Love is life!

Cap. 35

Sara POV*

Vesti-me e segui para a sala onde já se encontravam os meninos de ontem. Quiseram vir passar o dia a praia. Só estávamos à espera da Darcy.

Estava com o coração a mil por saber que pela primeira vez na minha vida ia ficar uma semana sem ela. Mas o Harry também tinha o direito de ficar com ela!

Tocam a campainha, vou abri e qual o meu espanto, o Harry, a Darcy e a Gemma. O que raio ela fazia aqui? A raiva que tinha desde daquele dia voltou toda de uma vez. Respirei fundo.

- Mama! - riu a minha filha atirando-se para o meu colo.
- Então minha princesa? - disse dando-lhe um beijo - Como estas? Podem entrar!

Deixei-lhes a porta aberta e segui para a sala onde estavam os meus amigos. Vi a Darcy rir quando viu o pessoal ali.

- Olá! - riu ela.

Deixei-a ir ao chão e ouvi o Harry e a Gemma a dizerem boa tarde é o pessoal responder.

- Sara! - ouvi o Harry - Acho melhor falarem!
- Eu sei! - respirei fundo. - Malta, deixem-me ir vestir o biquíni a pequena.

La tratei da Darcy e voltei a sala.

- Lucas, levas a menina convosco? - olhei para ele seria - Preciso de ter aqui uma conversa!
- Claro! - disse ele pegando nas coisas da pequena. - Se precisares liga, estaremos no sítio do costume.
- Ok, obrigada! Ate já! - vi eles saírem e a Darcy ir no colo do Pedro enquanto dizia adeus ao pai.

Sentei-me no sofá, sem olhar para a Gemma. Te-la ali estava a deixar-me demasiado alterada! Vi-os sentar a minha frente no outro sofá.

- Se não quiseres falar, falamos outro dia! - ouvi a Gemma.
- O que queres? - disse rude demais.
- Querem que saia? - perguntou o Harry.

A irmã dele apertou a mão dele, o sinal para ele ficar. A mim tanto se me dá.

- Sara... - começou ela - Desculpa!
- Desculpa? - olhei para ela, fria - Não precisas de pedir!
- Não precisas de ser fria comigo, por muito que eu mereça! - disse ela, triste.
- Gemma, não precisas de pedir desculpa! Porque eu sei que tinhas razão! Eu não era ninguém para voltar a entrar na vida dele! Agora não me peças para te desculpar porque me chamaste de mentirosa! - disse olhando para ela.
- Eu sei! - suspirou - Mas achei mesmo que estavas a mentir! Tanto tempo depois e dizes que tens uma filha? Não fez muita lógica na altura!
- Pois, mas agora já faz? - disse ironicamente.
- Sara, eu sei que tens razão! Mas naquela altura o meu irmão ainda estava a voltar a ser ele, mesmo passado tanto tempo!

Olhei para o Harry, que não olhava para nós mas para as suas mãos. Não quero se quer imaginar como ele ficou.

- Ele bateu mesmo no fundo! - continuou a Gemma - E quando finalmente se estava a recompor querias que eu lhe dissesse que tinha uma filha contigo?
- Mas era a verdade, Gemma! - respondeu desta vez o Harry.
- Eu sei disso! - disse ela - Eu sei que vocês já podiam estar juntos a mais tempo, que tu podias saber que tinhas uma filha a mais tempo mas naquele momento eu achei mesmo que não valia a dor que ela te causou!
- Pois, Gemma, a culpa não é tua! - disse com a raiva no auge - É minha! Porque sim eu deixei a pessoa que mais amo neste mundo bater no fundo para ninguém lhe fazer mal! Eu descobri que estava raiva no pior momento da minha vida! E não tive coragem de contar ao pai dela! Mas quando tive alguém me fechou a porta! Sim, realmente, a culpa é minha de existir!

Levantei-me e sai daquela divisão indo até ao meu quarto. Não conseguia deixar de pensar no que a Gemma disse. Ele tinha batido no fundo, o mal e que não foi o único!

Respirei fundo, e deixei-me ficar ali alguns momentos, fui até ao quarto da Darcy e vi uma foto minha e da Gemma. Éramos muito amigas! E ela tinha a sua razão, admito! Mas também não foi justa comigo! Peguei na caixa que estava escondida há anos! E levei para a sala.

Sentei-me novamente a frente deles! Eles olhavam para mim com curiosidade. Respirei fundo, e abri a caixa. Tinha alguns maços de cartas por enviar. Tirei o molhos da Gemma e entreguei.

- Fazemos assim, Gemma! - disse olhando-a nos olhos - Vais ler todas essas cartas que te escrevi sem te mandar! E daqui a uma semana falamos! Pode ser?

Ela estava perdida! Mas acenou que sim.

- Obrigada! - respondi simplesmente fechando a tampa.

Vi-o a olhar para mim perdido nos seus pensamentos. Nisto olha-me bem fundo nos olhos e diz.

- E porque não me entregas esse molho que tens com o meu nome?