Parte I
Emma Swan sempre o surpreendia.
Nunca ele sonharia que ela tomaria a atitude de beijá-lo. Não quando ela se esforçava tanto para afastá-lo ou para ignorar a atração que pulsava entre ambos, puxando-os cada vez mais um em direção ao outro.
Ainda assim, ela fora a primeira a ceder.
Killian demorou cerca de um segundo inteiro para processar o que estava acontecendo. Ele viu os olhos verdes se esconderem atrás das pálpebras que agora estavam fechadas e custou a acreditar que era verdade.
Mas Santo Pai de Todos, era. Os lábios da mulher estavam pressionados sobre os deles, macios e deliciosos. Quando eles o tocaram um arrepio de prazer percorreu todo o seu corpo. O prazer que há dias, semanas, havia imaginado no meio da noite, sozinho com os pensamentos nela.
Seu coração estava disparado em seu peito e seu sangue corria em seus ouvidos pela surpresa mais que bem-vinda que era aquele beijo. Sua mão que estava apoiada no quadril dela, voou para sua nuca, para mantê-la ali, contra ele, o máximo de tempo possível, enquanto ao mesmo tempo brincava com os fios loiros. Deixou que ela estivesse no controle, até que somente o encontro dos lábios já não era mais suficiente para ele.
Killian queria mais. Queria aprofundar aquele beijo e sentir seu gosto. Depois que tivesse provado e desbravado toda sua boca, queria descer os beijos para provar sua pele e quando lábios não fosse mais suficiente, queria mordiscá-la e marcá-la como sua.
Ao que tudo indicava, ele iria sim mordê-la. E por todos os céus, Emma parecia extremamente deliciosa.
Um gemido rouco e abafado deixou a boca dela e foi muito bem recebido por Jones, que aproveitou o momento para tocar o lábio inferior dela com a ponta de sua língua, pedindo abertura, o que foi atendido rapidamente. As línguas se encontraram por um breve instante antes de estabelecerem um ritmo quase desesperado e faminto.
A mão de Emma que antes estava em sua mandíbula deslizou para a nuca de Killian e prendeu os dedos nos cabelos da base de seu couro cabeludo, puxando-os de leve, tirando um arquejo do homem. Com a mão livre, ela deslizou-a para seu ombro, percorrendo suas costas até encontrar a bainha da camisa dele e achar seu caminho para sua pele. O contato o fez gemer e grudar os quadris ao dela, em pura agonia. Jones a sentiu sorrir minimamente contra seus lábios e logo as unhas dela marcaram sua lombar, antes de se mover para sua barriga que se contraiu com o desejo.
—Você está bêbada? – indagou entre o beijo. Não queria se separar ainda. Emma poderia se afastar de vez se ele desse espaço para que ambos respirassem. Mas ainda assim, precisava ter certeza que não estava se aproveitando dela em um momento vulnerável. O mataria lentamente se no dia seguinte Emma não se lembrasse de nada e se arrependesse.
Ela riu e abriu os olhos para encará-lo. Killian se viu refletido nas pupilas dilatadas pelo mesmo desejo que ele sentia.
—Foram só duas taças de vinho. – sussurrou entre os lábios dele. — Posso te garantir que eu não sou tão fraca assim. – afirmou.
—Ótimo. – grunhiu, cansado de falar. Desceu a boca para o pescoço que há tanto tempo o vinha tentando, enquanto a guiava com cuidado para sentá-la em cima da mesa e se colocava no meio das pernas dela, sendo envolvido e atraído pelo calor que emanava daquele ponto. Emma soltou uma risada antes de suspirar fraca ao sentir os dentes dele na curva do ombro. — Você é primeira mulher que ri de mim quando faço isso. – comentou de brincadeira, trilhando beijos até a pele macia atrás da orelha, o cheiro de alecrim mais forte naquele ponto. Sua mão tinha envolvido o tornozelo bom dela e estava prestes a subir seu toque quando Emma congelou no lugar, as mãos espalmadas no peito do capitão.
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Traiçoeiro (Em Revisão)
FanfictionHouve uma época, em que os homens não lutavam por poder e que apenas o divino regia sobre os planos. Todos viviam em harmonia. Nada além da paz era conhecido e cultivado. Até que o ouro roubado, por aquele que abriu mão do amor em troca de possuir t...