Capítulo 17

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GENTE, SE MANTENHAM SEGUROS. O CORONA VÍRUS ESTÁ AÍ E NÃO ESTÁ PARA BRINCADEIRA. SE PUDEREM, FIQUEM EM QUARENTENA E QUEM NÃO PUDER FICAR E TIVER QUE SAIR DE CASA: COMPREM ÁLCOOL GEL E UMA MÁSCARA N95.

A N95 É A ÚNICA QUE PROTEGE VERDADEIRAMENTE CONTRA O COVID-19, PELO QUE VI EM ALGUMAS NOTÍCIAS.

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LUCAS

Eu antes costumava pensar em como as pessoas poderiam reagir a um evento que viesse precedido por minha morte... uma coisa bem mórbida de se pensar, tendo em vista a minha idade em especifico, mas eu nunca realmente cheguei a cogitar que a maioria das pessoas nem mesmo saberiam desse evento.

Meus amigos ficaram sabendo por mim, óbvio que quando eu contei, eles quase morreram de preocupação e disseram que as informações que tinham sobre mim, eram as que os meus pais e minha irmã repassavam a eles: que eu tinha escolhido tirar algumas férias por conta de um problema e havia levado Leonarda junto.

Porém, apesar de essa ser uma desculpa bem convincente, eles não acreditaram muito e sabiam que meus pais estavam mentindo. Claro, eu nunca sairia em uma viagem sem avisar a eles ou até mesmo que nós não planejamos juntos... éramos irmãos desde que nos entendemos por gente, grudados como gêmeos siameses, sempre dividimos algumas inseguranças – porque algumas nem mesmo tínhamos coragem de lembrar – e até mesmo a primeira vez que fizemos sexo foi junto.

Tiveram mais algumas meninas juntas e poderia até considerar uma suruba, porém cada um pegou apenas uma...

O que eu queria dizer e chegar até aqui é que nós sempre fazíamos quase tudo juntos, desde festas até noites em que nos reuníamos para assistir a um filme, comer muita porcaria e planejar o nosso futuro. E mesmo com todos os nossos planejamentos, teve um que nunca havia entrado no meu pensamento: Me apaixonar por Leonarda.

- Droga! – Falei pela terceira vez, com a mão parada em frente da porta da casa dos pais de Leonarda, recolhendo em seguida e suspirando.

''~''

- Não acredito que fui obrigada a sair de casa uma hora dessas pra ir comprar pão... que inferno! – Escutou Leonarda vindo em direção a porta e automaticamente um sorriso se fez em seus lábios e que se tornou maior quando a mesma tomou um susto com sua presença ali.

- Bom dia! – Disse com a voz mais doce que podia e passei os meus braços pela sua cintura que estava completamente descoberta, pelo top pequenino que ela usava.

- Você conseguiu dormir? Suas olheiras estão me gritando. – Neguei, enquanto sorria da sua posição ainda de susto. – Nem eu, mas eu fiz um rebocão que não dá nem para perceber. – Sorriu orgulhosa. – Vamos combino comprar pão. – Não foi um pedido, foi uma ordem e ele nem era louca de desobedecer.

A padaria não ficava tão longe da casa de Leonarda, por esse motivo foram caminhando e depois de cinco minutos, quase cronometrados pelo relógio em seu pulso, entraram em uma casinha simples. Ali dentro estavam sendo mostrados, dentro dos vidros, vários tipos de bolos e pães, do outro lado tinham máquinas que guardavam os refrigerantes ou sucos disponíveis para venda e atrás de um balcão que tinha uma prateleira enorme de um dos lados, estava um homem olhando – lê-se: secando – Leonarda com os olhos.

- Bom dia, o que desejam? – Sua voz saiu mais sugestiva enquanto Leonarda passava algumas compras pelo balcão.

Claro, ela sempre gostava de comprar mais algumas coisinhas do que sua mãe mandava, mas quem não fazia isso, nem que fosse com uma balinha?

- Eu quero dois reais de pães... – Trocou os pés enquanto olhava de um lado para o outro, prestando mais atenção nos preços das coisas e com uma vontade de levar várias coisas desnecessárias para casa.

É QUE EU... TE AMO!Onde histórias criam vida. Descubra agora