Capítulo 31

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Noite das meninas significava que estava rolando a noite dos meninos também. Nós tínhamos adiado esse dia por muito tempo. Primeiro, para depois do casamento da Lissa e do Christian, o retorno das nossas aulas, depois vieram os meus exames, a cirurgia do Dimitri, a recuperação lenta pelo russo ser teimoso e novamente as minhas aulas. Felizmente, teve um feriado no meio do caminho e nós decidimos aproveitar. Eu só tinha uma coisa a dizer: o quarto ano é o paraíso! Para quem tinha sofrido e passado por um inferno durante o terceiro ano da faculdade, o quarto ano quase poderia parecer férias. Isso se eu não tivesse que passar o dia inteiro dentro do hospital. Ainda assim, eu estava proibida de reclamar, porque eu não podia estar tendo semestre melhor na faculdade. Era a primeira vez que eu me sentia à caminho de ser uma médica de verdade.

A neve lá fora ainda não tinha parado de cair. Estávamos vivendo um inverno eterno e bipolar em que, alguns dias, o sol quente para a época dava o ar da graça e em outros, caia aquela imensidão de neve que cobria o gelo deslizante da noite anterior. Parecia um verdadeiro ringue de patinação. Isso também significava que: no caminho entre o mercado e o apartamento tive um saldo de duas quedas. Ao menos as cervejas estavam intactas, mas eu não podia falar muito sobre as chips que amorteceram meu encontro desagradável contra o gelo. Malefícios de não ser russa, eles devem ter algum tipo de órgão extra ou algo diferente no sistema do equilíbrio para conseguirem andar sem cair a cada esquina. Eu, definitivamente, não tinha essa sorte. Embora, eu soubesse que poderia ser pior. A coisa era que a rua do prédio estava um verdadeiro desastre por quão liso tinha se tornado nos últimos dias e isso estava adicionando roxos doloridos para as minhas recentes quedas.

— Wow, isso tudo é meu irmão? – Vika brincou quando me viu. Eu tinha um roxo, particularmente, dolorido na parte posterior da minha coxa. Em qual queda eu o tinha ganhado era uma boa pergunta.

— Quem me dera se fosse... – Brinquei, retribuindo o abraço da Lissa. — Andem logo, está muito frio! – Eu dei pulinhos para me esquentar.

— Você fala isso como se nunca tivesse chegado no hostel toda roxa. – Mia murmurou com um riso, ao me dar um abraço e seguir as meninas para dentro do apartamento.

— Jamais negarei isso. – Ri. O começo do meu relacionamento com o Dimitri tinha sido mesmo mais... Duro, selvagem.

Noite das meninas, significava noite do pijama também. Eu tinha improvisado um, com uma regata e shorts de malha, afinal eu não ia comprar um novo só por causa das bonitas. Felizmente, o sistema de calefação estava trabalhando à todo vapor e, pela temperatura estar oscilando em torno dos zero graus e do três ou quatro negativo, às vezes, até ficava calor demais. Isso sem mencionar o meu russo e as nossas próprias noites quentes. Claro que o nosso retorno às atividades prazerosa – e muito luxuriosas – tinha ficado para o meu total controle. E depois de ter um orgasmo maravilhoso com o meu russo e ter cavalgado tanto, até as janelas foram abertas, porque nelas escorria o mesmo tanto de umidade que o suor escorria por mim. Uma vez que o quarto já estava fresco novamente, nós podíamos ter a segunda – ou quarta – rodada daquela magnifica cavalgada. Claro, esse dia me rendeu as marcas das mãos do russo pelo meu traseiro de tanto tapa e apertão que eu levei, mas tinha sido uma das nossas melhores noites.

— Eu trouxe vodka. – A Vika avisou. Ao arrancar seu kit de inverno de blusa, luvas e cachecol. O mais inesperado foi assistir a russa arrancar as calças para revelar um shorts ainda menor que o meu. Lissa e eu ficamos atônitas, mas isso era algo de se esperar da minha cunhada, certo?

— Eu sou uma mulher casada agora. – Lissa brincou, por negar, com horror, quando a Vika levantou a sacola com três garrafas da bebida. Ela esperava que cada uma fosse beber quase uma?

— Já aviso que eu não vou jogar strip poker. – Comentei, brincando, liderando o caminho para a cozinha. Bem, não brincando tanto assim... Eu nunca esperava o que a minha cunhada inventaria de fazer.

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