Capítulo VII

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(N/A: terminei de revisar esse capítulo e pensei "Por que não soltar já?" Então aqui está. Espero que gostem e boa leitura 😘)

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Pelos céus, quanto tempo mais aquilo levaria?

O capitão Killian Jones andava de um lado para o outro no escritório de Henry Mills, tentando esconder a impaciência. A cada passo sentia os olhos escuros do dono da casa o estudarem com atenção, enquanto era capaz de manter o foco no que Landon dizia e que parecia tão verdadeiro. Se Killian não soubesse que aquele diálogo fora inventando para que conseguisse colocá-los dentro da residência Mills, acreditaria no contramestre.

O capitão esperava o momento que seus homens entrariam em ação, para que ele conseguisse subir até o andar superior, no quarto da garota. Deixaria a carta, pegaria o colar e voltaria até o escritório como se nunca tivesse saído. Simples.

—Então vocês querem um empréstimo? – Henry indagou, apenas uma das sobrancelhas arqueadas.

Landon assentiu.

—Precisamos chegar até Krostál para trocar nossa mercadoria, mas no estado que nosso navio está simplesmente não chegaremos nem na metade do caminho.

O homem se recostou na cadeira e juntou a ponta dos dedos.

—E onde vocês planejam fazer os consertos que seu navio necessita?

—Dreyma. – Killian respondeu, servindo-se de conhaque, mesmo que não tivesse sido oferecido, do decanter. — É o lugar mais próximo daqui. Jolly irá aguentar a viagem.

—E como vocês planejam devolver o dinheiro do empréstimo?

Jones sentou-se na cadeira ao lado de Landon e colocou os pés sobre a mesa, cruzando-os na altura do tornozelo. Os olhos de Henry vibraram de raiva. Isso fez o capitão abrir um sorriso.

—Devido ao seu histórico achei que teria mais fé nas palavras de velhos companheiro de labuta, capitão Stirr. – provocou.

Era uma história conhecida como o temível capitão Stirr abandonou a pirataria anos atrás quando se apaixonou por uma mulher de respeito. Mas mesmo que não tivesse pilhado nos últimos vinte anos, Henry era visto como o rei deles. Construiu a riqueza que tinha em terra, graças as riquezas que conseguiu no mar de maneira suja. E agora sempre que precisavam de algum tipo de ajuda, qualquer que fosse, os homens do mar recorriam a ele, porque era conhecido que Henry os resguardariam desde que seu bom e novo nome não fosse manchado, afinal, ele tinha uma filha.

Era tão irônico que Killian estivesse ali para roubar algo dele que sentiu vontade de gargalhar.

Landon pigarreou e o repreendeu com um olhar.

—Um juramento entre piratas nunca é quebrado, Henry. – o contramestre disse em um tom amigável. Eles se conheciam de tempos passados. Tempos em que Killian ainda não era capitão de um navio com um tanto de bagagem de merda em suas costas e que não se imaginava sequestrando pobres garotas ricas.

Aquilo poderia ser considerado um sequestro? Jones descartou o pensamento. Não estaria usando a força bruta e a colocando a bordo da Jolly Roger contra sua vontade, contudo....

Henry sorriu do outro lado da mesa.

—O problema, Landon... – começou, inclinando-se para a frente. — É que não estou acreditando em uma única palavra que está saindo de sua boca. O navio está perfeito, acham mesmo que eu não o vi?

Capitão e seu contramestre ficaram tensos por alguns segundos. O sorriso de Henry aumentou ao perceber a tensão que empertigou a postura dos dois visitantes.

Traiçoeiro (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora