Capítulo 8

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A minha surpresa quando eu voltei para o quarto e Dimitri havia preparado minha injeção na frente da grande janela de seu quarto. Eu estava envergonhada por invadir ainda mais o seu espaço pessoal. Ele, no entanto, parecia estar a vontade com toda a situação. Deslizei para dentro do quarto e achei adorável como tudo estava pronto e exatamente como deveria estar.

— Pronta? – Ele me olhou com cuidado e carinho.

— E tem como estar? – Ri, achando que seria uma boa piada. Agora vendo a medicação pronta, eu estava nervosa como o inferno. Eu mal tinha me recuperado da dor da outra injeção e já ia tomar mais uma. Por quê eu estava sendo castigada dessa forma?

— Vai ajudar com a sua garganta, Roza. – Ele pegou uma camiseta branca dobrada de perto da minha medicação. Ele, provavelmente, a havia separado enquanto eu estava no banheiro. O cheio do amaciante era incrível.

Pensei em voltar para o banheiro, mas quando ele mesmo saiu do quarto com algo que parecia um moletom e uma camiseta. Dei-me aquele tempo de privacidade, trocando a minha blusa de lã pela camiseta dele e logo depois tirei a minha calça jeans. Mantive a minha meia calça segunda pele. Por mais que ela fosse grossa e preta, eu ainda me senti um pouco nua, mas ainda muito mais confortável de que quando estive na casa do Adrian. A camiseta extremamente grande em mim passava do meio das minhas coxas. O vento que entrava sob ela e tocava minha barriga e coluna, fazia-me arrepiar, mesmo que o apartamento estivesse todo trancafiado e o sistema de calefação trabalhando à todo vapor.

Dimitri voltou alguns minutos depois, pelo barulho do chuveiro, ele havia tomado uma ducha rápida. Eu teria aceitado uma também, principalmente se fosse na companhia dele. Expulsei o pensamento da minha cabeça ao ver o homem entrar no quarto, vestindo uma calça moletom que pendia em sua cintura e uma camiseta também branca. Seus cabelos estavam um pouco úmidos do vapor e ele estava a coisa mais sexy do universo.

Eu me virei para encarar a paisagem pela janela antes que ele me visse corar de tão quente que eu eu havia ficado pelo pensamento e pela visão que era o Camarada. Dimitri parou bem ao meu lado. O perfume do sabonete me fazia querer correr a boca e língua por todo seu corpo. A forma como o meu corpo estava reagindo ao homem estava me deixando excitada e constrangida. Isso não podia acontecer!

— Acho que agora estamos prontos, certo? – Ele passou uma mecha do meu cabelo que tampava o meu rosto para trás do meu ombro.

— Faço logo, Camarada. – Pedi, agoniada.

O que teria custado se eu tivesse usado uma calcinha mais bonita? Enquanto Dimitri vestia o par de luvas, eu abaixei a minha meia calça afim de expor a minha bunda e acumulei a camiseta grande dele em minhas mãos. Agarrando-a contra o meu peito.

— Você sabe fazer isso, certo? – Perguntei mais uma vez. Ele ainda tinha tempo para desistir se precisasse.

Eu estava para começar a rezar – ou algo muito parecido com isso. Estava mais para um improviso de implorar para qualquer divindade que aquela droga não doesse tanto, da mesma forma que eu fizera na tarde anterior –, quando eu senti a mão dele em meu corpo. Não era nada sensual e a luva de latex era uma barreira inconveniente, mas a mão quente sob o material disfarçou o gelado no swab de álcool quando ele limpou a minha pele. Ele pressionou suavemente dois de seus dedos para esticar a minha pele, eu quase não senti a agulha entrando. Claro que o remédio invadindo o meu músculo ardeu mais que o toque dele em mim.

— Ai! – Eu queria muito sair correndo. Como eu odeio agulhas! E remédios!

— Tudo bem, acabou! – Ele sussurrou contra o meu ouvido.

Largou a seringa na bancada e usou um pedaço de algodão para cobri o lugar dolorido. Eu realmente queria chorar e isso me deixava brava por ter ficado doente e ter que passar por isso! Novamente, por quê eu estava sendo castigada desse jeito? As coisas não poderiam dar certo ao menos uma vez? Eu não poderia simplesmente poder trabalhar em paz, estudar, divertir-me? Talvez ter um cara legal comigo?

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