Noivo e noiva

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Apalpei a cama ainda de olhos fechados e Angell não estava lá.

Ouvi barulhos vindos do banheiro, a porta estava aberta e vi uma sombra feminina.

- Angell? Já acordou? - interroguei e ela colocou a cabeça para fora do banheiro, sorrindo.

Bocejei e me despreguicei.

- Dani! - a nanica gritou - Tem uma coisa gosmenta no seu boxe.

Arregalei os olhos e corri para o banheiro encontrando ela com o meu boxe na mão.

- Me dá isso aqui, menina - arranquei a cueca da mão dela e coloquei de volta no cesto.

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- Então pessoal, as inscrições para as aulas de coral, dança e teatro já estão abertas. Vocês poderão encontrar os papeis de inscrições aqui do lado da sala em um quadro. Amanhã já começam as aulas então sejam rápidos.

O sinal tocou. Vários alunos saíram correndo e eu também para colocar o meu nome na dança.

Tirei a caneta do bolso da minha mochila e escrevi o meu nome no papel cheio de outros também. Vi alguns nomes que eu reconhecia, como o do Lucas, James, Giovanni e... Angell?

Uau, ela vai querer mesmo entrar nessa.

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- Angell, eu quero uma massagem - mandei rindo, ela ergueu uma sobrancelha - Não se lembra do acordo? - revirou os olhos.

- E na onde você vai querer a massagem, senhor? - disse irônica.

- Nas costas - sorri-lhe e tirei a camisa para ela fazer. Deitei de barriga para baixo, de repente a Angell se sentou em cima da minha bunda e acariciou as minhas costas causando arrepios.

- Não sei fazer massagem, Clark idiota - ela resmungou apertando os meus ombros.

- É só movimentar as mãos fortemente, Green estúpida - resmunguei de volta e ela cedeu. Ela apertou uma zona que doeu um pouco - Ai! Não tão forte assim, caramba.

Riu e voltou a me massagear.

Alguns minutos se passaram e eu já me encontrava quase dormindo de tão boa que a mão da Angell era, mas ai ela parou.

- Cansei - informou e eu fiz beicinho, voltei a sentar na cama e colocar a camisa.

- Angell - chamei-a.

- Quê?

- Vamos brincar de noivo e noiva? - sugeri, ela riu abanando a cabeça em divertimento.

- Às vezes você é tão infantil - disse - Ok, como se brinca disso?

- Não é óbvio? Eu sou o noivo e você é a noiva. A gente começa entrando pela aquela porta e você fica no meu colo - eu disse e ela assentiu. Peguei na mão dela e puxei-a para fora do quarto, ela subiu no meu colo em posição de noivo e noiva e de repente começamos a rir - Abre a porta, esposa - ordenei e ela riu abrindo.

Caminhei lentamente para que nenhum de nós dois caíssem no chão, mas o destino tinha que ser trapaceiro outra vez e eu acabei tropeçando em alguma coisa que estava no chão.

A nossa sorte é que a cama estava perto e caímos sobre a mesma.

Rimos descontroladamente e depois paramos.

- O que fazemos agora? - ela murmurou.

Me apoiei em um dos cotovelos e com a outra mão, acariciei a sua bochecha.

- Acho que essa é a parte que nos beijamos - eu disse e me aproximei dela.

Estávamos milímetros de distância um do outro, nossas respirações eram a única coisa que nos separavam. Não hesitei mais um segundo e colei os meus lábios juntamente aos lábios dela.

A Angell não reagiu, simplesmente se deixou levar. Aprofundei mais o beijo, pedi passagem para a minha língua entrar na boca dela e ela cedeu.

Em um movimento rápido a Angell conseguiu ficar por cima de mim, ainda não descolando os nossos lábios. Ela colocou as suas mãos dos dois lados da minha bochecha, se curvou um pouco e continuou me beijando.

Me sentei e coloquei as minhas mãos em volta da sua cintura, trazendo-a para mais perto de mim.

O gosto de morango da boca dela junto com o meu de menta, ficaram incríveis misturados.

Por falta de ar, nós terminamos o beijo e eu dei uma leve mordida no lábio inferior dela.

- Oi - ela disse fazendo com que eu risse.

- Estava louco para saborear o seu beijo - murmurei acariciando a bochecha dela.

Ela sorriu e me deu mais outro selinho.

Que as coisas não fiquem estranhas entre a gente, amém.

Colabora ai, Deus.

AngellOnde histórias criam vida. Descubra agora