Capítulo 50

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Digamos que o tema desse capítulo pode ser WAP, da Cardi B. Como vocês reagiriam? KKKKKK

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LUCAS

- Olha, eu tenho certeza que não aconteceria nada demais. Inclusive, você pode notar que eu não tenho nenhum tipo de fama pela faculdade... – Já estava começando a me irritar com certos tipos de comentários que eu era submetido algumas vezes. Agora, por exemplo, estou sendo enquadrado por uma menina de uma turma com um semestre a mais, porque ela, simplesmente, me acha bonito; entretanto, se acha bem melhor porque não sabe receber um não como resposta.

Eu entendo que ela não tenha sido condicionada a isso, visto que ela é muito bonita.

- Você não acha que isso é muita humilhação não, Fernanda? – Perguntei tentando encontrar a paz interior que eu nunca achei que fosse precisar. Sabe aquele momento em que você invoca todas as suas personalidades mais calmas, cinco anjos, clama por Jesus, todos os santos e, ainda assim, tem vontade de bater a cabeça na parede tantas vezes que não sobraria nem o suco de encéfalo?! Estou assim.

- Não acho não, por qual motivo eu acharia? – Ela perguntou com um sorrisinho de canto.

- Eu já neguei ter qualquer tipo de envolvimento com você e você continua insistindo em algo que não vai dar em nada. Eu tenho uma família, que eu não trocaria e nem em meus piores pensamentos cheguei a cogitar a ideia de jogar tudo fora por uma pessoa como você. – Tentei soar calmo. Isso é, se isso pode parecer calmo o suficiente para alguém, já que, querendo ou não, estava com muita vontade de manda-la para a casa do caralho da não-sei-das-quantas.

- Você não se acha muito novo para ter uma opinião tão formada quanto essa? – Ela parecia um tanto quanto resguardada de perguntar sobre. Eu neguei com a cabeça e cruzei os braços. Meu rosto já demonstrava tudo o que eu estava sentindo no momento: impaciência, frustração por não poder cair fora dali rápido, nojo (porque depois de tanta negação, seria impossível não sentir) e o pior, eu tinha um resquício de educação.

- Não me acho e amo a minha vida do jeito que está. Se eu não tivesse feliz, você não seria a pessoa que eu procuraria para desabafar, não tem a mínima chance de haver algo entre nós, porque eu sou casado e, principalmente, tenho o mínimo de decência que eu preciso para construir algo sólido. – Apesar de tentar me controlar, eu já dava os meus primeiros sinais do: cala a boca e vai tomar no cu.

Quando notei que ela ainda iria tentar falar alguma coisa, resolvi apenas dar as costas e deixa-la falando sozinha. Não tinha tempo de sobra, não estava com paciência, ela é uma pessoa nojenta (em termos de personalidade) e apesar de todas as vezes eu procurar tratar todas as pessoas que eu tenho o (des)prazer de cruzar com educação, só estava esperando uma gotinha para mandar todo mundo se foder, ir para a casa do caralho, me deixar em paz e ir viver no meio do mato com os bichos.

Conviver com humanos é muito complicado e eu notei isso, principalmente, depois que fui para a fazenda.

Ela continuou me chamando enquanto eu cruzava o longo corredor que dava acesso ao estacionamento da faculdade. Aquele horário ainda tinha muitos dos carros ali, pois não tinham acabado as aulas e eu, como tive uma folga antes por conta de uma prova, resolvi ir embora, porque Leonarda já havia ido mais cedo também e meu cunhado hoje não tinha aula.

Quando cheguei em casa, Leo já estava na cozinha terminando de lavar as louças que estavam dispostas em cima da pia. Não eram tantas, eram apenas as do jantar, mas mesmo assim eu ainda conseguia sentir preguiça. Aquilo ali não era a minha opção de diversão, não mesmo... dei-lhe um selinho depois de desejar um boa noite e sentei, esparramado em uma das cadeiras do balcão. Parece um sonho sair de mais um dia da faculdade!

É QUE EU... TE AMO!Onde histórias criam vida. Descubra agora