Larissa estacionou o carro em frente a minha casa e ela me ajudou a tirar as malas do porta-malas, as colocando em frente ao portão da minha casa.
- Avisa pra tia Inês que eu mandei um beijo - ela pediu - eu mesma entraria lá, mas já tô atrasada pro almoço e ainda tenho que pegar o Bobby em casa.
- Aviso sim - dei um beijo na bochecha dela - e obrigada pela carona.
- Sempre que precisar, amor - ela me deu um último abraço antes de entrar no carro e dar partida.
Ah, como eu estava com saudades do meu bairro. Saudades de acordar cedo só pra fazer minha corrida matinal na praia, de andar de bicicleta todo domingo com minha irmã. Resumindo, saudade de tudo por aqui.
Acenei para dona Marlene, minha vizinha e melhor amiga da minha mãe, que me olhava da varanda. Ela mandou um beijo e acenou de volta.
Minha mãe sempre deixava o portão aberto, então o empurrei e puxei uma das malas comigo.
Antes que eu chegasse na porta da sala, a porta foi aberta, revelando Natália, Carol e minha mãe me esperando:
- Graças a Deus você chegou! - Natália foi a primeira a vir até mim e me abraçar.
Natália é minha vizinha desde que me entendo por gente. Minha mãe e a mãe dela sempre foram bem próximas. Assim, nós nos tornamos melhores amigas.
- Aí, que saudade! - sorri a abraçando forte.
Depois dela, minha mãe e minha irmã mais nova, Carol, vieram me abraçar e perguntar como havia sido a viagem, se eu estava bem, etc.
- O almoço já está pronto, filha - minha mãe anunciou - fiz seu prato favorito.
- Arroz, feijão, bife e batata frita? - perguntei, já com água na boca.
- O que mais seria? - ela sorriu.
Fomos até a sala de jantar e nos sentamos a mesa. Fizemos nossos pratos e comemos enquanto eu contava a elas como havia sido a viagem.
- Gente, a comida estava maravilhosa - Nat deu ênfase na última palavra - mas eu marquei de levar minha mãe no dentista daqui a meia hora.
- Tudo bem, Nat. Obrigada por vir - minha mãe sorriu e levantou de seu lugar para abracá-la.
- Te levo até a porta, amiga - fui levantar, porém ela me impediu.
- Não precisa, Nê. Você deve estar louca pra acabar de comer e cair na cama.
Realmente eu estava muito cansada, então me despedi dela ali mesmo.
- Eu tenho que estudar também - Carol disse alguns minutos após Natália sair.
- Pode deixar que eu levo seu prato até a pia, filha - disse minha mãe.
Carol me deu um beijo na bochecha antes de se retirar da sala.
Olhei na direção da minha mãe e vi que ela revirava a comida no prato, mania que a mesma tinha quando estava ansiosa ou incomodada com algo ou alguém.
- Então, filha, teve notícias do Bruno? - ela perguntou, desviando o olhar de sua refeição para mim.

VOCÊ ESTÁ LENDO
two hearts
FanfictionAinê já sofreu muito no passado por amor. Após sair de um relacionamento conturbado, encontra Philippe por acaso. Os dois viram melhores amigos, mas um sentimento forte de ambas as partes fala mais alto. "sou seu confidente não vai ser pecado seu...