CAPÍTULO XXIX - PARTILHAR

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Demorei um pouquinho, mas tô de volta. Deixem a música Don't You Worry do Oh Wonder pronta, eu aviso quando devem dar o play. Nos vemos lá embaixo, boa leitura!

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NARRADORA

Mais uma vez aquele local havia testemunhado o amor que o casal compartilhava. Para além das palavras trocadas, os olhares e os sorrisos transmitiam tudo que elas sentiam e queriam para aquela noite. Não fosse o incrível poder de persuasão de Gizelly em convencer a namorada a terminarem o que haviam começado em casa, Rafaella teria se entregado a ela ali mesmo, pois vontade não lhe faltava, a mineira sentia seu corpo queimar tamanho era o desejo de ser tocada pela capixaba.

Gizelly não poupou esforços para provocá-la durante todo o trajeto até seu apartamento. A mão corria livre pela pele desnuda de Rafaella, tocava a parte interna da coxa e ousava ir até o tecido rendado da calcinha, sentindo na ponta dos dedos toda a excitação da namorada. O sorriso sem vergonha que despontava em seus lábios fazia a mineira revirar os olhos em sinal claro de frustração.

Em uma das investidas da capixaba, Rafaella a segurou pelo pulso e impediu que se afastasse de sua intimidade. Precisava desesperadamente de algum alívio ou enlouqueceria ali mesmo.

— Gizelly, se você não vai me foder aqui mesmo, é melhor parar de provocar. – Fechou os olhos quando sentiu a namorada massagear lentamente seu ponto sensível. – Por favor, amor. – A última frase saiu em um sussurro.

— Nós já estamos chegando. – Aproximou os lábios do pescoço da namorada e arrastou os dentes pela área exposta até tocar o canto da boca. – E você vai me agradecer por toda a espera assim que chegarmos em casa, posso apostar.

— Eu vou acabar com você. – Disse entredentes enquanto voltava seu olhar para o trânsito. Seu peito subia e descia num claro sinal de ansiedade, tamanho era o pulsar entre suas pernas.

— Tô sonhando com esse momento. – Sorriu divertida e não ousou encarar aqueles olhos verdes que a fuzilavam sem receio. – Até porque se bem me lembro, você disse que me enlouqueceria após o nosso jantar. – Provocou um pouco mais e quando teve coragem para encarar a namorada, notou o quanto seus dedos pressionavam o couro do volante. Autocontrole era um dom para poucos, deduziu imediatamente.

Passados quinze minutos o carro da mineira adentrou a garagem do prédio de Gizelly e ainda que quisesse matá-la por toda a provocação anterior, não deixou de buscar sua mão até que os dedos estivessem entrelaçados. O caminho dentro do elevador foi silencioso, mas a capixaba conhecia muito bem a namorada e sabia que aquilo não passava de uma tentativa de se controlar até que estivessem finalmente dentro do apartamento, o que se confirmou no momento em que a porta foi fechada atrás de si.

Rafaella empurrou o corpo da capixaba em direção ao sofá e se pôs entre suas pernas. Suas mãos buscaram as coxas expostas e as apertaram com força, fazendo com que Gizelly suspirasse com o toque. Se afastou o suficiente para admirar aquele corpo que sempre seria sua perdição e com seu tom mais firme pronunciou sem hesitar.

— Tira o vestido e a calcinha. – Aguardou que a namorada atendesse ao seu pedido e logo que o fez, percorreu os olhos por todo corpo exposto, as coxas torneadas, a barriga lisa, os seios perfeitos e aquele maldito sorriso. – Gostosa demais.

— Mas você ainda nem provou. – Provocou com uma sobrancelha erguida e o corpo sustentado pelos cotovelos. – Tô começando a duvidar de todo aquele desespero dentro do carro.

— Não tem medo do perigo mesmo, né? – Se desfez do seu vestido e permaneceu apenas com uma calcinha fio dental carmim. – Hoje quero te ouvir implorar pra eu te foder e eu tenho certeza que você vai.

Manat | ⚢Onde histórias criam vida. Descubra agora