Capítulo 22

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Voltei, gente! 

Eu ainda vou postar mais um capítulo hoje, então fiquem ligadinhos porque sai a tarde ou a noite... 

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LUCAS

- Você tem que ficar mais calma, não adianta nada chegar aqui e querer desistir agora. – Não estava brigando com Leonarda, mas ela tinha que escutar isso de alguém, já que seus pais e seu irmão estava mais nervoso do que ela. O tio também não estava aqui, estava em suas férias merecidas, até porque, naquela idade, você precisa curtir o máximo possível. – Você é muito forte, bonita e o médico disse que seus exames deram muito bons e que não era provável ter complicação alguma.

- Mas o que ninguém entende é a situação que eu me coloquei aqui, eu estou fazendo algo que não pode por lei. Imagina se alguém descobre e tudo vai por água abaixo e ainda me obrigam a tirar o silicone depois?

- Mas não vai acontecer isso, todo mundo que sabe da sua cirurgia assinou um termo de responsabilidade e de confidencialidade, para que algo desse tipo não aconteça. Os melhores advogados que trabalham para o meu pai que o fizeram e eles repassaram mais de cinco vezes, para que não tenha nenhuma falha que pudesse levar a isso. – A acalmei. – Eu queria deitar com você. – Disse chateado, me sentando na poltrona acolchoada que tinha do lado de sua cama.

- Eu queria que você deitasse pra gente fazer algumas coisas antes. – Sorriu sapeca e eu já senti o meu corpo respondendo ao simples estimulo que ela fez. – E o documento? Já entregaram?

Leonarda já havia me contado sobre as visitas desagradáveis e que ela quase sucumbiu a vontade de matar todos eles, mas no fim, conseguiu algo que iria destruir todos os três de uma vez. O documento consistia em planilhas de lucros adulteradas e que o pai dos três participaram e nunca pararam com os roubos.

O que ninguém pode dizer é que eles são burros, porque eles roubam de tão pouco que não tinha como serem pegos. Uma empresa que recebia quase vinte milhões por mês e eles pegavam vinte mil para cada, não causava tanta desconfiança assim e para não correr o risco de serem descobertos, os pais dos três maquiavam as planilhas de lucros e com essa, cada um já havia conseguido mais de seis milhões de reais.

- Já. – Ela sorriu. – A única que veio entregar foi Amanda. E agora tem uma fofoca que eles não são mais amigos, porque eles escolheram que ela morresse lá... uma jogada de mestra, devo dizer assim.

Realmente estava orgulhoso dela, porque se eles vão atacar, eles têm de se preparar para o contra-ataque e eles não imaginaram que ela sabia de tanta coisa assim sobre eles. E o pior é que eles conviveram muito com ela e não perceberam que ela era muito observadora e calculista... eu não me arriscaria contra ela em nenhuma situação.

- Ótimo!

O silencio que ficou não incomodava, porque eu sabia que ela precisava digerir todas as informações que chegavam para ela a todo instante. Imagina só: perde "amigos" e descobre que ela quase morreu por culpa deles; ganha uma cirurgia plástica para colocar silicone; ameaça os antigos amigos e agora acabou com os pais dos três.

- A minha mãe está onde?

- Ela foi tomar alguma coisa para os nervos. – Sorri. – Ela saiu dizendo que nunca mais deixa você fazer cirurgia nenhuma, porque já estava morrendo de medo e a filhinha dela nem entrou na sala da cirurgia ainda.

- Minha mãe é louca! – Disse sorrindo e eu concordei. Ela me olhou estranho quando bateram na porta do quarto.

- Bom dia! – A minha mãe chegou no quarto junto do meu pai e da minha irmã. Olhei estranho para eles, afinal, não disse para ninguém que estaria aqui. – Como você está querida? – Ela passou por mim e nem me olhou.

Eu sabia que ela estava com raiva e deixei com que eles conversassem sem que eu me intrometesse, pois, conhecendo a minha mãe como eu conheço, eu levaria uma sapatada na cara e ela estava com um salto fino hoje. Não arriscaria ficar sem um dos meus olhos.

- Eu estou bem e vocês? – Perguntou olhando para os outros que estavam perto da minha mãe. Minha irmã a olhava com carinho e meu pai ainda estava com sua cara neutra de sempre.

- Estamos bem. – Quem respondeu foi a minha irmã. – Ninguém nos avisou que você faria uma cirurgia hoje, por isso não viemos mais cedo. – Me encarou com raiva e eu levantei as mãos como se me rendesse.

- Verdade, mas não viemos aqui para discutir. – Meu pai se pronunciou pela primeira vez, olhando as outras com seriedade. – Estamos em um leito e ela vai fazer uma cirurgia, não pode se estressar com coisas desnecessárias. – As outras assentiram.

- Tens razão! Viemos falar uma coisa com você, sobre um projeto que você propôs ao meu filho, sabe de qual estou falando? – Leo assentiu. – Nós estamos realmente estudando tudo o que você disse e já está mais de cinquenta por cento andado. Por nós, faríamos no momento em que soubemos, mas temos sócios e isso seria um desrespeito com os contratos que firmamos com os mesmos e era caso até mesmo do meu marido perder a presidência da empresa.

- Justamente. – Meu pai se pronunciou. – Nós não queríamos isso, porque se eu saísse agora, não teríamos a certeza de que o projeto realmente saísse do papel. Você se lembra daquele sócio que é transfóbicos, né? Falamos sobre ele na nossa primeira reunião.

- Lembro e eu sei bem quem é aquela peça dos demônios. – Disse com nojo e minha intuição ficou muito aguçada... o que será que ele fez com ela?

- Pois bem, nós compramos a parte dele e entre os sócios, ela era a maior, ou seja, nós detemos a maior parte das ações da empresa novamente e temos o poder de decisão total quanto às ações que serão tomadas. – OK, isso era uma coisa que eu não sabia. – E nós temos uma surpresa pra você...

- Surpresa? – Eu e ela falamos juntos.

- Você, Leonarda, agora é sócia da empresa com 7% das ações. – Os olhos dela quase voaram da órbita ocular. – Meus parabéns! – Meu pai estendeu sua mão para ela, que não esboçou nenhuma reação e ele foi lá e pegou sua mão na cama e balançou, enquanto minha mãe e irmão sorriam do rosto dela. – Inclusive, você agora tem poder de decisão quanto a bancada. Aproveite! 

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