capítulo 26

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Olhei de soslaio para Ainê, que estava com as bochechas coradas.

Cocei a nuca.

- Pra que isso, Gabriel? - me viro para ele.

- Eu só tô dando um empurrãozinho na relação - disse como se fosse algo normal - vai aceitar ou não?

Todos começaram a gritar "beija, beija" e a bater palmas. Ainê afundou o rosto em meu ombro.

- Eu não posso fazer isso - falo isso mais por ela.

- Se vocês realmente são só amigos, não vai mudar nada na relação de vocês - Natália observou.

- Natália - Ainê a repreendeu - cala a boca.

- Eu concordo com a Nat - Larissa também se manifestou.

Isso fez com que Ainê ficasse mais envergonhada ainda.

- E aí, Philippe? - Alisson me olhou.

- O que acontece se eu não aceitar? - pergunto.

- Você vai... - Gabriel pensou um pouco.

- PULAR NA PISCINA - Firmino gritou.

- Isso, muleque - Jesus deu um tapa fraco nas costas de Firmino - foi pra isso que eu te treinei.

- Vai tomar no cu - Bobby mostrou o dedo.

- Ainê? - sussurro em seu ouvido.

- Não tem problema - começa a falar - você não pode pular na piscina agora.

- Tem certeza? - pergunto, receoso.

- Não vou deixar você pular na piscina com esse tempo.

Me aproximei mais ainda dela.

- É AGORA, BRASIL - Gabriel ergueu as mãos.

- Para com isso, Jesus - Alisson disse - vamos ver o casal.

Todos concentraram a atenção em nós.

Na hora, pensei em tudo que já havia passado com a mesma. Ela era minha melhor amiga, estava comigo todas as horas que eu precisava.

Confesso que já havia pensado nisso antes. Já havia olhado Ainê com outros olhos. Quer dizer, ela é uma mulher decidida, sábia, doce e linda. E, além de essas e várias outras qualidades, tem um enorme coração. Sempre me apoia, me ajuda, me faz ser um homem melhor e mais feliz a cada dia que passa.

Se começássemos a ter um caso, eu poderia partir o seu coração, como já havia feito com outras mulheres no passado, mesmo que ser querer. Eu não suporto vê-la sofrer por coisas bobas. Se o motivo da tristeza for algo relacionado a mim, seria pior ainda.

Eu não queria estragar aquilo que nós dois tínhamos.

É melhor. Para ela e, principalmente, para mim.

- Não vai rolar - me afasto de Ainê. Todos me olham, confusos - onde é a piscina?

- Venha - Firmino fez sinal para que eu fosse até a área externa com ele - vocês não vão querer ver o Philippe pagar o desafio dele, não? - pergunta para o pessoal que ainda estava sentado.

- Mas é claro - responderam. Ainê é a primeira a se levantar. A mesma vem para o meu lado, entrelaçando nossas mãos.

- Obrigada - agradece - eu acho.

- Por que "eu acho"? - pergunto.

- Chegamos - Roberto diz, impedindo que minha pergunta tivesse uma resposta - pode pular.

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