Isso sim é um bom dia

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Já é a segunda vez seguida que eu faço uma pegadinha com o Dani. Coitado.

FODA-SE!

Fiquei até com falta de ar de tanto rir.

O Dani voltou para a sala todo vermelho, e não era o blush que eu coloquei.

Parece um travesti.

Ele respirou fundo e deu um sorriso sarcástico.

- Quem quer o meu telefone? - Dani perguntou fazendo voz de mulher - Eu deixo sempre nos bancos de ônibus, quem achar me liga - ele terminou, causando várias gargalhadas.

Fuzilei o Daniel.

- Você tinha que ficar com raiva! - eu disse e ele sorriu.

- Mas não fiquei, amiga - ele disse ainda com voz de mulher - Ah, ok. Aqui vai uma: eu sou a Angell e se você não ficar com raiva das minhas pegadinhas, eu soco a sua cara - ele disse tentando imitar a minha voz, miseravelmente mal.

Os meninos ficaram vermelhos de tanto rir e eu também, só que de fúria.

- Ah, e se você não me der comida, eu chuto as suas bolas - Dani disse ainda tentando imitar a minha voz.

- Daniel, acho melhor você parar - o Lucas disse sério olhando para mim - A Angell tá muito vermelha.

- Ué, mas eu só digo o que eu faço - disse me imitando ainda.

Não aguentei e voei no pescoço dele.

Galinha não voa.

Nem piranhas como você.

Eu sou você.

Oh... foda-se.

Apertei o pescoço do Daniel e mordi o seu braço, quase arrancando a pele.

Os meninos tentavam me desgrudar dele e o Daniel gritava desesperado.

- Seu elefante viado! - gritei quando os meninos riam e me tiravam de perto do Daniel.

- Jesus - Dani murmurou com a mão no pescoço.

//

Bom, já que os meninos zoaram comigo, merecem uma vingança.

Principalmente o Daniel.

Óbvio.

Vou deixar uma pegadinha para cada um, será tudo filmado. Muahahaha!

Peguei em uma bolsa grande, coloquei qualquer roupa e peguei no meu dinheiro.

Desci as escadas e os meninos estavam assistindo TV. Andei devagarzinho para a porta, para que os meninos não me vissem. Mas...

- A onde você vai, Angell? - o Henrique pergunta. Revirei os olhos.

- Fumar pó de tijolo - respondi sarcástica.

- Vê se não bebe de novo, não to afim de limpar vômito de ninguém - o James disse e eu lhe mostrei o dedo do meio.

Sai apressadamente até um mercado aonde vende tudo. Peguei em um filme plástico, buzinas novas, cordas, máscaras de monstros, mel, mostarda, pimenta, wasabi [n/a wasabi é uma pasta que arde pra porra], muitos sacos de pó de mico, câmeras espiãs, bolachas recheadas e mais outra vez, tintaaaa!

Fui para um caixa e um funcionário jovem, ficou me olhando e depois olhando para as compras.

- Pegadinhas? - ele riu. Sorri e assenti - Boa sorte - ele disse me entregando as coisas com um (lindo) sorriso no rosto.

AngellOnde histórias criam vida. Descubra agora