Roda-Gigante & Bichinho de Pelúcia

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Comer é tão, mas tão bom. Comer doces é tudo na vida, quem não ama comer doces?

- Vamos sair? - sugeriu James bebendo um suco.

- Pra onde? - perguntou Lucas.

- Pra um parque de diversões ou para um bar, sei lá...

- Parque de diversões! - todos disseram em coro.

- Gente, eu não vou poder ir, eu tenho que me encontrar com a minha namorada - disse Giovanni.

- Uh, o Gi tem uma namorada e nem fala pra gente - disse Lucas e todos riram. Giovanni entrou no colégio.

- Eu só vou me arrumar, já volto - eu disse e corri para o meu quarto.

Tirei a mala de baixo da cama, sim, eu ainda não coloquei as minhas roupas no armário por preguiça. E daí?

Coloquei uma blusa preta e outra jeans de frio por cima, vesti a minha calça preta um pouco rasgadinha e coloquei a minha bota de cano curto [look na multimédia].

Encontrei a Anne e fomos direto para o jardim ver os meninos.

- Vamos noivas? - Henrique brincou. Nós rimos e assentimos.

Saímos do colégio com permissão do guarda e antes assinamos o papel.

//

- Vamos à roda-gigante! - disse Daniel com entusiasmo na voz.

- NEM MORTA! Nem que o capeta me obrigue. Nunca - eu disse.

- Angell com medo? Arregona - provocou o idiota do James.

- Eu? Com medo? - fiz careta e todos as assentiram - Não tenho medo, é que... ugh, eu só tenho medo de altura.

- Vamos Ange, ninguém vai te jogar de lá de cima - disse Lucas revirando os olhos.

- Meu nome continua sendo Angell e não Ange. Ok, eu vou - eles sorriram e caminhamos pra roda-gigante.

Estremeci quando o nosso banco já tinha chegado.

- Anne, eu posso ir com você a sós? - perguntou Henrique e todos fizeram um "hummmm". A Anne assentiu.

Sentei-me no banco e suspirei, Lucas sentou ao meu lado e riu da minha cara. Mandei-lhe o dedo do meio e ele parou de rir. Daniel e James se sentaram na frente e a roda começou a girar, me segurei com força no banco e fechei os olhos.

- A Angell tá com medo! - provocou de novo o James e os outros babacas acompanhantes riram.

Eu só não bato nele porque eu tô apavorada.

- Ninguém aqui sabe por que eu tenho medo de altura então calem merda das suas bocas! - gritei com os olhos fechados ainda.

- E porque a senhorita tem medo de alturas? - perguntou Daniel com uma sobrancelha erguida e sorrindo.

- Não é da sua conta - respondi. James e Lucas fizeram um "Uuuuuh" e eu ri.

Tirei as minhas mãos do banco que eu segurava com força e abri os olhos. A vista era linda, tinham umas formiguinhas que na verdade eram pessoas andando e correndo pra lá e pra cá, provavelmente muito animadas, tinham brinquedos fantásticos e uma pequena floresta no canto do parque.

- Isso é lindo, né? - Lucas disse e concordamos.

A roda-gigante foi descendo e parando fazendo com que eu gritasse e estremecesse de medo e fazendo com que os idiotas rissem.

Demos umas três voltas na roda-gigante e depois descemos.

- AH MEU DEUS! - berrei me soltando do cinto e atropelando os meninos que estavam na minha frente - EU TE AMO CHÃO! POR QUE EU TE ABANDONEI? - gritei e todos olharam pra mim com cara de "wtf?" - O que foi? Nunca viram uma pessoa com um carinho especial por um chão? - perguntei gritando me abraçando no meu querido chão.

Humanos inúteis.

- Vamos Angell, não to afim de passar vergonha por causa de você - disse Anne e eu revirei os olhos.

- Chatos - murmurei. Olhei para uma barraquinha que você atira em alguma coisa e ganha um bichinho de pelúcia e logo saltitei gritando - Vamos naquela barraquinha! Vamos, vamos, vamos! - puxei todo mundo até lá.

Peguei uma arminha de mentira e dei o dinheiro para o cara da barraca. Tinha que atirar no alvo que se mexia, atirei algumas vezes, mas não consegui.

- Você é péssima Angell! Me dá isso aqui - Dani disse arrancando a arminha da minha mão. Mostrei a língua pra ele e ele riu.

Daniel atirou quatro vezes no alvo e o mesmo caiu para trás. Ele me olhou convencido e sorriu. Meus amigos aplaudiram e eu revirei os olhos.

- Qual urso você vai querer, nanica? - perguntou Daniel.

- Aquele azul ali - apontei e o homem foi pegar. Ele me entregou o urso e eu sorri de orelha a orelha.

- De nada - revirou os olhos.

- Obrigado, idiota - sorri e ele fez o mesmo.

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~morgan

AngellOnde histórias criam vida. Descubra agora