capítulo 59

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o capítulo anterior ficou muito pequeno, então exclui e juntei com esse.
boa leitura! 💗

- VAI, BRASIL - gritei com todo o ar dos meus pulmões.

- Eu prometi pro Philippe que te entregaria no campo, de preferência viva - minha prima disse, me puxando novamente para sentar na arquibancada.

O estádio estava lotado de camisas amarelas e vermelhas, que representavam a seleção brasileira e a peruana. O segundo tempo do último jogo da Copa América já estava no segundo tempo e ainda sem gols. Se a nossa seleção finalmente colocasse a bola na rede, levaríamos a taça.

- Mas que porra! - exclamei.

- Tá falando de mim ou do jogo? - ela riu.

- Do jogo - bufei - e de você que nem me deixa levantar direito.

- Ainê, você tá grávida de três meses, mas o médico recomendou repouso. Então senta a bunda na cadeira e fica quieta.

Revirei os olhos.

- Eu tô bem, o médico que é exagerado.

- Eu ainda mato o Philippe por ter deixado você vir até aqui - disse ela.

- Ele não manda em mim - falei, simples.

- É, mas agora sobrou pra mim cuidar de você. Nem o Mateus dá tanto trabalho - ela apontou para o meu afilhado, que estava sentado comendo pipoca no meio de nós duas.

Mostrei a língua para ela e voltei a atenção para o jogo. Em menos de dez minutos, ambas as seleções fizeram um gol, deixando novamente o jogo empatado.

- Mamãe, quero mais pipoca - Mateus pediu.

- A tia vai pegar com você. Tô precisando tomar um ar - falei.

Peguei na mão do meu afilhado e, quando me levantei, a torcida inteira também se levantou e começou a gritar. Olhei para o campo a tempo de ver Philippe e Firmino se aproximarem do gol com a bola. Bobby chutou a bola com força até que ela chegou nos pés de Philippe, que deu um chute de fora da área e acertou direto no gol.

- GOOOOOOOL - gritei junto com toda a torcida.

Meu namorado pegou a bola e colocou dentro da camisa, fazendo a comemoração em homenagem ao nosso bebê. Senti meus olhos encherem de água e Mateus pulou no meu colo.

- O tio fez gol? - ele perguntou, já que não pode ver porque todos se levantaram.

- Fez, meu amor - dei um beijo em sua bochecha e sorri quando vi Philippe assinar em minha direção. Acenei de volta e mandei um beijo no ar pra ele, que nem sequer deve ter visto.

Daniel Alves marcou mais um gol no final do segundo tempo, fazendo o jogo acabar no 3×1 para o Brasil. Logo que o jogo acabou, fui até o campo acompanhada de Larissa e Mateus.

Assim que pisei o pé na grama, vi Philippe conversando com Firmino e Richarlison de longe e fui correndo até ele que, assim que me viu, me abraçou, de modo que sua cabeça ficasse entre meu pescoço e meu ombro.

Talvez fosse a emoção do momento e o orgulho de termos ganho, mas já senti meus olhos arderem e logo as lágrimas descerem. Quando Philippe levantou a cabeça, vi que ele também chorava.

- Eu tô tão orgulhosa de você - passei as costas da mão pela sua bochecha, onde depositei um beijo - e eu amei o gol - sorri.

- Daqui a pouco vai ser nós três comemorando aqui: eu, você e nossa filha - ele também sorriu, passando a mão no rosto.

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