Brigas

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Sigo os passos dessa Catarina e quando ela vai entrar no mesmo quarto em que o Dani está, eu começo a falar.

- Garota? O banheiro fica pra lá, viu? - aponto para o outro lado do corredor. A lesma se assusta e olha para trás.

- Oh.. Eu queria conversar com o Dan - ela diz sorrindo.

Dan.

Que gay.

- Pode conversar com ele na minha frente - digo e ela arqueia as sobrancelhas.

- Por que eu deveria? - ela cruza os braços, empinando a bunda.

Parece o S da Sadia.

- Porque eu sou a namorada dele...? - respondi e ela olhou pra mim com cara de deboche ou sapo pronto para espirrar.

- Você? Namorada daquele gostoso ali? - Catarina aponta pra mim.

- Claro, é melhor ele namorar comigo do que uma puta como você - digo.

Ela anda/corre em minha direção e para na minha frente.

- Garota, você quer apanhar? - ela diz se jogando em mim.

Meio segundo de seriedade.

GARGALHEI ALTO.

ELA ACHA QUE PODE BATER EM MIM?

MORRI.

Caralho, acho que vou ter um infarto de tanto rir aqui.

A vaca me olhava confusa, enquanto eu gargalhava mais.

- Quem vai bater em mim? Você? - gargalhei, colocando a mão na barriga - Você que vai me bater com essas mãos de galinha deformada? - gargalho ainda mais.

Paro de gargalhar quando uma mão bate na minha cara.

Ela.

Não.

Fez.

Isso.

ELA FEZ ISSO, SUBCONSCIENTE?

SIM!

Viro a cabeça lentamente, para encarar a puta filha duma quenga.

Acho que estou parecendo um touro, estou soltando fumaça pelo nariz.

Catarina começou andar para trás devagar.

Tempo suficiente para eu pegar na mão da vagabunda e forçar para trás.

- PARA! - ela gritou.

Ouvi uma estralada alta demais, ela começou a chorar e eu aproveitei para socar a vadia.

- Você vai vir aqui agora, sua puta! - pego pelos cabelos dela brusecamente e puxo-a para a sala.

Vejo os meus parentes de olhos arregalados.

Ignoro e abro a porta, jogando a biscate para fora de casa. Ela cai e eu não evito dar uma risadinha.

- Isso é pra você aprender para NUNCA MAIS tocar uma mão em mim. Vadia.

Pego uma pedra do chão, jogo na cara dela e fecho a porta naturalmente.

Suspiro e olho novamente para as pessoas sentadas, ainda paralisadas com a minha ação.

- O que foi isso, Angell?! - meu pai pergunta, evitando gritar.

- ELA ME BATEU! — eu que gritei. Ele fez um "ah".

- Ela mereceu. Nunca fui com a cara daquela piranhazinha - a mãe do Dani diz e eu ri.

- Nem eu. Só a convidamos por boa educação - foi a vez do pai do Dani dizer.

AngellOnde histórias criam vida. Descubra agora