Alguns dias depois...
Ainê narrando:
- Mil desculpas, Philippe - tirei algumas roupas do guarda-roupa, jogando tudo na mala.
- Sem problemas - riu.
Depois de voltar da casa de Aline, eu deitei em minha cama e dormi a tarde inteira. Quer dizer, a tarde toda e uma boa parte da noite também.
- Eu tenho que parar com essa mania de deixar tudo pra última hora - bufei.
- Calma - se sentou na beirada da cama - eu não estou com pressa. O vôo é só daqui a 8 horas.
- Mas a gente tinha combinado que eu estaria pronta para ir pra sua casa às 21 horas - insisti, nervosa com a situação.
- Quer ajuda? - ofereceu.
- Seria uma boa - se levantou e começou a me ajudar.
- Faz assim, você pega as coisas e eu coloco dentro da mala. Pode ser?
- Sim - toda ajuda seria bem vinda.
Comecei pelas roupas. Peguei dois macacões: um preto e outro verde; alguns vestidos de cores variadas; cinco blusas de manga curta das seguintes cores: rosa, branca, verde escuro, azul e preta; uma calça jeans; duas calças legging preta; uma saia vermelha; para calçar, separei um chinelo havaianas, um tênis vans preto e branco; uma sandália com um pequeno salto e uma sem; e, claro, minha camisa da seleção.
- Tá complicado fazer tudo isso entrar nessa mala pequena - riu.
- Eu só tô levando o essencial - dei de ombros.
- Quem tá levando só o essencial sou eu - comentou.
Fui para o banheiro. Peguei uma bolsa de mão, que eu já havia separado com os objetos de higiene pessoal.
- Só faltava colocar as roupas mesmo - fechei a mala após colocar minha bolsinha lá dentro.
- Podemos ir? - perguntou.
- Você acha que eu vou desse jeito? - olhei para a roupa do meu corpo - eu acabei de acordar, Philippe. Olha essas olheiras - apontei para os meus olhos - isso tá terrível!
- Você não prefere tomar um banho lá em casa?
- Pode ser também - juntei todas as minhas coisas em cima da cama, levando tudo para a sala. Philippe me ajudou a levar a mala mais pesada.
- Filha, que bom que você ainda não foi - minha mãe olhou para mim e, em seguida, notou a presença de Philippe - olá.
- Prazer, Philippe - meu amigo sorriu.
- Prazer, sou a mãe da Ainê - contou o óbvio - meu nome é Inês.
- Então, nós já vamos indo - dei um beijo na bochecha de minha mãe.
- Que Deus abençoe vocês - deu um abraço apertado em mim e um simples aperto de mão em Philippe.
- Fala pra Carol que eu mandei um beijo - pedi.
- Falo sim - sorriu.
Levamos as malas até o carro. Depois de tudo pronto, adentramos ao mesmo. Acenei para minha mãe, até o carro começar a andar. Fiquei olhando para um ponto fixo no retrovisor.
- Algum problema? - perguntou Philippe.
- Só tô pensando - desvio o olhar para meus pés.
- Ainê, eu te conheço - passou a mão de leve pelo meu braço - o que foi?
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two hearts
FanfictionAinê já sofreu muito no passado por amor. Após sair de um relacionamento conturbado, encontra Philippe por acaso. Os dois viram melhores amigos, mas um sentimento forte de ambas as partes fala mais alto. "sou seu confidente não vai ser pecado seu...