Angell

Lazarento!

As imagens iam ficando cada vez mais visível, era como um penhasco e uma imensa floresta escura ao lado.

A Clara estava sentada na ponta do penhasco parecendo está cantando uma canção de ninar também. Aproximei-me mais perto dela e pude notar que ela estava cheia de algum líquido vermelho, sangue?

As minhas suspeitas se confirmaram quando cheguei ao lado dela e ela estava com uma faca e com o mesmo bebê no colo, mas o bebê estava de olhos fechados e estava ensanguentado. O bebê estava morto!

- M-mãe? - eu disse num sussurro.

Ela olhou pra mim com aquele olhar matador, ela deu um sorriso bem largo. Os dentes dela estavam vermelhos, tipo como se ela tivesse bebendo o sangue de alguém ou até mesmo do bebê. A Clara se levantou lentamente ainda com o bebê no colo e olhou pra ele, começou a balançar delicadamente o mesmo em forma que ele pudesse dormir.

- Olhe querida. Olhe o que eu fiz com você - ela sorriu de novo. Comecei a chorar e parti a correr floresta fora antes que eu pudesse presenciar mais alguma cena horrível.

Corri e corri. De repente uma voz masculina começou a falar repetitivamente o meu nome e uma luz forte tomou conta da minha vista.

- Angell! Acorda! - abri os olhos imediatamente e sentei na cama rapidamente também - Calma, sou eu - disse o Dani em um tom de preocupação. Ele estava sentado na minha cama e eu corri pra abraçar ele.

- Não me deixa mais sozinha. Por favor - sussurrei pra ele.

- Claro que não, mas o que aconteceu?

- Eu tive um pesadelo - sussurrei de novo

- Outro? - assenti - Quer que eu me deite com você? - desfez do abraço e olhou pra mim.

- Quero - dei espaço pra ele deitar junto comigo e ele fez. Deitamos e eu coloquei minha cabeça no peito dele, ele abraçou a minha cintura e eu dormi.

//

Abri os olhos lentamente e encontrei um idiota olhando pra mim, um pequeno sorriso se formou nos lábios dele. Fiz uma careta e empurrei o Daniel que me olhou confuso.

- O que você está fazendo agarrado em mim, idiota? - perguntei me afastando dele.

- Bom dia pra você também. Já vi que você se recuperou - revirou os olhos.

- Me recuperei? Do que? - ergui uma sobrancelha.

- Do seu pesadelo, hur.

- E posso perguntar por que você me acordou de madrugada? - eu disse me levantando.

- Porque você estava se mexendo muito na cama e falava coisas tipo "mãe?" - finalizou lambendo sensualmente os lábios.

- Oh... E-eu vou me trocar.

- Eu adoraria ver você se trocando - sorriu perversamente. Revirei os olhos e mostrei o dedo do meio, ele riu e colocou as mãos na parte de trás da cabeça.

- Dani, tô com fome - fiz biquinho e ele bufou.

- Já volto - ele disse e eu sorri.

Enquanto isso, eu fui tomar um banho rápido. Coloquei minha blusa do Batman, um shorts rasgadinho e meus Vans cinzas.

Me joguei na cama e esperei o Daniel voltar.

Algum tempo passou e nada dele com a minha comida. To morrendo de fome, cara.

Resolvi sair do quarto. Sai e adivinha o que eu encontrei? Um Daniel conversando com outra garota e a garota comendo a MINHA comida. Caminhei até os dois filhos da puta e com fúria nos olhos.

- Daniel filho de uma cabra manca! Eu estava te esperando já faz meia hora e você está ai com outra menina que com certeza vai fazer da sua listinha de "Putas que eu já comi". E AINDA DIVIDINDO A MINHA COMIDA COM ELA! LAZARENTO! - gritei e os dois me olharam assustados

- Eei, calma Angell, ela é só a minha amiga - disse ele.

- Foda-se, não perguntei se ela é a sua amiguinha. Eu. quero. a. minha. comida. - eu disse o mais calma possível.

- Vai lá pegar, você tem mãos e pernas - ele revirou os olhos e a putinha do lado riu.

Olhei para eles, peguei os sucos que estavam na bandeja e despejei neles. A vaca-sem-mamas deu um gritinho e saiu correndo.

As pessoas que passavam entre nós, riam disparadamente. Daniel me olhou furioso eu ergui a sobrancelha.

- Eu ainda estou muito calma. Agora se você não quiser ficar paraplégico, VAI PEGAR A PORRA DA MINHA COMIDA! - gritei de novo e ele arregalou os olhos, e caminhou apressadamente até a cantina de novo.

Eu sou foda, beijos.

______

~morgan