capítulo 23

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Alguns dias depois...

Ainê narrando:

- Mil desculpas, Philippe - tirei algumas roupas do guarda-roupa, jogando tudo na mala.

- Sem problemas - riu.

Depois de voltar da casa de Aline, eu deitei em minha cama e dormi a tarde inteira. Quer dizer, a tarde toda e uma boa parte da noite também.

- Eu tenho que parar com essa mania de deixar tudo pra última hora - bufei.

- Calma - se sentou na beirada da cama - eu não estou com pressa. O vôo é só daqui a 8 horas.

- Mas a gente tinha combinado que eu estaria pronta para ir pra sua casa às 21 horas - insisti, nervosa com a situação.

- Quer ajuda? - ofereceu.

- Seria uma boa - se levantou e começou a me ajudar.

- Faz assim, você pega as coisas e eu coloco dentro da mala. Pode ser?

- Sim - toda ajuda seria bem vinda.

Comecei pelas roupas. Peguei dois macacões: um preto e outro verde; alguns vestidos de cores variadas; cinco blusas de manga curta das seguintes cores: rosa, branca, verde escuro, azul e preta; uma calça jeans; duas calças legging preta; uma saia vermelha; para calçar, separei um chinelo havaianas, um tênis vans preto e branco; uma sandália com um pequeno salto e uma sem; e, claro, minha camisa da seleção.

- Tá complicado fazer tudo isso entrar nessa mala pequena - riu.

- Eu só tô levando o essencial - dei de ombros.

- Quem tá levando só o essencial sou eu - comentou.

Fui para o banheiro. Peguei uma bolsa de mão, que eu já havia separado com os objetos de higiene pessoal.

- Só faltava colocar as roupas mesmo - fechei a mala após colocar minha bolsinha lá dentro.

- Podemos ir? - perguntou.

- Você acha que eu vou desse jeito? - olhei para a roupa do meu corpo - eu acabei de acordar, Philippe. Olha essas olheiras - apontei para os meus olhos - isso tá terrível!

- Você não prefere tomar um banho lá em casa?

- Pode ser também - juntei todas as minhas coisas em cima da cama, levando tudo para a sala. Philippe me ajudou a levar a mala mais pesada.

- Filha, que bom que você ainda não foi - minha mãe olhou para mim e, em seguida, notou a presença de Philippe - olá.

- Prazer, Philippe - meu amigo sorriu.

- Prazer, sou a mãe da Ainê - contou o óbvio - meu nome é Inês.

- Então, nós já vamos indo - dei um beijo na bochecha de minha mãe.

- Que Deus abençoe vocês - deu um abraço apertado em mim e um simples aperto de mão em Philippe.

- Fala pra Carol que eu mandei um beijo - pedi.

- Falo sim - sorriu.

Levamos as malas até o carro. Depois de tudo pronto, adentramos ao mesmo. Acenei para minha mãe, até o carro começar a andar. Fiquei olhando para um ponto fixo no retrovisor.

- Algum problema? - perguntou Philippe.

- Só tô pensando - desvio o olhar para meus pés.

- Ainê, eu te conheço - passou a mão de leve pelo meu braço - o que foi?

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