Esse capítulo ficou tão coeso que eu estou até mesmo duvidando que fui eu quem escreveu...
Gente, estamos chegando em 10k de leitura e 1k de votos e eu estou TÃO feliz <3
Cliquem na estrelinha para chegarmos logo em 1k de votoooos!
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O escuro da casa mascarava muitas emoções. Ali não se conseguiam ver os medos, as ansiedades, os anseios, alegrias ou as tristezas. No escuro não se conseguia enxergar e quatro sentidos conseguiam se tornar mais apurados em detrimento de um. Mas uma coisa que o escuro não conseguia esconder eram as reais intenções de cada integrante que estavam presentes naquela casa, desde os moradoras à convidada, até mesmo as empregadas que ali dormiam para preservar sua jornada de sono.
Enquanto Leonarda se mantinha acordada por conta da dor de sua cirurgia, sua sogra estava dormindo tranquila em seu quarto, envolta por seus lençóis de seda e sendo amparada pelos braços de seu marido que também dormia, este mais feliz, porque estavam conseguindo mapear os contratos adulterados e a cada minuto que passava, a confiança em sua empresa voltava a crescer. Fernanda não dormia ainda, mas por um motivo diferente do de Leonarda... ela se mantinha acordada porque conversava animadamente no telefone com um dos caras que saia de vez em quando. As empregadas já dormiam desde muito cedo, cansadas do dia de trabalho puxado que elas têm, porém, uma em especifico, se mantinha acordada e também no telefone.
Sua expressão não era a melhor e o aperto que fazia no lençol da cama fazia com que os seus dedos adquirissem um aspecto esbranquiçado. A pessoa do outro lado da linha não parava de dizer o que ela merecia e tudo o que ela ganharia quando tudo aquilo passasse.
- Mas... eu to com muito medo. – Admitiu quase inaudível para a pessoa do outro lado, que com um pouco
- Não deveria estar. Essas pessoas são certinhas demais para fazerem qualquer coisa com você enquanto você pode denunciar rapidamente. A única coisa que precisa fazer é seguir com o plano e vai dar tudo certo.
- E como pode ter tanta certeza de que esse plano vai dar certo? – Perguntou incerta. – Eu posso até não ter passado tanto tempo aqui, mas eles não são do tipo que perguntam antes de atirar.
- Atirar? Eles nem arma têm.
- Você parece uma imbecil. Nunca viu um filme em que um personagem fala assim? É só um modo de dizer que eles não precisam investigar nada, porque de algum jeito eles sempre sabem o que acontece ao redor. – Diminuiu mais a voz, enquanto os passos que se aproximaram da porta seguiram para o outro lado do corredor dos quartos das empregadas.
- Eu não fico vendo esses filmes de gente desocupada. Além do mais, os meus planos sempre são bons. Faz o que eu te mandei que não vai ser pega, e lembra, se você for pega, eu vou usar todos os meus recursos para acabar com você.
A ligação caiu – ou melhor, foi desligada – e, como se buscasse outra voz sair do pequeno autofalante, ainda o segurava no ouvido. Uns segundos se passaram, até que o telefone foi parar em uma cômoda pequena que ficava ali. Será que estaria fazendo o certo, se arriscando? Não sabia mesmo, mas era o que restava. Não tinha mais apoio em casa depois que descobriu a gravidez, nem mesmo a mãe havia se importado em a colocar para fora de casa. Também não se importava com a droga da criança, nem a queria mesmo... não devia ter confiado em um cara como aqueles, que já tinha o histórico de furar as camisinhas quando fazia sexo com as meninas de seu bairro, mas a birra para ser descolada falou mais alto do que sua própria razão.
- Oh! – Tomou um pequeno susto com batidas na porta. Foram rápidas e precisas. Vestiu um robe por cima de sua camisola e foi até a porta.
- Maria? – Leonarda estava parada ali enquanto a encarava amável. – Eu posso conversar com você?
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É QUE EU... TE AMO!
RomanceQuando Leonarda, uma menina Trans, vê a oportunidade de mudar sua vida, a vida de seus pais e seu irmão, a aceita. Seu lema de vida sempre foi: farei tudo o que desejar, contanto que o meu desejo não atrapalhe a vida de ninguém. Lucas, por outro la...