Cap. 47

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Sara POV*

Estava a dirigir-me para a cozinha com a fúria toda. Primeiro, o Harry tem a lata de trazer a Kendall para a minha casa. Segundo, ter que ver a minha filha abraçar aquela cabra pôs-me os nervos em franja.

- Sara, podes tentar ser mais simpática com a Kendall? - disse o Harry.

Oh, este só pode estar a gozar.

- Estas a brincar? - perguntei-lhe.
- Não! - disse ele sério - Estou a pedir para seres mais simpático com a minha namorada.
- Aí, só podes estar a brincar, Harry! - estava atingir o meu limite - Eu ser simpática com a Kendall? Já lhe ter respondido mais ou menos bem e te-la deixado entrar na minha casa já vais com sorte!
- Sara, tens que aceitar a Kendall! Ela faz parte da minha vida... - disse ele levando-me atingir o limite.
- Harry, eu não tenho que levar com aquela... pessoa! Só porque ela é a tua namorada ou mulher ou o que raio ela é! Ainda para mais na minha casa! Nem penses!
- Não dá para esqueceres o que ela te fez? A Kendall está diferente! - disse o Harry - Ela e a Darcy dão se tão bem!
- Olha, Harry, queres que isto funcione acho melhor pensares bem na merda que acabaste de dizer! - disse - Eu nunca vou esquecer o que ela me fez, ou aliás, nos fez. E se ela se dá com a minha filha eu, infelizmente, não consigo controlar isso! Mas ela não volta a entrar na minha casa!

Sai da cozinha com a raiva no auge. Quando chego a sala tenho o Pedro a olhar para mim.

- Então? Podiam ter falado mais baixo! - sussurrou o Pedro.

Olhei para a Kendall que tinha a Darcy no colo e vi o seu sorriso irónico no rosto. O mesmo de há anos atrás. Aquilo fez-me explodir com a raiva.

- Kendall, faz-me um favor, sai da minha casa!
- Ei, calma la! - disse o Harry aparecendo.
- Harry, eu fui sincera a Kendall não entra novamente na minha casa!
- Se não sou bem vinda aqui, eu espero lá fora. Sem problema! - disse a Kendall com as lágrimas nos olhos.
- Kendall, já estás aqui! - respondeu o Harry - Deixa-me só ir buscar as coisas da Darcy.
- Não, amor! - disse ela - Eu espero lá em baixo.

Antes de ela sair olhou para mim e deu o seu sorriso. Eu estava capaz de lhe bater. Ela fecha a porta saindo.

- Era escusado isto! - falou o Harry.
- Claro! Porque a sismatica sou eu! - disse - Faz-me la um favor e não a voltes a trazer!
- Sara, tens que a aceitar! - disse o Harry.
- Não, não tenho! - disse.
- Sim, tens! Ela irá ser a minha mulher...

Não ouvi o resto aquilo foi como se tivesse levado um murro. Ele e ela casados?

Sentei-me na cadeira que ali tinha porque estava a sentir-me fraca.

- ... por isso, ela pode vir mais vezes comigo! - acabou ele.
- Pedro! - falei para ele - Podes ir com a Darcy buscar as malas?
- Sim, claro! - sorriu-me o Pedro.

Vi-o pegar na Darcy e ir com ela a brincar para os quatros. Assim, podia falar melhor com este homem que se encontra ali, e que eu não conheço.

- Harry, vamos lá ver se eu e tu nos entendemos! - suspirei para me tentar acalmar - O que fazes da tua vida não me diz de todo respeito! Agora, que a Kendall não volta a entrar aqui dentro não volta. Quer tu queiras ou não!
- Porque não podes ser simpática com ela? - perguntou o Harry.
- Não sou falsa como algumas pessoas! - disse olhando-o nos olhos.
- Não vale a pena falar contigo! - ouvi-o - Eu vou levar a Darcy por mais três dias.
- Nem sonhes! - gritei - O acordo e três dias e mais nenhum! Nem te atrevas a não trazê-la daqui a três dias! Aí de ti!
- Sou pai dela, posso ter mais dias com ela! - falou ele com raiva.
- Não entres por aí! - falei.

Nisto a Darcy entrou e eu calei-me. Isto não me estava acontecer! A pequena veio a correr para mim.

- Mama, eu vou portar-me bem! - disse ela dando-me um beijinho.
- Sim, amor! - disse dando-lhe um abraço - Eu sei que vais!
- Vá, mama, vou passear! - deu-me mais um beijo e foi para o pai.
- Bem, vamos lá! - falou o Harry.

Abri a porta e olhei para o Harry.

- Não te atrevas! - sussurrei.
- Sou o pai, posso passar os dias que eu quiser com ela!
- Harry! - disse.
- Adeus, Sara! - disse ele saindo com a minha filha.

Eu não ia ter aquela conversa com a Darcy a ouvir, tomei atenção a menina.

Quando deixei de os ver, bati com a porta de casa. Estava com a raiva no auge.

- Que se passou aqui? - perguntou o Pedro.
- Efeito Kendall! - disse eu sentando-me no sofá.
- Como? - perguntou ele.

Expliquei-lhe quem era a Kendall, e o que se tinha passado agora.

- Vais ver que o Harry falou assim por causa da raiva! - sorriu-me o Pedro.
- Espero bem que sim! Porque se ele não me trouxer a menina daqui a três dias, vamos ter problemas!

Aquela cabra conseguia sempre por a cabeça do Harry do avesso. Odiava-a tanto! E só de saber que a minha filha gostava dela, doía-me a alma!

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