Uma amiga da família

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Abro os olhos rapidamente para pular na cara do sequestrador.

- Jesus! - Dani rendeu os braços, assustado.

Suspirei de alívio e voltei a deitar a cabeça no travesseiro, deixando a tontura passar.

- Jesus, digo eu - resmungo, passando  a mão na cabeça.

- Pensei que não iria acordar mais - ele disse se recuperando, com um sorriso, mas com preocupação no seu tom de voz.

- O que aconteceu? - questionei.

- Você foi pegar as suas batatas, mas desmaiou - ele colocou uma madeixa de cabelo atrás da minha orelha.

- Ué, por quê?

- Sua pressão caiu demais.

Eu só estou me fodendo.

Algum filho da puta me jogou macumba.

Macumba das pesadas.

- E vocês sabem a causa disso?

- Não - Dani respondeu - Mas achamos melhor deixarmos você aqui ao em vez de ir para o hospital, já que a Anne entende de tudo.

- Ela sabe que a minha pressão caiu, mas não sabe o por quê - revirei os olhos me levantando, enquanto o Dani gargalhava - Que horas são?

- Três, ainda.

- Uau. Bom, como o meu bom humor ainda está de pé, vamos sair! - dou um beijo nos lábios do Dani e puxo-o pelas mãos, saindo do seu quarto.

- Ela acordou. - Naomi anunciou - Bosta...

Dei um tapa na cabeça dela.

- Ou a Angell está de TPM, ou está grávida e não quer contar para a gente - a foca-homossexual-histérica disse.

O Giovanni me irrita profundamente, quando o assunto é gravidez.

Ignorei-o e ignorei os outros "uhum" que os meus amigos fizeram.

- Quero ir à Pizzaria! - gritei, subindo rapidamente as escadas.

Peguei em uma blusa branca que ia até a metade da barriga, meus All Stars pretos, jeans azuis e os meus óculos escuros.

Escorreguei pelo corrimão e pulei no chão.

- Woah! Sentiram isso? Acho que uma baleia caiu no telhado - James disse. Todos começaram a rir.

Peguei o controle da TV e joguei na cabeça dele.

- Vamos porque eu estou morrendo de fome.

Saímos de casa e logo o Dani colocou os seus braços em volta da minha cintura.

//

- Nunca comi tanta pizza na minha vida - gargalho, levando mais um pedaço da comida de Jesus na minha boca.

- Você ainda vai morrer gorda. Escreve o que eu estou dizendo - Giovanni comentou e eu bufei.

- Ainda estou de bom humor, podem parar com as suas provocações - eu disse.

- Ok, enquanto vocês zoam a Angell, eu vou pagar a conta - Henrique disse se levantando.

Depois de minutos, ele volta e eu grito aleluia, causando olhares postos em mim.

Como eu adoro chamar atenção.

Ugh.

Eu acho que o Henrique é o papaizão do nosso grupo.

É ele quem dirige, ele é o mais velho, a casa é dele, ele quem toma as decisões... Sei lá.

Devo chamar ele de papai? Não? Ok.

AngellOnde histórias criam vida. Descubra agora