Capítulo 15

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— Você não vai atender? – Dimitri perguntou, desviando do beijo quente que nós estávamos trocando.

Nós havíamos nos encontrado no Brew's antes de ir para o apartamento dele. Passamos o dia todo trocando mensagens, nenhum de nós dois comentou nada, mas desde que eu ficara doente, nós nos acostumamos a nos ver mais frequentemente e depois da noite que revelamos as nossas histórias mais tristes, as nossas dores, Dimitri e eu nos conectamos em um nível totalmente diferente. Nosso relacionamento não havia evoluído para nada mais quente nessas quase três semanas que se sucederam, mas nosso companheirismo e parceria tinha aumentado muito. Claro, que a frequência dos nossos beijos e alguns amassos mais provocantes ocorreram, mas nada além disso. Não que eu ou Dimitri não quiséssemos, mas eu estava respeitando seu tempo. Mesmo que, às vezes, doesse como o inferno. Quem imaginaria que ir dormir totalmente excitada doeria tanto?

— Não. – Voltei a beijá-lo e estava pronta para quebrar qualquer promessa que eu me fizera sobre dar mais tempo ao russo. Eu precisava de sexo. Estar montada nele e suas mãos grandes agarrando a minha bunda fazia o meu tesão crescer em níveis além de alarmantes.

— Roza... – Ele prender meu lábio inferior entre os dentes e chupou. Suas mãos grandes rodearam uma carícia perversa pelos meus glúteos expostos por estar com meu look usual da casa do russo, camiseta e calcinha. Eu adorava com as mãos dele passeavam por baixo da camiseta super larga e isso me fez excluir pijamas da lista de roupas que eu trazia para a casa dele.

Eu estava totalmente no meu limite. Ter me segurado nas noites anteriores foi difícil e por mais que eu adorasse estar exatamente assim com Dimitri, eu estava começando a pensar que era uma péssima ideia ficar sozinha no apartamento dele. Principalmente por, a cada dia que se passa, a cada beijo quente, eu não aguentava mais não ter experimentado mais do russo, ter ele dentro de mim. Não levar nosso relacionamento para um outro nível estava sendo complicado, eu estava a ponto de começar a implorar ou a tomar medidas mais radicais. Era um choque para mim que, às vezes, Dimitri preferisse dormir de pau duro a que transar e eu estava começando a rezar para que hoje não fosse uma dessas noite, porque eu realmente conseguia sentí-lo totalmente duro contra mim. Eu nunca comentei nada, no entanto. Sabia que quando o momento certo chegasse, aconteceria.

— Atende, Roza, é a terceira vez que toca, deve ser importante. – Ele me afastou gentilmente, mas tão contrariado quanto eu.

Gemi em frustração de ter sido atrapalhada e porque eu tive que me afastar do russo para pescar o celular no chão do meu lado da cama. O número desconhecido da tela me chamou a atenção e entreguei o telefone para o Dimitri. A essa hora da noite, tinham poucas opções para eu estar recebendo uma ligação e todas elas incluíam conversas em russo que eu não estava afim de tentar desvendar a essa hora e na situação que eu estava. Dimitri nem ao menos olhou na tela, nossa conexão fluiu rápido e eu tinha certeza que ele entendeu o que eu pensei, se deleguei o aparelho para ele, a chance de ser uma conversa em russo era altíssima.

— Алло? (Alô?) – Dimitri perguntou ao atender o aparelho.

Foi maldade da minha parte, mas eu voltei a montar no meu camarada, pouco me importava com a ligação. Eu só queria voltar a beijá-lo, eventualmente, tirar o pouco de roupa que eu estava vestindo. Primeiro, eu ia brincar um pouco, levei minha boca para o pescoço dele, beijando a pele suave e com perfume de sabonete do banho que tomamos quando chegamos da rua. Banho separados para a minha tristeza. Eu estava começando a odiar em deixar o camarada fazer a janta enquanto eu tomava o meu banho e depois lavar a louça enquanto ele banhava-se.

Se havia uma coisa que eu amava fazer era beijar a pele nua de seu pescoço e lamber suavemente a linha reta de sua mandíbula. Eu tinha sonhado tantas vezes em poder fazer isso que eu não perdia uma oportunidade, ou lamber ou dar suaves beijos até reencontrar a boca fina e deliciosa de ser beijada. O que deixava o momento mais delicioso era ter a carícia de suas mãos livres, sob a camiseta, pela minha cintura e coluna. Eu adorava ainda mais quando ele estava totalmente excitado – e a ponto de ceder –, suas mãos viajavam pela minha coluna até chegar na base do pescoço, ele me agarrar e pressionar contra o próprio corpo. Essas eram as noites mais fodidas da minha vida, excitantes em um nível que eu nem ao menos conseguia dizer e frustrantes em níveis ainda piores.

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