capítulo 29

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Temos opção? - saiu do carro e abriu o porta-malas. Sai do veículo também para tentar convencê-lo do contrário.

- Deve ter um hotel mais pra frente - insisti.

- Eu também pensei nisso - parou de abrir a sua mala e me olhou - há 20 minutos atrás - voltou a tirar uma roupa da mala.

- Não, Philippe - bati o pé.

- Não tem opção, princesa - me chamou pelo apelido que eu detestava e, justamente por eu detestar, ele me chamava dessa maneira.

- Idiota - dei um tapa em seu braço, o que o fez rir.

- Você vai dormir com essa roupa mesmo? - me olhou de cima a baixo. Ele claramente estava se divertindo bastante com a situação.

Revirei os olhos. Já que essa era a única solução...

- Eu te odeio, Philippe - abri minha mala e peguei um moletom e uma calça legging para vestir, além da minha roupa íntima.

- Vamos fazer o check-in - fechou o porta-malas e acionou o alarme.

Ao passarmos pela porta de entrada, um enorme cartaz com as palavras "temos pacote completo" estava destacado em colorido. Ia perguntar o que significava, mas preferi não saber.

- Boa noite - a recepcionista nos cumprimentou com um sorriso no rosto.

- Boa noite - também a cumprimentamos.

- O que desejam?

- Queremos um quarto - Philippe disse o óbvio.

Peguei meu celular e avisei a Carol que dormiríamos em um hotel na estrada.

- Aqui está - a moça entregou a chave do quarto para Philippe.

- Obrigado - ele agradeceu.

Subimos dois lances de escada até chegar no quarto. Ao entrar, a primeira coisa que se via era a cama. Do lado direito, uma piscina e, do lado esquerdo, uma mesa com quatro gavetas.

- O que será que tem ali? - apontei para a cômoda.

- Acho que nada - ele foi até a área da piscina, me deixando sozinha no quarto.

Tomada pela curiosidade, me aproximei da mesa. Abri a primeira gaveta e não tinha nada, mas, na segunda, tinha um objeto que eu já havia visto antes em filmes.

- Philippe - o chamei.

- Oi - respondeu sem tirar os olhos da piscina.

Peguei o objeto da gaveta.

- Olha que pirocão - balancei o vibrador de um lado pro outro.

Ele me olhou rapidamente, com um olhar de reprovação.

- Só não é maior que o meu.

- Credo, Philippe - guardei o pau de borracha de volta na gaveta e fui até o banheiro. Era provável que se eu abrisse as outras gavetas, encontrasse algum lubrificante. Nunca frequentei motéis, mas, nunca ouvi falar de algum que tenha esse tipo de coisa no quarto. Aproveitei para lavar as mãos.

O banheiro era bem arrumado. As toalhas brancas estavam dobradas em cima da pia. Eu precisava de um banho. Tantas horas no avião me deixaram extremamente cansada.

- Você vai tomar banho? - fui até a área externa.

- Acho que vou entrar na piscina antes - ele disse.

- Você tá brincando, né? - ri - as pessoas fazem coisas aí, Philippe.

- "Coisas" - fez aspas com a mão e riu - você não tem direito de falar nada. Até dois minutos atrás tava brincando com o pirocão.

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