capítulo 17

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Naquele dia acordei cedo com a luz do sol adentrando pela janela do meu quarto. Como todos já haviam saído de casa, resolvi me arrumar e fazer uma visita a Natália.

Toquei a campainha e quem veio abri o portão foi Alisson.

- Eae, Nê - me abraçou. 

- Oi! - retribui o abraço - como a Nat está?

- Tá bem - disse Alisson e eu o olhei esperando uma explicação - ela já me contou.

- Ah! - dei um sorriso e o abracei novamente - parabéns, papai.

- Obrigado - sorriu - ela acabou de acordar. Entra - entrei e Alisson me seguiu.

- Vou lá então - falei e ele se sentou no sofá para ficar assistindo televisão. A porta estava entreaberta. Dei uma batida e entrei - oi, Nanat.

- Ainê! - ela sorriu ao me ver - você nem apareceu por aqui ontem.

- Não tive tempo - nos abraçamos - como estão as coisas?

- Minha mãe gostou da notícia. Ela disse a mesma coisa que você, que eu sou uma mulher independente e blá blá blá. Ficou feliz por, finalmente, ter seu primeiro neto ou neta - contou - e o Alisson ficou super feliz - ela sorriu - ele até chorou de emoção.

- Tá vendo? - sorri - você se preocupou a toa.

- É - ela deu de ombros - quer comer alguma coisa? - apontou para a mesinha de café da manhã que estava do lado da sua cama.

- Não, obrigada - agradeci - passei só pra ver como você está.

- Antes que eu me esqueça, vou fazer uma festa pra contar pra todo mundo sobre o bebê. A notícia do Alisson, todo mundo já sabe - Natália disse - vai ser sexta-feira, aqui em casa. Às 20 horas.

- Quer que eu te ajude a preparar as coisas? - ofereci.

- Não precisa, amiga - sorriu - mas obrigada.

Nos despedimos e fui para minha casa. Como faltava apenas uma hora para o almoço, liguei para minha mãe, perguntando se ela vinha para preparar a comida.

Como eu esperava, ela disse que iria almoçar na casa de uma amiga. Sendo assim, tomei um banho, aproveitando para lavar o cabelo.

Vesti uma calça jeans branca e uma blusa fina de frio da cor preta e, no pé, calcei minha bota que ia até um pouco abaixo do joelho, também preta.

Depois de almoçar em um restaurante e ir ao consultório pegar uns papéis que precisavam ser assinados, decidi passar na casa de Philippe para ver se ele gostaria de ir ao cinema comigo.

- Ainê, que surpresa em te ver! - a mãe do meu amigo sorriu ao me ver na porta de sua casa.

- Boa tarde, dona Dina - sorri também - vim ver o Philippe.

- Ah, querida, ele saiu com um amigo para almoçar - ela fez sinal para que eu entrasse e fechou a porta logo em seguida - mas já deve estar voltando. Você se importa de esperar um pouco?

- Não quero incomodar.

- Não será incômodo nenhum! - ela pegou na minha mão e me levou até a cozinha - você fica aqui conversando comigo até ele chegar.

- Hum, tá bom - sorri e fiquei ao lado de dona Dina. Ela estava amassando massa de pão - o que a senhora tá fazendo?

- Pão caseiro - disse - o Philippe adora. Você também vai gostar desse. Sem querer me gabar, mas eu sou uma cozinheira de mão cheia.

- Eu percebi quando vim almoçar aqui - sorri também.

- Ele me contou que vocês vão ver o jogo da seleção - comentou, sem parar de amassar a massa com a mão.

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