Olá, minhas manaters, aqui estou eu para o nosso último encontro. Se passou um ano, três meses e dezesseis dias desde a minha chegada e tudo que eu recebi foi carinho e amor. Então eu gostaria muito de agradecer vocês, mas prefiro não atrapalhar a leitura, pois sei o quanto estão ansiosas, sendo assim, não vou me prolongar nas notas iniciais, a gente se encontra lá embaixo e conversa mais um pouquinho, pode ser?
Por hora, só quero agradecer pela paciência, sei que esse último capítulo demorou muito a vir, mas acho que consegui trazê-lo do jeitinho que vocês mereciam e me sinto realmente feliz com o resultado, espero que aproveitem cada parte, foi escrito com muito amor!
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NARRADORA
Segundo a mitologia árabe, Manat refere-se a deusa que rege o destino e a morte. Muito se teoriza sobre o tema, sobre nossas vidas serem guiadas por uma força maior que independe das nossas vontades ou ações. Tal crença é a base de muitas filosofias e religiões, mas será mesmo que todos os acontecimentos estão de fato pré-determinados e não há nada que possamos fazer para mudar? Certamente é um assunto que divide opiniões, enquanto alguns acreditam fielmente que estamos condicionados a um único caminho e por consequência a um único fim, outros defendem o livre arbítrio, ou seja, temos o poder de decisão e somos completamente responsáveis por nossas escolhas e por tudo que fazemos para alcançar nossos objetivos.
Pensando dessa forma, será que Rafaella e Gizelly estariam juntas se o tal destino não tivesse lhes dado um pequeno empurrãozinho? Elas se encontrariam independentemente daquele desvio de percurso da capixaba naquela manhã de sexta-feira? Talvez sim. Talvez não. A única certeza que temos é que aquela sucessão de acontecimentos aparentemente aleatórios, resultou em algo completamente inevitável.
Dezembro de 2026
A confraternização da agência aconteceria naquela sexta-feira. Como era habitual antes de iniciarem as férias coletivas, Rafaella e os demais sócios ofereciam uma festa aos demais colaboradores. Aquele ano especificamente tinham ainda mais motivos para celebrar, já que a empresa havia recebido uma proposta irrecusável para abrir uma filial em Nova York.
Algumas horas mais tarde Gizelly e Rafaella chegaram ao salão de festas sob os olhares atentos dos convidados. Se separadamente chamavam atenção por onde passavam, juntas eram de tirar o fôlego. Ninguém parecia imune ao efeito que o casal causava, para além da beleza, exibiam tanta simpatia que era impossível não se encantar.
Circularam por todo o ambiente, distribuíram sorrisos e cumprimentos até que Rafaela precisasse se estabelecer em uma das rodas de conversas com alguns de seus sócios. Apesar de alheia aos assuntos profissionais que volta e meia surgiram, Gizelly fazia questão de estar ao lado da esposa lhe dando todo apoio.
— Se me permite dizer, a sua esposa é uma mulher exuberante, Rafaella. – Um dos presentes na roda sorriu gentil para o casal. – Vocês formam um casal belíssimo.
— Eu concordo completamente com você, Marco. – Virou-se rapidamente para sua mulher e expandiu o sorriso. – Gizelly é maravilhosa, em todos os aspectos que se possa imaginar, mas dentro todos eles, o profissional é o que mais me fascina.
— Assim vocês me deixam sem jeito. – Apertou levemente a cintura de Rafaella e sorriu num misto de timidez e deslumbramento pelas palavras da esposa. – Rafaella costuma ser um pouco exagerada, eu apenas faço meu trabalho da melhor forma que posso.
— Não seja tão modesta, Gizelly. – Foi a vez de um dos sócios da mineira se pronunciar. – Eu acompanho o seu trabalho há anos, antes mesmo de você e a Rafa se conhecerem, e posso afirmar que sou um grande fã.
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Manat | ⚢
FanfictionA arquiteta e a publicitária não se conheciam, não possuíam amigos em comum ou sequer frequentavam os mesmos lugares. As chances de suas rotinas se cruzarem eram quase nulas, para não dizer impossíveis, mas naquela manhã em que a Gizelly optou por m...