CAPÍTULO TRINTA E TRÊS

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E-mail enviado por: Noland***.com

Você já sabe da história, mas seria legal eu falar algumas coisas mais.

Vou começar dizendo que você é corajosa para caralho. Segunda coisa, eu gostaria de agradecer você por ter me chamado para conversar, eu não pensei que precisava. Amanda, obrigado.

Terceiro ponto deste e-mail: Quando tudo aquilo aconteceu com Hanna ela disse que não precisava mais de mim e que iria se encontrar com outra pessoa e acho que foi quase no mesmo momento. Ela voltou para casa, disso eu sei. Infelizmente apenas disso. Espero ter ajudado, boa sorte com o que quer que for garota. Espere você me disse para não te chamar de garota quando fizemos aquilo. Desculpe, mas não vou apagar então não leve para o lado pessoal. E CUIDE DOS MEUS BEBÊS!

Faz apenas meia hora que Nolan me deixou na casa dos meus pais e o e-mail apareceu. Acabo não respondendo nada ainda.

É tão estranho estar aqui porque a casa é a mesma, são as mesmas manchas nas paredes e os mesmos móveis. Sou a única coisa nova aqui.

Deito na minha cama.

Que prazer pensar nisso sem hesitação. É a droga da minha cama.

Fecho os olhos e deixo o celular debaixo do travesseiro.

***

Mensagem de Honie, às 6:23h

CADÊ VOCÊ? NOSSO PAI ESTÁ BATENDO NA SUA PORTA DESDE CEDO.

Ao ver a mensagem acabei me levantando da cama e indo ao banheiro.

Saio do banheiro e vou a cozinha e preparo alguma coisa para comer.

Paro na sala e vejo as coisas que Nolan deixou ali. Como vou colocar isso para dentro daquela casa? Não pensei nisso.

Sento=me à mesa e pego o celular de Hanna. Respondo algo simplório e depois volto minha mente ao que planejo fazer. Qual é a fase três? Não lembro bem.

Quando se passam mais ou menos cinco horas —e toda a família me ligou. —, decido chamar um Uber. É o que posso fazer por agora.

Foi difícil fazer o motorista acreditar que eu iria pegar o dinheiro dentro de casa, mas eu estava mesmo sem dinheiro. Quando as caixas de som apareceram na sala, Oliver ficou assustado.

—Pode pagar aquele cara ali? Ele está meio com pressa. Obrigada. —Corri para o quarto de Hanna e o abri.

—Onde estava? —Paulo pergunta.

Dramaticamente suspiro e me viro para encará-lo.

—Por aí.

—Fazendo o que e com quem?

—Nada. Com ninguém.

—Sei que está mentindo.

Dou de ombros e entro no quarto, mas antes que eu pudesse fechar a porta os dedos dele aparecem no espaço estreito.

—Não atropelei sua amiga.

Forcei a porta até ele retirar os dedos. A tranquei, finalmente.

Vou até o computador e coloco meu rascunho em outro pendrive quem achei na casa dos meus pais; depois apago o que ficou no computador. Os post-its que estavam no closet agora estão na tela do computador, uma facilitação para os que moram aqui.

Organizo as roupas do closet também, pego meu podcast na bota e os papéis que estavam entre os casacos na prateleira mais alta. Depois disso tomei um banho e me joguei na cama dela, coloquei meus dedos no edredom e fiquei ali parada comtemplando o teto branco, sem sentir nenhuma culpa ou hesitação. Ver o porta-retratos que Nathan me enviara antes de eu vir à Price me deu uma ideia básica, mas isso é para se pensar em outro momento.

Eu, HannaOnde histórias criam vida. Descubra agora