Eu não tenho cócegas

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- Eu ainda estou bravo com você - resmungou Daniel fazendo biquinho.

- Foda-se. Ninguém toca na minha comida - eu disse e mordi a panqueca que o Dani trouxe.

- Mas...

- Mas é o caralho! Agora me deixa comer em paz - dei outra trincada na panqueca e o Daniel fez biquinho de novo.

- Angell - chamou.

- Hm.

- Angell - chamou outra vez.

- Diz.

- Angell.

- Fala...

- Angell.

- QUE FOI PORRA?! ME DEIXA COMER EM PAZ CACETE! - gritei com a boca cheia e ele começou a rir.

- Angell - disse sorrindo, revirei os olhos.

- Vai à merda - mostrei o dedo do meio.

- Eu já estou com ela - ele disse rindo. Lancei o meu olhar mortal e ele parou de rir.

Terminei de comer e me levantei do chão. Sim, eu estava no chão, qual o problema? Deis de quando eu sai da roda-gigante eu comecei a ter um amor por ele.

Caminhei até a mesinha onde ficava o computador do Daniel e liguei o mesmo.

- Quem te deixou mexer? - Dani perguntou e eu revirei os olhos.

- Vai lá comer as suas putinhas, vai - eu disse.

- Isso tudo é ciúmes? E respondendo o que você disse, eu vou mesmo - ele disse com um sorriso vitorioso.

- Por que eu teria ciúmes de um gay? - fiz careta.

- Eu não sou gay e você sabe muito bem disso. Até disse pra mim não te deixar mais sozinha hoje de madrugada.

- Puff, eu só disse aquilo porque estava com medo, e isso não tem nada haver se você é gay ou não. Vai que você só pega algumas, mas na verdade gosta de peru em vez de triangulo, se é que você me entende - eu disse rindo.

- Vai se ferrar - jogou uma almofada em mim e eu parei de rir - Ops...

Corri até ele com a almofada e bati nele com a mesma.

- Angell, você não deveria ter feito isso! - riu e me jogou na cama fazendo cócegas em mim.

- Dani... - tentei chamar nas o idiota ria sozinho - Dani! - ele olhou pra mim ainda rindo - Eu não tenho cócegas.

Ele olhou pra mim e fez biquinho.

- Isso não vale! Não é justo! - ele disse fazendo biquinho ainda e eu ri.

- Só tem um lugar que eu tenho cócegas e você nunca irá descobrir - dito isso, ele olhou pra mim e um sorriso se formou nos lábios dele. Depois ele olhou para os meus pés e atacou-os.

Oh merda.

Comecei a rir que nem louca, ameacei a chutar a cara dele, mas não conseguia.

- P-para Dan-Dani! - pedi entre risos.

- Só se você pedir desculpas!

- Nunca! - ele fez mais cócegas e eu não resisti - D-desculpa! - ele parou e ficou rindo - Idiota.

- Você está preparada para as aulas?

- Nunca estive - revirei os olhos

{...}

Hoje é sexta-feira, então eu os meninos e a Anne resolveram ir para a casa do Henrique. Tudo já estava pronto, as minhas malas e as de todo mundo.

- Vamos? - perguntou o James. Assentimos e saímos do colégio.

Os pais do Henrique vieram nos buscar, era tipo uma Van. Colocamos tudo no porta-malas e o pai dele arrancou até a casa.

Depois de alguns minutos de muita bagunça na Van nós chegamos. Despedimos dos pais do Henrique e entramos na casa.

- Wow - todo mundo disse em coro. A casa era tipo uma mansão, a sala era enorme e tinha um sofá enorme também, logo à frente tem uma TV beeem grande. Vi uma escada que provavelmente levaria até os quartos.

Coloquei a minha mala em algum canto e me joguei no sofá, cansada.

- Tô com fome - não preciso dizer quem falou isso, preciso?

- Eu me recuso de ir pegar a sua comida - Dani disse se sentando no sofá. Mostrei a língua pra ele e caminhei até a cozinha.

Abri a geladeira e encontrei uma das melhores comidas do mundo. PIZZA! Peguei-a e coloquei no microondas.

Depois de um tempinho, apitou e eu fui buscar. Comi o pedaço da pizza e o resto das pessoas chegaram na cozinha pegando alguns pedaços também.

Legal, eu me sacrifico pra fazer comida sozinha ainda e depois um bando de mendigos esfomeados vir pegar.

- Seus folgados - revirei os olhos.

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~morgan

AngellOnde histórias criam vida. Descubra agora