Presentes

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- M-mais u-um? - pergunto incrédula.

- Sim, filha - o homem que me criou responde sorrindo.

Puta. que. eu. pari.

- Tem certeza, pai? - Ethan perguntou, espantado.

- Claro que eu tenho - disse.

Não acredito nisso.

Alguém me bate. Mentira, se alguém me tocar, eu juro que eu quebro a cara.

- A Victória que é quem tem que ter certeza, pai, não você! - corrijo e escuto gargalhadas - E você não tem certeza, né Victória?

- Claro que eu tenho! - imitou a fala do nosso pai, sorrindo.

- Tá, então qual vai ser o nome da peste? - Ethan questionou sorrindo também.

- Ainda não decidimos, nem sabemos se é menina ou menino - ela disse acariciando a sua barriga.

- Vamos resolver isso outro dia, porque hoje é o nosso aniversário! - gritei e elevei a minha mão para o Ethan bater na mesma - Mas é claro que antes eu preciso tomar um banho - revirei os olhos.

//

- ANGELL E ETHAN, DESÇAM AQUI! - o Giovanni berrou do andar de baixo.

- Eles querem jogar ovos na gente de novo - murmurei para o meu irmão.

- Vamos pegar tintas, e sairmos preparados daqui - ele disse. Sorrimos e procuramos tintas na dispensa.

Descemos as escadas, prontos para jogar as tintas, mas até que todo mundo estava com caixas embrulhadas na mão.

- OI! - grito disfarçadamente, jogando o balde de volta lá para cima, assim como o Ethan.

- Venham pegar os seus presentes - Naomi, direta, disse.

- Não poderia ter algum suspense? - perguntei debochando.

- Vem pegar a porra do seu presente logo, gorda - reclamou e eu revirei os olhos.

Rasguei o papel cor de rosa - que a vaca da Naomi sabe que eu odeio essa cor - e tirei o objeto da caixa.

Uma blusa do Paramore.

- Eu te odeio - eu disse abraçando ela e sorrindo de orelha a orelha.

Ela deu uma camiseta dos Gun's Roses para o Ethan, que é a banda favorita dele.

- Toma - James disse me dando uma folha com um desenho meu.

Cara.. Que lindo.

- Meu deus, James! Obrigada - sorri.

Não vou citar os presentes que eles deram para o Ethan, porque aqui o assunto é sobre mim e eu sou a narradora dessa história, porra.

Lucas me deu uma caixa grande. Fui tirando os embrulhos e cada vez mais que eu tirava, mais caixa tinha.

- Eu juro que se tiver mais alguma caixa, eu enfio todas essas aqui no meio do seu cu - avisei e ele riu.

Destapei mais uma caixa e encontrei uma... Caneta.

- Uau! Obrigada, Lucas! Amei - eu disse irônica e todos riram - Cheira bem - encostei a caneta perto do meu nariz para sentir o cheiro.

- É pra você não se esquecer de mim - ele disse e eu revirei os olhos rindo.

- Esse aqui é especial, Angellzita! - Giovanni saltitou me entregando uma pequena caixa.

Retirei a tampa e vi... Preservativos...

AngellOnde histórias criam vida. Descubra agora