Sextamos com s de saudade de um capítulo novo, né? Pois cá estou eu para alegrar um pouquinho da noite de vocês. Espero que não estejam muito bravas com o meu sumiço, vocês sabem que eu sempre volto, às vezes em uma semana, outras vezes em quinze dias, mas volto.
Sei que é um tópico sensível, mas chegamos ao nosso penúltimo encontro e eu já tô com o coração apertadinho, mas pra não quebrar o clima, vou deixar as despedidas para o momento certo. No mais, espero que aproveitem a leitura e se encantem ainda mais pela nossa Cecília e por essa família que vimos nascer de forma tão linda. A gente se vê lá embaixo.
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NARRADORA
Agosto de 2026
As mães de Cecília estavam cientes de que quanto mais ela crescia e se tornava consciente do mundo à sua volta, mais se aproximava do dia em que elas precisariam inseri-la em um ambiente além do familiar. Parecia cedo demais, é verdade, mas sabiam que era extremamente importante para o desenvolvimento da filha que havia recentemente completado três anos e começava a formar sua personalidade. Por mais cuidadosas que fossem, prendê-la numa bolha não era a solução para afastá-la dos perigos além dos muros da casa onde viviam.
Apesar de receosas, estavam decididas que era hora de Cecília ir para a creche ao menos durante um período do dia, dessa forma, ela começaria a conviver com outras crianças de sua idade e passaria a ter noção de si como um indivíduo que pertencente a um grupo, além de desenvolver suas habilidades sociais e intelectuais.
Visitaram ao menos seis locais até que se decidissem pelo que julgaram ser a melhor das opções. Além da recomendação de alguns colegas de trabalho de Rafaella, buscaram informações na internet, afinal, jamais deixariam a filha em um ambiente que não se mostrasse cem por cento seguro. Como mães extremamente apegadas que eram, talvez estivessem sofrendo mais do que Cecília, que desde que soube da notícia, se mostrou empolgada ao ponto de não ter outro assunto que lhe deixasse tão feliz.
— Mamãe, a tia Rose não vai mais me cuidar? – Cecília se direcionou à Rafaella, que tinha a filha aconchegada em seus braços enquanto assistiam a uma programação infantil. – Eu não quero que ela vá embora, ela é minha amiga.
— Claro que vai, meu amor. – Levou a mão aos cabelos clarinhos na altura dos ombros e os acariciou. – Mas como nós já conversamos, logo cedinho a mamãe vai te levar pra creche, aí você vai passar a manhã todinha lá e depois a tia Rose te busca.
— Aí a gente volta pra casa? – Viu a mãe assentir e envolveu seu pescoço com os dois braços. Abriu aquele sorriso que fazia a mãe se derreter por inteira, os olhinhos verdes quase se fechando e as covinhas a mostra eram exatamente iguais aos da esposa. – E depois eu posso ir brincar no parquinho?
— Só se você se comportar, tudo bem? – Beijou os cabelos e apertou a filha ainda mais contra o seu corpo. – O que você acha de irmos até a cozinha ver o que a mamãe tá aprontando?
— Uhuuuuul. – Levantou os braços num gesto animado e saiu do colo de Rafaella, já esperando que ela ficasse na posição habitual. – Com muita emoção, mamãe.
— Sempre com muita emoção, meu amor. – Se afastou do sofá e inclinou levemente o corpo para frente, aguardando que a filha subisse em suas costas. Assim que Cecília se acomodou, a segurou firme pelas pernas e saiu correndo em direção a cozinha. – Segura firme.
Assim que apareceram no campo de visão de Gizelly receberam o olhar repreensivo que conheciam muito bem e por já o terem visto tantas vezes, sabiam que não durava mais do que alguns segundos.
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Manat | ⚢
FanfictionA arquiteta e a publicitária não se conheciam, não possuíam amigos em comum ou sequer frequentavam os mesmos lugares. As chances de suas rotinas se cruzarem eram quase nulas, para não dizer impossíveis, mas naquela manhã em que a Gizelly optou por m...