Daniela

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[ d o i s d i a s d e p o i s ]

POV Angell

- Angell, você vai querer ir para a praia? - o Lucas perguntou.

- Aqui tem praia? - questionei de sobrancelha erguida.

- Tem, mas é um pouco longe. O Henrique vai pedir para os pais ele nos levar. Vai querer ir ou não? - ele disse.

- Não. Odeio praias.

- Você vai ficar em casa... Sozinha... Sem comida... - o Lucas disse pausadamente. Arregalei os olhos.

- Ok, ok. Eu vou - eu disse e os meninos riram.

Peguei o meu biquíni preto simples, uma toalha, chinelos, um shorts para colocar por cima, uma blusa tomara-que-caia que tem aquelas coisas que balançam e fiz um coque desajeitado.

- Vamos seus gays - eu disse descendo as escadas.

Os pais do Henrique já tinham chegado, então nós partimos para a praia.

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- Já chegamos? - perguntei pela décima vez.

- Não - James revirou os olhos.

- E agora? - perguntei de novo.

- Chegamos! - a mãe do Henrique grita no banco da frente e o pai dele para o carro.

- FINALMENTE! - gritei empurrando todo mundo.

Os pais do Henrique iriam á uma reunião de negócios, e por isso deixou o carro para o Henrique dirigir.

Não sabia que ele dirigia.

Os meninos pegaram as cadeiras de praia, a Anne o guarda-sol e eu a minha toalha.

- Ei, folgada! - Giovanni gritou. Olhei para trás e vi todos olhando para mim.

- Que? Não vou levar nada - revirei os olhos.

Os meninos resmungaram.

Andamos até a areia com olhares femininos postos no nosso grupo. Ou nos MEUS amigos.

- Tão olhando o que, suas mamíferas oferecidas? - gritei e todas desviaram o olhar.

- Angell, não faça nós passarmos vergonha - o James disse e eu chutei ele.

- Quieto.

Me sentei na cadeira e coloquei os meus óculos, óculos do Dani, na verdade.

Todos já iriam entrar na água, menos eu, porque eu quero pegar um bronzeado.

- Que marca roxa é essa no seu pescoço, Angell? - Giovanni perguntou.

Arregalei os olhos e coloquei a mão no chupão que o Dani tinha feito.

- QUE MARCA ROXA, GIOVANNI? QUE PESCOÇO, GIOVANNI? - encolhi o meu pescoço. Ele abanou a cabeça rindo.

- Eu sei que o responsável dessa marca foi o Dani, sua safadinha - ele disse disparando de rir. Revirei os olhos.

- Angell, vem pra a água! - o Daniel gritou.

Não.

Me obrigue.

- Nem morta.

- Você vai vir sim - ele disse correndo até mim e me pegando que nem um saco de batatas podre.

Não, podre não.

- ME SOLTA, IDIOTA! - gritei socando as suas costas. Vários olhares estavam posto em mim e no Dani, mas ninguém se movia ou dizia nada.

AngellOnde histórias criam vida. Descubra agora