CAPÍTULO XXXIX - INSEGURANÇA

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Olá, como vocês estão?

Resolvi aparecer em plena segunda-feira com mais um capítulo, peço que abram o coração e sejam pacientes, as coisas estão se encaminhando para uma resolução, ok?

Deixem a música May I do Trading Yesterday pronta, vou avisar quando devem iniciá-la. Boa leitura, nos vemos lá embaixo!

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NARRADORA

Rafaella aguardou Gizelly por toda a tarde e parte da noite, suas mensagens foram ignoradas e todas as ligações recusadas, a mineira sabia que deveria apenas esperar que a namorada voltasse para casa, mas a falta de notícias começava a preocupá-la.

Se embebedou com uma garrafa inteira de vinho e algumas cervejas, como se o líquido pudesse escorrer pela garganta, assim como os pensamentos para longe de sua cabeça, mas foi em vão, a insegurança a sufocava.

Tentou contato com as amigas, mas ninguém sabia sobre o paradeiro da capixaba e na tentativa de acalmar Rafaella, pediram que ela fosse paciente, Gizelly só precisava de um tempo para pensar antes que pudessem ter uma conversa sobre o ocorrido, era como ela lidava com as coisas quando estava magoada.

As horas se arrastaram tanto que a mineira acabou adormecendo sobre o sofá e só despertou horas depois quando ouviu o toque insistente do interfone, estranhou a chamada àquela hora, já que não estava esperando ninguém, mas se obrigou a levantar do sofá e caminhar até o aparelho.

— Alô? – A sonolência ainda presente não lhe permitia formular melhor uma frase naquele momento, então apenas aguardou que a pessoa do outro lado se pronunciasse.

— Oi Rafa, sou eu. – A voz de Gizelly parecia relutante, como se fazer aquela ligação lhe custasse a vida, ou ao menos um órgão importante. – Tive que pegar um táxi e não sei onde deixei minha carteira, você pode descer e pagar, por favor?

— Certo... tô descendo. – Foi a única coisa que a mineira disse antes de devolver o aparelho ao gancho, deixaria o questionamento para quando estivessem frente a frente.

Se apressou em caminhar até o elevador e assim que entrou no compartimento, encarou o próprio reflexo no espelho, o rosto ainda amassado pelas horas adormecida, os cabelos bagunçados e os olhos avermelhados, não conteve o riso sem nenhuma pitada de humor quando constatou seu estado.

Assim que avistou Gizelly, suspirou aliviada, ela ao menos parecia estar fisicamente bem. Trocaram apenas um olhar antes de Rafaella se aproximar do táxi para pagar a corrida. Assim que voltou para dentro do condomínio, acenou para o porteiro, que era sempre muito gentil e seguiu em direção ao hall.

— Acho que minha carteira ficou dentro da sua bolsa ou no carro, não lembro bem. – A capixaba quebrou o silêncio que preenchia o elevador que as levava a cobertura. – E eu acabei ficando sem bateria em algum momento da noite.

— Nos despedimos no início da tarde, Gizelly. – Rafaella finalmente encarou os olhos castanhos. – Você poderia ao menos ter me dado alguma notícia, eu fiquei horas esperando que voltasse pra casa, liguei, mandei mensagens e tudo que eu recebi foi silêncio.

— Não pensei que demoraria tanto, Rafaella. – Cruzou os braços e adotou uma postura defensiva no mesmo instante. – Não fiz de propósito pra te preocupar, não tenho mais quinze anos pra agir feito uma adolescente birrenta.

Rafaella abriu e fechou a boca várias vezes na tentativa de se defender daquela afirmação que jurou ter sido uma indireta sobre o seu comportamento na noite em que se embriagou na companhia de Mariana, mas tudo que fez foi respirar fundo e deixar o elevador assim que parou na cobertura, não pretendia iniciar uma discussão até estarem dentro do apartamento.

Manat | ⚢Onde histórias criam vida. Descubra agora