levou até a cozinha - você fica aqui conversando comigo até ele chegar.
- Hum, tá bom - sorri e fiquei ao lado de dona Dina. Ela estava amassando massa de pão - o que a senhora tá fazendo?
- Pão caseiro - disse - o Philippe adora. Você também vai gostar desse. Sem querer me gabar, mas eu sou uma cozinheira de mão cheia.
- Eu percebi quando vim almoçar aqui - sorri também.
- Ele me contou que vocês vão ver o jogo da seleção - comentou, sem parar de amassar a massa com a mão.

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two hearts
Fiksi PenggemarAinê já sofreu muito no passado por amor. Após sair de um relacionamento conturbado, encontra Philippe por acaso. Os dois viram melhores amigos, mas um sentimento forte de ambas as partes fala mais alto. "sou seu confidente não vai ser pecado seu...