Capítulo 12

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LEONARDA

- Como isso pode ter acontecido? - Me perguntava baixo, desde o momento em que não encontramos mais as mochilas no local que as deixamos. Estava em estado de choque e de negação.

Podia reconhecer isso. Já tivera outras vezes.

Agora estávamos bem mais vulneráveis do que antes, porquê tínhamos, ainda, pelo menos o básico para sobreviver um tempo na mata. Mas o que sobrou foi nada, até a esperança já estava se esvaindo, e só não tinha se esvaído por completo, porque no meu interior eu ainda preferia acreditar que pudéssemos ter colocado em algum lugar diferente.

Voltamos calados para a árvore onde deixamos os dois cobertores e pelo menos eles ainda estavam ali, felizmente, porque não dava para sobreviver ao frio que fazia na mata sem eles. Claro, estavam com sinais que foram bagunçados por alguém, mas ainda ali...

A nossa respiração era tudo o que se escutava naquele silêncio desconfortável que se instalou entre nós. E não pensem que era porque achávamos que o outro era culpado, mas sim porque era necessário o silêncio no momento. Nós dois tinhamos a consciência disso.

De maneira alguma eu o culpava de nada! Muito pelo contrário, eu sabia que a luta pela sobrevivência era o que estava nos movendo e, consequentemente estava movendo os outros participantes para o mais longe possível desse desejo de morte de um maluco qualquer. Entrei até o fundo das raízes da árvore, onde ficava bem fechado e não entrava nenhuma luz e naquele momento eu me aconcheguei em Lucas, que também continuava calado. Mesmo sendo necessário, era estranho todo esse silêncio vindo dele, levando em conta que ele nunca ficava calado, porém, o mesmo estava concentrado em algo e eu entendo, porquê nesse momento a coisa que nós mais precisamos é de calma e inteligência, para não cairmos por nossas próprias mãos.

Mesmo que calma e inteligência fossem as coisas mais difíceis de serem atingidas.

- Eu estou com fome! - Murmurei, com medo de alguém estar perto de nós e conseguir nos ouvir. - E com medo... Muito medo!

- Eu também, meu amor, eu também! - Ele me puxou mais para perto e meu rosto foi por instinto para o seu pescoço. O cheiro estava bem diferente do usual, que normalmente era um perfume caro de alguma marca famosa. Porém, eu não posso mentir, dizendo que eu prefiro o cheiro do perfume dele, quando na realidade, seu cheiro natural me deixava extasiado.

Eu sempre gostei de cheiros assim, exóticos. Não que eu seja uma pessoa que tenha fetiche em cheiro de axila ou outra coisa... Ou talvez eu tenha, não sei. Pelo menos até agora eu ainda não desenvolvi tal fetiche.

Estranho!

- Eu posso parecer uma pessoa sem a mínima noção, se eu falar que eu queria foder com você agora? - Perguntei levantando a cabeça e olhando nos seus olhos, que apesar da pouca luz decorrente do pôr do sol, conseguia ver seu olhar feroz.

- Eu acho que não, porque eu também queria te foder e... Bom, levando em conta a circunstância na qual nós nos encontramos, não me parece ser uma má idéia. - Assenti e subi em cima dele com cuidado, para não bater minha cabeça nas raízes da parte superior. - Eu vou encher esse teu cu de leite... - Disse mordendo o Lóbulo da minha orelha.

Não soube como reagir àquela fala, então apenas gemi e colei nossas bocas com necessidade enquanto rebolava em cima do pau dele, que já estava dando sinais de vida abaixo de mim. Eu só conseguia me perguntar como todo aquele pedaço de carne ia entrar e caber dentro de mim, porque apesar de eu não ser mais uma pessoa virgem, eu sou apertado, pelo que alguns meninos já me disseram. Tirei minha blusa devagar, por conta da falta de espaço, que impossibilitava nossos movimentos parcialmente.

É QUE EU... TE AMO!Onde histórias criam vida. Descubra agora