Capítulo 10

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GENTE, MIL PERDÕES, MAS MEU NOTEBOOK QUEIMOU A TELA E EU SOU PÉSSIMO PRA FAZER CAPÍTULO NO TELEFONE!

MAS EU CONSEGUI! kkkkkkk ARRRRRR

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LEONARDA

O caminho que percorremos não foi fácil e a cada vez que nós entrávamos mais naquela mada, tudo parecia ficar mais difícil. O céu não conseguia ser visto, porque as copas das árvores eram altos demais e enormes, não nos permitindo ter a visão do céu. O clima a cada hora começava a esfriar mais e mais, dando uma impressão que estávamos chegando quase a 0°C, mesmo que eu soubesse em meu subconsciente ou consciente que aquela temperatura era, pelo menos um pouco, mais alta.

Meus pés já estavam doendo de tanto caminhar e ainda mais com aquele sapato apertado que eu estava, o caminho não ajudava também, sendo composto basicamente por pedras com as pontas bem finas e um galhos enormes, pelos quais nós necessitavamos levantar para passar de uns galhos que estavam no chão e nos abaixar para passar por outros que caíram de árvores em noites de chuvas.

Para muitos isso pode não parecer nada e eu posso estar apenas sendo uma pessoa mimada e eu não nego que posso mesmo estar sendo muito mimada, porém, pra uma pessoa que não é acostumada a fazer exercícios físicos em geral, isso é como uma tortura das piores. Lucas, por outro lado, não parecia tão abalado pelas acrobacias que precisamos fazer ou pelo caminho que estamos percorrendo, parecia mais abalado pelo fato que apenas um de nós conseguiria sair vivo daqui. Um de nós, no caso, uma das duplas.

- Vamos parar ali? – Apontei para uma gruta que parecia completamente decadente e ele assentiu. Eu quase pulei de alegria, porque finalmente iríamos conseguir parar e descansar um pouco para quando o dia amanhecer, estarmos com uma melhor fisionomia. Como poderíamos sobreviver sem descansar? Esta era uma pergunta que eu me fazia sempre e eu sempre tinha a mesma resposta: não sobrevive.

Eu sempre fui uma pessoa completamente apaixonada por todos aqueles programas nos quais as pessoas são jogadas em um local e tentam sobreviver com tudo o que acham no local, por isso eu já tenho certa noção do que fazer em algumas situações, isso na teoria, porque na prática é bem mais difícil.

Assim que coloquei a mochila no chão, me encostei em uma pedra grande que tinha mais um pouco ao fundo e tirei aquele sapato do inferno que estava usando.

Meu pé quase agradeceu quando meu cérebro recebeu a informação que, pelo menos por enquanto, meus pés estariam livres de tortura.

- Vamos beber água, sim? – Ofereci minha garrafa a ele que pegou a mesma de bom grado. Desde o episódio da “briga", ele não disse muitas coisas. – Olha, me desculpa por eu ter falado tudo aquilo e daquela forma pra ti. – Me aproximei dele e passei minhas mãos por suas costas. – Eu não sou uma pessoa sem paciência desse jeito, mas essa situação está me levando ao extremo, mas eu também entendo que nem todo mundo reage igual e deveria ter deixado você decidir por si só, não te obrigar a fazer algo.

- Mas você não me obrigou a fazer nada, muito pelo contrário. – Apareceu um sorriso tímido em seu rosto e eu conseguia ver isso graças a uma fenda que tinha no teto da gruta, o que permitia que passasse um filete da luz da lua por ali, o que não era muito, mas ainda sim, me permitia observa-lo melhor. – Eu ainda não quero que ninguém morra, mas eu não quero mais ainda que você morra. – Assenti, tímido. – E eu acho que eu estou apaixonado por você! – Me engasguei com a água que estava tomando. Comecei a tossir descontroladamente, pelo meu corpo estar tentando tirar o líquido das minhas vias respiratórias. – E eu queria ter dito isso em um momento mais oportuno, não quando estivéssemos em uma festa ou evento, ou em um evento que possa culminar na nossa morte.

Como ele pode dizer isso do nada? Uma coisa assim não se faz.

- Mas... É...

- Eu sei que eu demorei muito pra falar isso, mas eu não podia fazer muita coisa, não é? – Ele sorriu negando com a cabeça. Sua expressão acusava que ele se sentia muito culpado por aquilo. – Mesmo meus pais não sendo preconceituosos e me ensinando a respeitar a todos, a sociedade não é desse jeito e por eu me sentir mais confortável e ter o apoio das pessoas, eu reproduzia os discursos de ódio que eu escutava dos outros. Mas aí você entrou na minha vida. – Seu sorriso passou de triste para um mais vivo e sua mão veio em direção ao meu rosto, fazendo um carinho de leve na minha bochecha. Um beijo foi depositado no mesmo local que o mesmo estava fazendo carinho. – E mesmo eu sabendo, no momento em que eu precisei te beijar na primeira vez, que meu coração não mais me pertencia, e passou a pertencer a você, eu continuei com aquela pose de imbecil, falando e reproduzindo coisas que eu sabia que ia te machucar, só pra não baixar meu ego.

É QUE EU... TE AMO!Onde histórias criam vida. Descubra agora