Capítulo 18

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Chegamos em 600 curtidas T-T obrigado! 

Como estão as atualizações dos livros preferidos de vocês nessa quarentena? Estão tendo muitas atualizações? 

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- Eu queria que tivesse sido diferente a nossa aproximação. – Disse Lucas à Leonarda, depois de contar como havia se apaixonado pela namorada. – Mas eu fui muito medroso com relação ao que os outros iriam pensar, sabe?

- Sei... isso não é tão raro quanto você pensa, Lucas e outra coisa, você nem deveria se culpar tanto por isso. – Soou compreensiva. Claro que entedia o que aquilo dizia, que apesar de tudo, ele ainda foi capaz de amá-la e o mais importante é que ele não havia deixado espaços para que ela duvidasse em algum momento.

- Mas eu sempre quis ser diferente das pessoas ruins.

- Olha, não é porque as pessoas não assumem uma mulher transgênero que eles são ruins, têm muitas coisas por trás de tal pensamento... para a maioria das pessoas isso é errado, então quem está comigo, por exemplo, também vai ser errado; para muitos agora você é gay por estar se relacionando comigo e mesmo que você saiba e afirme que não é, apenas por me ter ao seu lado, será taxado. – Explicou a ele, que assentiu, enquanto a olhava.

Estavam deitados na cama em um dos quartos da mansão quando acabaram de almoçar e o pai de Armando pediu para que as empregadas os levassem até um dos quartos para descansarem. Tudo havia sido maravilhoso, desde o momento em que chegou, até depois do almoço e até mesmo essa conversa, que ela achava que não teria com alguém por muito tempo, estava fazendo a mesma se sentir bem com seu namorado e consigo mesma.

Era uma vitória de todas as meninas que assim como ela, achavam que nunca teriam um homem que dissesse que as amam e que as apresentassem para a família e para o mundo como a sua namorada, mesmo sabendo que ela era uma exceção, ainda assim estava feliz. A mudança deveria começar por alguém, certo? E se ela fosse a escolhida para começar tal mudança?

Não queria parecer que se colocava no lugar de uma salvadora da pátria do mundo "T", entretanto, se tinha como exemplo de luta e carregava consigo, os pesos da vida de uma de suas falecidas amigas: Valéria.

Ah, como tinha saudade dos sorrisos grandes e gargalhadas altas que Valéria dava quando ia a visitar em sua casa, em um dia de domingo, ou de quando ela lhe dava broncas sobre como agir, dizendo que uma atitude errada que ela tivesse, todas as outras iriam "pegar a culpa" e nisso não podia ao menos pensar em discordar. Por quê? Porque as pessoas estavam mais preocupadas em sempre as apedrejarem, do que realmente saber do que elas tentam falar por anos e anos.

"Uma travesti vale, para a sociedade, menos do que nada", era a frase que ela sempre dizia e que em sua cabeça sempre voltava, quando sofria alguma transfobia. Era muito privilegiada, por não ter que viver na rua se prostituindo, porque a maioria de sua família a apoiava completamente em todas as suas decisões.

- Eu... estou com medo. – Confessou, enquanto se aninhava no peito do namorado, recebendo carinho na cabeça.

- Medo de que? – Apertou mais o braço que a envolvia, colando mais seus corpos. Nunca tinha tido uma intimidade como aquela com nenhuma das mulheres que havia se relacionado, nem mesmo havia pensado de se deitar em uma cama com alguma delas para conversar sobre algo... talvez em seu subconsciente, ele não conseguisse porque estivesse esperando por Leonarda.

- De te amar.

- Eu também tenho esse medo. – Se tornou triste de repente. – Eu me preocupo de que você coloque muitas expectativas em mim e no fim você descubra que eu não sou nada daquilo que você imaginava que eu era. Eu não sou alguém que é tão bom quanto você em tudo e nem sei se consigo me desculpar o tanto de vezes necessárias com você, mas eu estou mudando por nós. – Passou o polegar pela bochecha de sua namorada. – Eu estou mudando porque eu não quero ser a pessoa que te machucou!

É QUE EU... TE AMO!Onde histórias criam vida. Descubra agora