Love is life!

Cap. 67

Sara POV*

Não sei quantos dias se tinham passado desde que o Peter me trouxe! Sei que estávamos em Paris, mas eu estou presa num apartamento!  Não sei a quantas ando! Perdi a noção do tempo!

Ele sai durante o dia, deixando-me trancada num quarto sem janelas, o único aceso que tinha era a casa de banho e uma pequena cozinha! De resto, mais nada!

Sei que quando chegamos que estamos perto de Notre Dame, mas mais nada! Chegamos aqui já noite! E desde que chegamos que eu não saiu deste cubículo! Ele simplesmente prendeu-me aqui! Não sei mesmo quantos dias se passaram!

Não tenho relógio, não tenho telemóvel, nem televisão, com sorte deixou-me alguns livros! É o que me tem ajudado a passar o tempo!

Amava saber como está a Darcy, como tem reagido a isto! Só espero que ela não me esqueça!

O Harry deve andar louco há minha procura! Há dias que amava que ele me encontrasse mas há outros que eu só quero que ele esteja bem longe!

- Sara, cheguei! - anunciou o Peter.

Vi-o abrir a porta daquele pequeno quarto. E aquele traste apareceu-me a frente!

- Então, Sara? Como estas? - dizia estudando-me.
- Para aqui! - respondi.
- Trouxe-te uns livros! - sorria ele, aquele sorriso patético.
- Obrigada! - respondi.

Aprendi da pior maneira que tenho sempre que agradecer tudo o que ele me traz.

- Linda menina! - disse ele beijando-me a testa.

Sempre que ele fazia isto quando saía eu lavava-me toda! Sentia nojo dele!

- Sabes, Sara, vais ficar aqui uns dias sozinha! - anunciou ele - Vou ter que ir a um sítio! Mas dois, três dias e eu volto! - sorria ele.

Não me atrevi a falar. Qualquer pergunta que eu fazia ele batia-me, deixei de perguntar!

- Tens aqui comida que chegue para esses dias! - sorriu-me.

Não falei só olhava para ele. Levei tamanha chapada que bati com a cabeça na parede.

- Agradece sempre! - bufou.
- Obrigada, Peter! - disse eu a tremer.
- Linda menina! - voltou aquele sorriso a sua cara. - Bem, já está tudo! Até daqui a três dias, Sara!

Ele deu-me um beijo na testa e saiu, trancando-me, onde raio eu estava! Queria puder ver a luz do dia, mas nem isso ele me deixava!

No primeiro dia aqui, ele bateu-me de tal forma que não me mexia no dia a seguir! Isto porque demorou anos a encontrar-me.

Dois dias depois, lembrou-se que eu tive uma filha, mais uma sova que levei só por ter uma filha que não era dele!

Ele arranjava sempre desculpas para me bater! E eu estava acostumar-me a esta vida! Eu ia acabar por morrer nas mãos dele!

Mas pelo menos os meus estavam seguros! E se fosse para mantê-los seguros eu esperaria o que fosse preciso! Nem que tivesse que morrer!