Landon observou Killian guiar uma Emma muito pálida e trêmula de volta para o lugar em que estavam sentados minutos antes dela se levantar e sair correndo rumo à lugar algum. Zelena correu ao encontro deles e se ajoelhou em frente a amiga, o semblante demonstrando toda a preocupação que sentia. Jones sentou-se ao lado dela, olhando por cima do ombro na direção que vieram e a envolveu pelos ombros, sua expressão uma máscara de temor.
O contramestre desviou o olhar do trio ao sentir Libélula se aproximar dele.
—São eles, não? – indagou baixinho, mal movimentando os lábios.
A velha riu, feliz.
—Claro que são eles, Landon! – atalhou com uma pontada de impaciência. — A garota, apesar de não querer aceitar, percebeu isso. Agora o nosso capitão.... – estalou a língua em desaprovação. — Como todo herói, o que sobra de impulsividade, coragem e escolhas erradas, falta em inteligência.... Mas devo confessar, Landon, eu achei Killian bem mais aberto que dá última vez que passaram por aqui. Não imaginei que ele a deixaria entrar tão rápido e que estaria tão rendido pela garota.
O homem cruzou os braços e virou o corpo para ficar de frente para Vovó.
—Nos dias que Killian ficou desacordado tomei a liberdade para fazer a cura espiritual nele. Fiz a grade com os cristais para superação do luto que ensinou e aceitação do amor. – contou e então suspirou. — Tivemos um bocado de cristais de lágrimas-de-apache quebrados. Mas vou ser sincero que acho que o motivo de maior mudança foi Emma.... Desde o começo eu senti que havia alguma coisa ali.
Libélula sorriu satisfeita e bateu no ombro do contramestre.
—Desde o primeiro encontro a alma deles sentiu a necessidade de estarem juntas. Elas se completam. São una. – explicou. Ela e Landon olharam em direção aos dois. — Você precisa cuidar para que Killian não estrague tudo. Dessa vez é tudo ou nada. Emma é filha única, se ela morrer sem descendentes não terá quem quebre a maldição do ouro e o Caos está com ele praticamente em mãos.... E eles não aceitam um trabalho não concluído.
A boca de Landon se abriu em choque.
—Foi com eles que Killian fez negócios?
—Com Cora. A suposta mãe de Emma. Ela quer a garota e o ouro. E ela não vai descansar até ter ambos. Eles já estão mostrando que quando a hora chegar irão pegá-la. – indicou com o queixo a garota que ainda tremia e permanecia sem cor, os olhos arregalados de medo.
—Mas o ouro.... – começou o contramestre, então se calou, algo em sua mente entrando no lugar. — O colar! Killian foi instruído a pegá-lo sem tocá-lo. Foi porque se o tocasse ele sentiria o gostinho do poder.
Vovó aquiesceu.
—E no começo Killian ainda estava envolto em sombras demais e se deixaria cair na tentação. – ela ficou em um silêncio contemplativo. — Eu não posso dar todas as respostas para facilitar essa jornada, Landon. Mas o Caos os juntou com a intenção de causar dor, eles sempre gostaram disso. De deixá-los se apaixonar e amar com toda força antes de fazer um assistir ao outro morrer sem poder fazer nada e ainda carregar a culpa da morte consigo.
Landon sentiu o próprio peito se apertar ao ver o carinho que Killian tocava e olhava para Emma. Como a segurava. Ele conseguia sentir o medo da perda exalar de seu jovem capitão. De longe era possível ver a respiração do homem sair pesada e controlada, como se estivesse tentando se acalmar. O contramestre convivera tempo o suficiente para ver que a consciência o estava matando e por isso ele se esforçava para estar cada momento ao lado dela.
Killian não iria suportar a perda do amor de novo. Ainda mais se Emma era mesmo aquela que completava sua alma como Libélula dizia.
—O que eu posso fazer?
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Traiçoeiro (Em Revisão)
FanfictionHouve uma época, em que os homens não lutavam por poder e que apenas o divino regia sobre os planos. Todos viviam em harmonia. Nada além da paz era conhecido e cultivado. Até que o ouro roubado, por aquele que abriu mão do amor em troca de possuir t...