Capítulo 37

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Voltei com um capítulo bem grande e com uns drama e uns divertimento pra vocês KKKK

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LUCAS

A minha noite não havia sido tão boa quanto às outras, tanto pela preocupação que passei, quanto pelo Ian, que parecia não querer fazer nada mais do que chorar. Ele chorou porque estava com fome, chorou porque fez xixi, mas depois de um tempo chorou outra vez porque fez cocô e nisso minha noite voou ao lado dele; por outro lado, minha mãe dormia no quarto de hospedes que não acordava nem se eu explodisse uma bombinha do lado dela.

Não quis conversar quando ela chegou, porque eu sei que eu ficaria estressado com tudo aquilo. Apesar de não ter sido uma pessoa fácil, eu nunca coloquei álcool na minha boca quando eu ia dirigir, assim como eu era ensinado, e ela fez pior, porque misturar bebida alcoólica com ansiolíticos e um carro?

- Mãe, o que você faz acordada essa hora? – A encontrei na cozinha, sentada tomando café com tapioca. A cara dela não era das melhores, as bolsas debaixo dos seus olhos denunciavam que ela tinha passado muito tempo chorando; a expressão culpada não saia do seu rosto.

- Eu acordei faz um tempo, filho. Aí eu decidi fazer um café. – Ela sorriu e eu acenei. – Eu queria pedir desculpas pelo que eu fiz ontem e pelo que eu vinha fazendo antes.

- Você está realmente arrependida ou isso é mais um dos seus planos de se tornar perfeita aos olhos da sociedade?

- Precisa ser rude assim, Lucas? Eu vim te pedir desculpas!

- Mas e que horas eu fui rude? Eu só estou curioso com todo o circo que foi armado ao passar dos anos e sempre passou despercebido por você e agora só porque eu saí de casa por vinte horas (?) sua consciência pesou? Desculpa, mas isso não é algo que eu consiga entender assim, do nada.

- Sério isso? – Ela me perguntou prendendo o cabelo em um coque, além de uma respirada bem funda que ela deu. Sabia que ela já estava chateada com o que eu estava falando, mas por outro lado, eu não ligo pra isso.

É uma relação de bipolaridade, pode-se dizer assim, porque uma hora eu só penso que eu estava sendo muito ruim de não aceitar suas desculpas de uma vez; mas por outro lado, eu me sinto feliz, porque pelo menos uma vez ela vai saber como uma outra pessoa se sente, mas tendo suas ações copiadas e usadas contra si. Esse joguinho que ela usa com todo mundo sempre me encheu o saco, porque eu não gosto que as pessoas façam algo por mim, porque eu a obriguei.

E ela faz isso sempre. Sempre tem jogos, principalmente quando os interesses da grande Amanda Dellaviv' estão ameaçados.

- Parece que sim, eu estou falando sério. – Sentei na mesa e já tratei de colocar uma xícara com café e leite para esfriar, apesar de que não demoraria tanto tempo, visto que estava fazendo um frio do cacete lá, aquela hora da manhã. – Não é interessante alguém fazer isso com você, não? – Perguntei frio. – Agora pelo menos você sabe como é ter uma pessoa sempre apontando os seus erros e jogando eles na sua cara, porque eu me lembro bem daquela vez que você foi na escola e me humilhou na frente de todo mundo.

- Eu não...

- Não o que? Nem adianta dizer que não humilhou ninguém só porque você não se sentiu humilhada. E a coitada da Fernanda, que teve que aguentar todo dia a mesma ladainha sobre como ela estava pesada? Sabia que ela teve bulimia? – Minha mãe negou e eu sorri com deboche. – Não, não sabia, porque o que era mais importante do que os filhos e o marido? O status da socialite que não tinha problemas com nenhum dos filhos.

- Você está sendo desrespeitoso, Lucas e isso eu não admito. – Bateu a mão na mesa, entretanto, o que antes me fazia sentir acuado, agora só me fazia sentir com mais raiva.

É QUE EU... TE AMO!Onde histórias criam vida. Descubra agora